Em um artigo recente no The Huffington Post, o Astrônomo da SETI (Instituto de Busca por Inteligência Extraterrestre), Seth Shostak, falou sobre a possibilidade de que toda a vida na Terra pode ter sido originada em Marte.
“É possível que bilhões de anos atrás, pequenos fragmentos de biologia escaparam do Planeta Vermelho e infectou o nosso planeta. Se isso aconteceu, a sua árvore genealógica e de todas as formas terrestres, tem suas mais remotas raízes não nos oceanos da Terra, mas nos já extintos mares de Marte”, explicou o astrônomo americano Shostak.
A ideia de que a vida na Terra possa ter surgido de microrganismos vindos de outro lugar do espaço é chamada de panspermia. Shostak ressalta que essa teoria é bem antiga, mas continua sendo uma ideia que não pode ser descartada e por isso continua sendo debatida até os dias de hoje.
Um dos cenários dessa teoria, é de que os microrganismos possam ser resistentes o suficiente para atravessar o espaço, e de repente, ainda serem impulsionados por raios cósmicos. Shostak acha essas hipóteses menos prováveis pois ele ressalta que o espaço não é seguro para se viver.
Ao invés disse Shostak sente que a maneira mais segura para um micróbio extraterrestre viajar pelo espaço seria dentro de uma rocha.
“Além do mais” – ele ressalta – “O espaço não é tão benigno: raios cósmicos, temperaturas extremas e dessecação prolongada irá corroer incessantemente qualquer tipo de biologia que fica muito tempo pelo espaço. Ficar dentro de uma rocha, ajudaria”.
Essa teoria é chamada de que um micróbio viajaria dentro de uma rocha de lithopanspermia, litho significa pedra, em latim.
Contudo, se rochas de Marte continham vida, Então Shostak crê que teria que ser uma viagem curta, levando em consideração as adversidades dessa viagem até a Terra.
De acordo com Shostak, cientistas acreditam que bilhões de rochas se locomoveram entre Marte e a Terra nas primeiras eras do Sistema Solar. Ele diz que algumas dessas rochas podem ter levado apenas um ano para chegar até aqui, mesmo que muitas devem ter demorado muito mais.
“Astrobiologistas identificaram bactérias terrestres capazes de saírem pelo espaço em forma de esporos por um milhão de anos. Se eventualmente tivessem contato com a água, elas voltariam à vida como os kikos marinhos.
O bioquímico Steven Benner do Instituto Westheimer de Ciência e Tecnologia da Florida, escreveu em 2013 sobre a ideia apoiada de que a vida na Terra se originou de Marte. Benner diz ter achado evidências de que Marte tinha um ambiente propício para vida num passado distante.
Em resposta a teoria de Benner, Scientific American disse: “Esse novo argumento, em poucas palavras, é que Marte em seus primeiros anos tinha mais oxigênio do que a atmosfera terrestre teve 4 bilhões de anos atrás, e era seco. Posteriormente impactos de asteroides em Marte expeliu pedaços de rocha ao espaço, contendo vida (presumidamente em forma microbial) através do sistema solar and para dentro da superfície da jovem Terra.”
Em 2014, o astrobologista Richard Hoover, que passou mais de quarenta e seis anos trabalhando com a NASA, também afirmou para o seu público que crê que as evidências obtidas até agora são significativas. Numa entrevista para o programa Open Minds, ele disse: “Eu estou completamente convencido de que a vida na é restrita apenas ao planeta Terra, pois eu achei remanescentes de formas de vida que são com certeza extraterrestres.” Se referindo a vida no nosso planeta ser oriunda de Marte.
Professor Milton Wainwright, além de apoiar a tese de que a vida na Terra começou em Marte, afirma que cada dia que passa evidências indicam que nosso DNA também veio do espaço.
Mesmo com tantas evidências os cientistas ainda são cautelosos para qualquer afirmação, porém podemos notar que as provas existe de que a vida na Terra veio de outro planeta.