Espiritualidade

Somente 144 mil pessoas serão salvas neste planeta?

A resposta é NÃO.

Vamos à passagem do Apocalipse que identifica a cena do arrebatamento:

“E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai.
E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas.
E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.
E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.”
Apocalipse 14:1-5

O grupo dos 144 mil é chamado de PRIMÍCIAS da Terra, e isso tem um contexto importante.
Nos antigos rituais de gratidão do povo hebreu ao Criador, o dízimo de suas colheitas era primeiramente oferecido a Ele, em sacrifícios no Templo, e depois, o restante da colheita, partilhada entre o povo.

Primícias, as primeiras espigas colhidas da Terra, pertenciam ao Criador.
E como o Evangelho menciona a simbologia do trigo a ser separado do joio na colheita, essa imagem da Terra como um jardim espiritual que foi semeado e cultivado a milhares de anos atrás por Inteligências espirituais, e que agora, com a chegada os ceifadores, sinaliza o tempo de colheita (arrebatamento) o valor simbólico das primícias é importante.

São os primeiros frutos da Terra, aqueles que já tem sua vida eterna garantida.
Porque eles não morrerão mais. Quebraram a roda das reencarnações.
Alguns péssimos intérpretes das Escrituras dizem que os judeus são os 144 mil.

Mas considerando que o sacrificio de Cristo foi entregue a todo o mundo.

E os judeus anularam a velha aliança ao ASSASSINAR CRISTO, quando então uma nova aliança começou na cruz, aberta a todos os povos, independente de raça, cor ou nacionalidade.

O que voce entende aqui?

Estes (144 mil) são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.
JUDEUS SEGUINDO O CORDEIRO JESUS?

12.4.2009: from Matthias Grünewald, Isenheim altarpiece, 1512-1516, Musée Unterlinden, Colmar

Eles vão seguir o falso Messias que subirá em Israel. Mas judeus convertidos a CRISTO também estarão incluidos na lista dos salvos.

Associar os 144 mil a uma etnia fixa (judeus) é quase um NAZISMO RELIGIOSO. Porque a velha aliança do Antigo Testamento foi quebrada, para que a Nova Aliança de Cristo fosse aberta a todos os povos da Terra!

Como seria possível que a salvação de Jesus Cristo viesse primeiro justamente aos que NEGAM Jesus Cristo?

Enfim, o Apocalipse não tece uma única linha (nem os Evangelhos de Jesus) que declare que JUDEUS são os 144 mil. Isso procede de interpretações equivocadas de pastores evangélicos que tentam forçar as mesmas diretrizes do Velho Testamento para a realidade do Arrebatamento.

E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.
Hebreus 12:24

Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.
Hebreus 8:13

E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por MUITOS é derramado.
Marcos 14:24

Por muitos é derramado (ele não falou POR JUDEUS).

Quando uma aliança ou contrato é quebrado, todas as suas clausulas perdem o valor, e passam a valer as cláusulas do novo contrato.
E a principal cláusula do novo contrato é esta:

O AMOR de Cristo está aberto ao mundo.
E os primeiros que responderem a este amor, serão os primeiros arrebatados.

O capítulo 10 do livro de Atos trata dessa questão de um modo mais profundo, a partir do Apóstolo Pedro e do seu entendimento sobre os chamados pela Nova Igreja de Cristo:

https://www.bibliaonline.com.br/acf/atos/10?q=a+nova+alian%C3%A7a

Mas e os que ficarem para trás?

O Apocalipse também fala deles, em algumas passagens.
Vamos à primeira.

A primeira referência ao número específico de 144 mil remidos da Terra aparece na abertura do Sexto Selo quando, antes de se instalar o Dia da Justiça de Deus, estes 144 mil remidos seriam selados em suas testas pelo Anjo do Sol (Miguel). Para que mal algum os ferisse, e para que os quatro Anjos atados no grande Rio (Eufrates, em cujas margens férteis a civilização começou, há 6000 anos) não soltassem ainda suas pragas (estes quatro Anjos são uma analogia dos quatro cavaleiros do Apocalipse e suas pragas, relatados na abertura dos quatro primeiros selos do Livro selado).

O que diz o Apocalipse 7?

Primeiro, ele relata o número de 12 mil pessoas de cada “tribo” da Terra, referência às doze tribos, que significa as doze linhagens espirituais da humanidade, e nada tem a ver com nacionalidade, cor, raça, sexo, etc. Trata-se de uma etnia espiritual, digamos assim, relacionada aos doze signos ou doze temperamentos da ALMA HUMANA.

