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Reflexão sobre RELIGIÕES – parte 2

Mais uma vez, culpa da religião?
A verdadeira religião ensina a união, e não a segregação e a monopolização da verdade. Até pelo sentido da palavra RELIGAR, unir o que foi separado.