Isso foi representado pelas doze tribos de Israel e pelos doze fundamentos, portas e anjos da Cidade celestial de Jerusalém, que não é deste mundo mas descerá ao mundo renovado, capital do novo Reino de Deus no amanhã dos 144 mil.

E após a lista dos 12 mil de cada tribo espiritual da Terra, vem o segundo grupo. Aqueles que subirão DEPOIS dos 144 mil, após suas provações neste mundo:

“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos”
Apocalipse 7:9

Sim, após os 144 mil marcados, aparece outra enorme multidão, e esta não se podia contar (o que sugere que se trata de um número muito maior do que as “primícias” da humanidade). Vindos de todas as partes do mundo, eles estavam igualmente salvos, perante o Cordeiro e usando roupas brancas (símbolo da alma renovada, batizada, que passou pelo segundo nascimento).

“E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram?
E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra.
Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles.
Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes vivas das águas; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima.”
Apocalipse 7:13-17

A diferença crucial entre os 144 mil (os primeiros arrebatados) e a grande multidão que irá depois, é que os 144 mil já se encontram puros e preparados espiritualmente para subir, NÃO PRECISANDO MAIS DAS PROVAS DESTE MUNDO para realinhar suas almas com a Verdade de Cristo, teoria e prática.

Os demais, ainda que possuam em si a mesma centelha, ainda estão, sob graus variados, presos às ilusões, medos e valores corrompidos deste mundo, quando então, as dores da TRIBULAÇÃO lhes virão para que possam restaurar a consciência. Se fossem tirados antes, será como tirar frutos ainda verdes de uma árvore. Os 144 mil são frutos que já amadureceram sob o Sol da Verdade Cristo. E podem ser colhidos agora, neste exato momento, antes da tribulação que se aproxima e que irá AMADURECER os que ficam, porque ainda são fruto espiritualmente verde.

Aquela grande multidão terá que sofrer para branquear suas vestes, lavadas no sangue do Cordeiro.
Mas melhor será morrer pela Verdade do que viver sob o Império da Mentira, porque essa morte é libertadora, enquanto aquela vida é condenadora.

O Apocalipse deixou tudo claro como cristal, tudo traçado como um mapa.
Só precisamos ler e interpretar a sua sabedoria profética.

O capítulo 12 do Apocalipse é a grande chave-mestra para se compreender o movimento dos arrebatados durante a ascensão do Império do Antcristo (o Dragão Vermelho).
Porque aquela Mulher coroada de doze estrelas (as doze tribos) representa tanto uma pessoa como um conceito (como tudo no Apocalipse).

A pessoa da Virgem Maria, a guardiã da Igreja de Cristo até o seu retorno, em 2000 anos de aparições marianas em toda da Terra, e representa o renascimento da Igreja de Cristo na Terra, mas que não ficará na Terra para ser presa do Dragão, que a perseguirá (na forma da Criança), porém, ela fugirá para o seu retiro que não está neste mundo (porque a Mulher ganhou asas de águia para voar, e isso ilustra que esse retiro não está nesse mundo, que seria facilmente encontrado – e destruído – pelas forças do Dragão Vermelho).

Precisamente, depois que a Igreja vai para o retiro (a Igreja = 0s 144 mil), e o Dragão se vê frustrado em seus planos, ele começará a perseguir OS OUTROS FILHOS DA MULHER, ainda na Terra, por meio de uma GUERRA (e a guerra que ele está instigando entre as nações já é sinal iminente da subida da Igreja dos 144 mil deste mundo):

“E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.”
Apocalipse 12:17

O remanescente da semente da mulher, de Maria (convertida em mãe de todos os povos, o que nos torna IRMÃOS DE JESUS por semente espiritual partilhada na Igreja) são os filhos de Deus que ainda estão no mundo, frutos espiritualmente verdes que precisam suportar mais provações para despertarem e se purificarem, com ações de morte do ego, desapego do mundo e reabilitação ao AMOR ÁGAPE, incondicional, tanto para Deus como para o semelhante, sendo essa a essência da Lei do Amor em todo o Universo, porque quem não ama nem a Deus e nem ao semelhante, não poderá vibrar amor verdadeiro por animais ou outra coisa, senão que um falso tipo de amor, que nem amor é, mas apego para sentimentos de escapismo.

Ou seja, ser deixado para trás não significa exclusão do Reino de Deus, mas sim, uma fase difícil de preparação para ele. E quando mais rápido for o aprendizado, menor será o tempo de retenção na Escola da Vida, exatamente como acontece em qualquer escola quando o aluno fica de recuperação.

De repente, os alunos aprovados se sacrificaram mais em seus estudos, e merecem o privilégio alcançado, enquanto os alunos retidos não e dedicaram o bastante para poder estar com eles.
Mas terão sua chance. Todo mundo terá.

Os 144 mil testemunharão a ascensão do Império do Anticristo apenas em seus lances iniciais.
Já os que ficarem aqui, terão que enfrentar tudo isso mais de perto e por mais tempo.
O que também consta no Apocalipse, e logo depois do desfecho do capítulo 12 e a fuga da Igreja (patrocinada pela Virgem Maria) ao deserto, retiro fora deste mundo) entra em cena as Duas Bestas e a ascensão do Império do Anticristo.

E a primeira cena relatada, logo de cara, é a Guerra global!

E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia.
E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.
E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.”
Apocalipse 13:1-3

A Primeira Besta significa a Política Mundial, e essa fera se levantando sobre o mar representa as nações se digladiando sobre o palco da humanidade estarrecida, acovardada e sem saber para onde ir, já que, quando o conflito é global, não haverá lugar para se estar que seguro seja.

Imediatamente após o Apocalipse 12 e a fuga da Mulher para o retiro, a Besta (Política Mundial) inspirada pelo Dragão Vermelho (a serpente enganadora do Éden, Satanás) será levada a uma guerra global. E é aqui que a provação dos que ficaram para trás começa.

Veja os versículos seguintes:

“E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?
E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses.
E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.
E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.
E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
Se alguém tem ouvidos, ouça.
Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos.”
Apocalipse 13:4-10

Bem, estes versículos comportam a realidade do que terão que enfrentam aqueles que ficaram mais tempo na Terra, e testemunharão o Império do Anticristo e seu selo (666), talvez aqueles que não se envolveram o bastante com CRISTO em seus corações antes de tudo isso acontecer. E agora, pela dor, o Anticristo lhes mostrará a quem deveriam estar seguindo e servindo todo esse tempo de suas vidas ANTES que as coisas chegassem a tal ponto… como aqueles 144 mil que tudo sofreram antes e não precisaram esperar pela materialização do Império das Trevas para se decidirem pelo Cristo, sua Luz e sua Verdade. Esse é o ponto crucial de diferença entre os dois grupos, os primeiros e os que virão depois.

Os 144 mil já estão prontos para a Vida eterna, mas os filhos de Deus ainda imaturos no cenário da Escola da Vida e no tempo da grande colheita terão que sofrer um pouco mais, seja perseguição, cárcere e aflições no mundo. E muitos talvez tenham que morrer… mas eis a morte que é o passaporte para a vida eterna, a morte em Cristo e por Cristo.

Os santos dos últimos dias serão vencidos na batalha contra o Sistema negro do Anticristo, como aconteceu com os primeiros mártires da Igreja cristã naqueles tempos de perseguição romana, tempos estes que refletem aqueles em escala global dessa vez.

E ela vale esse preço!

E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem.
Apocalipse 14:13

Então, não deixe para amanhã a reforma espiritual segundo a Verdade de Cristo que você pode começar hoje mesmo, ensinando quem puder ensinar o mesmo.
Porque é dando que se recebe…


Pergunta:

Os 144 mil eleitos serão JUDEUS arrebatados da Terra?

Definitivamente, NÃO.

Não, os 144 mil eleitos da Terra não serão JUDEUS. Esse é um absurdo que traz conflito ao Novo Testamento desde a sua primeira linha.

Vamos analisar a questão (porque muitos evangélicos acreditam piamente que os 144 mil serão judeus e que a Israel manchada do Oriente Médio será a nação que se erguerá como o futuro Reino de Deus na Terra – interpretando as profecias do Velho Testamento conforme a letra morta).

“E ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil selados, de todas as tribos dos filhos de ISRAEL.”
Apocalipse 7:4

Antes, precisamos derrubar o velho conceito de que judeus ou israelitas são os filhos prediletos de Deus, o que leva alguns intérpretes equivocados entender que os 144 mil selados são “israelitas” (judeus, por causa da referência FILHOS DE ISRAEL).

O termo ISRAEL, como tudo o que está escrito no Apocalipse, sofre uma oitava de elevação em relação ao seu sentido material e terreno, conforme as medidas do Velho Testamento, até porque, quando Israel mundana matou Jesus Cristo, a velha aliança foi cancelada, e uma nova aliança se ecreveu na Cruz, quano o sangue do Redentor se ofereceu por toda a humanidade, independente de raça ou etnia, sexo ou cor.

Misoginias ou mesmo Elitismo étnico me soa como um Nazismo Espiritual que não combina de modo algum com os planos maiores do Criador de todos os filhos da Terra e do céu, que por razões que a própria nação eleita fez por desmerecer, usa agora o sacrifício do seu Filho amado para percorrer toda a Terra em busca dos seus. O proselitismo é o grande mal das religiões, e de modo algum o Deus único e verdadeiro consentiria com ele.

Se você se fizer filho de Deus por intermédio de Jesus Cristo, se torna um israelita espiritual, de circuncisão espiritual. Isso é o que soa mais harmonicamente com as cláusulas do novo contrato ou aliança de Cristo com a humanidade, que nunca disse: Meu sangue derramado é pelos judeus.

E quando chegou a pensar que deveria ir primeiro aos judeus, uma mulher dos gentios abriu os seus olhos sobre a questão. Ela pediu cura ao mestre, e ele retrucou, dizendo que, primeiro, deveria ir às ovelhas perdidas de Israel. Mas a atitude da mulher foi tão genuína e cheia de fé (que nem os judeus tinham nele) que a fez merecer o milagre de cura e levou o mestre a repensar seus conceitos sobre “judeus primeiro”.

Outro episódio interessante de um gentio se comportando com mais fé e amor do que os judeus acontece na cura do servo do centurião romano. O caso de um centurião romano que foi pedir a Cristo pela cura de um amado servo dele.

“E, ouvindo isto Jesus, maravilhou-se dele, e voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé.”
Lucas 7:9

Por definição, aquele que receber o Espírito Santo e for batizado em nome do Cristo vivo, este se torna um “israelita espiritual” para Deus.

Que seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.”
Romanos 15:16

Outra passagem extremamente significa consta em Atos 10, quando o apóstolo Pedro e chefe da Igreja nascente, teve um visão no céu:

“E no dia seguinte, indo eles seu caminho, e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta.
E tendo fome, quis comer; e, enquanto lho preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos,
E viu o céu aberto, e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, e vindo para a terra.
No qual havia de todos os animais quadrúpedes e feras e répteis da terra, e aves do céu.
E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come.
Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda.
E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou.
E aconteceu isto por três vezes; e o vaso tornou a recolher-se ao céu.”
Atos 10:9-16

Pedro entenderia depois que os animais (puros e impuros, misturados) de todos os cantos da Terra se referiam aos povos, incluindo os judeus no meio dos gentios, e que Deus a todos purificou, e que Pedro deveria atender a todos eles em sua pregação, batismo e evangelização, não excluindo ninguém ou fazendo acepção de pessoas (no caso, Judeus primeiro).

Esse conceito é derrubado em todas as passagens do Novo Testamento.

E o próprio Pedro chega a essa conclusão mais tarde:

“Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.
E, falando com ele, entrou, e achou muitos que ali se haviam ajuntado.
E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo.”
Atos 10:26-28

“E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas;
Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.
A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos)”
Atos 10:34-36

Na visão de Pedro há uma referência indireta à Arca de Noé, e que os salvos, desta vez, não serão somente oito, mas todos os “pagãos” que puderem ser batizados pelo “Espírito Santo” e convertidos em “israelitas espirituais” de acordo com o segundo nascimento, o novo nascimento que nos torna a todos Filhos do mesmo Pai e, por extensão, irmãos, sem nenhuma “predileção étnica”.

E isso nos leva a redefinir o termo ISRAEL e Israelita.
Israel foi o novo nome que Jacó, o pai dos doze filhos que geraram as doze tribos (descendentes) recebeu após vencer a luta com o Anjo (testes de força espiritual da Providência Divina).

Então, Jacó transferiu sua VIRTUDE ESPIRITUAL aos seus descendentes.
E isso se tornou símbolo da casta eleita, e o significado de Israel é FORTE EM DEUS, o que luta com força (conforme o teste de Jacó).

Uma das grandes demonstrações que a Israel do Apocalipse nunca foi a Israel mundana é que a capital mencionada, Jerusalém, conforme o Apocalipse 21, não é deste mundo, mas descida do céu para renovar as medidas e as fundações do Novo Reino de Deus, depois que céus e terra tiverem sumido e mudado. Onde localizar a Israel mundana em tal cenário?

ISRAEL É A NOVA NAÇÃO DE DEUS CONFORME O ESPÍRITO, E NÃO MAIS A CARNE, em conformidade com os termos da Nova Aliança de Cristo na Cruz que revogou a velha aliança, retirando dos judeus a prioridade de interesses de Deus.

Israel é na verdade a nação espiritual dos Anjos, cujo ensaio material na Terra, há milhares de anos a partir do patriarca Abrahão, começou de um modo não absoluto, mas apenas temporal.

Porque essa mesma Israel rejeitou Cristo, e não o reconheceu como Messias, sendo que muitos dos primeiros cristãos eram PAGÃOS ou gentios convertidos à nova fé.

Então, podemos compreender o sentido simbólico de Jesus Cristo ter dito, antes, que veio primeiro aos seus irmãos judeus ou israelitas… ele na verdade se referia aos da classe ANJO, que rodavam pelo mundo, de reencarnação em reencarnação, em busca da via perdida. Porém, tal acepção de pessoas ou de espíritos não caracterizam um Deus de Amor Incondicional, porque se Jesus colocasse CONDIÇÕES ao seu ministério (vou primeiro aos judeus) feriria a primeira Lei ou mandamento do Amor: amar a Deus e ao semelhante como a ti mesmo, por ele mesmo anunciado.

Se colocasse judeus na preferência desse amor salvador, ele deixaria de ser amor incondicional, e descaracterizaria o próprio Jesus como veículo do Cristo Cósmico, Instrumento do Pai de todos os seres.

Os judeus, antigos hebreus, representaram um ensaio do drama dos Anjos que desceram na Terra (não confundir com anjos caídos que se tornaram demônios) e estavam em busca da via perdida, essas almas que possuem intensos anelos espirituais e que se destacam das almas comuns que vivem apenas suas vidas materiais sem maiores aspirações de “Universo espiritual”, transcendência e mistério.

A referência material aos judeus como etnia privilegiada só se sustenta nessa base, a base de um ensaio relativo, não de uma condição absoluta. Da mesma forma que nem a Igreja e nem o Reino de Cristo pertencem a este mundo, e tudo o que as religiões expuseram foram ensaios temporários, diante das próprias limitações do nível básico da consciência da humanidade incapacitada para maiores revelações do Espírito puro sem véus, parábolas, códigos, crenças e dogmas, acomodações intelectuais dos fragmentos da Verdade que a mente humana pode suportar.

Se não fosse assim, como explicar que Judeus compõem o grupo dos 144 mil, se a mesma Israel rejeitou Cristo, e não o reconheceu como Messias, ação preservada no seu culto e tradição até os dias de hoje?

Sabemos também que muitos judes, a maioria, rejeitou a Cristo em seu tempo (e agora) e que, por outro lado muitos dos primeiros cristãos foram PAGÃOS ou gentios convertidos à nova fé.

Soa estranho falar em judeus como primicias da Terra do ponto de vista étnico.
Apenas a etnia espiritual confirmada pela graça de Cristo é que dá sentido a esse mistério.
E o Novo Testamento éfarto de confirmações a respeito.

Judeus não estão fora do plano de salvação, desde que se convertam, como todos os outros.
Apenas perderam o privilégio da primogenitura espiritual dos tempos de Abrahão, Moisés, os reis e os profetas.

Não se trata de semitismo, mas de dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

Porque o próprio Jesus atirou duras acusações contra os judeus do seu tempo, especialmente os fariseus e os líderes espirituais da Sinagoga. Muitos pontos da velha lei foram revogados ou renovados por Jesus Cristo diante da letra morta que imperava naqueles corações petrificados para a Boa Nova, a Verdade que realmente salva.

Essa interpretação de que os 144 mil são JUDEUS é extremamente pobre e arcaica em relação aos mistérios espirituais que ainda serão revelados no Livro do Apocalipse chamado REVELAÇÃO.

Nunca mais pense aqui em termos étnicos ou genéticos, de caráter transitório. Isso seria limitar demais as origens do Espírito que se manifesta na carne. E não o contrário.

A Grande Verdade é que a salvação está aberta para toda a humanidade.
Mas infelizmente apenas uma pequena parcela da humanidade cumprirá os requisitos para isso.
Teorias, todos têm. Mas nascer de novo em espírito é que nos salva.

Você não será salvo só porque acreditou na salvação a vida inteira.
Só será salvo se a sua fé lhe conduziu ao segundo nascimento em Cristo.

Nada mais. Todo o resto se perderá, e nenhum dos salvos e dos renascidos se lembrará amanhã dos tempos de sombras e confusão que governam a decadente era atual já na descida do abismo…

Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.
Romanos 10:4

Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.
1 João 5:1

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu como do grego.
Romanos 1:16

Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
João 6:40


JP em 14.03.2022

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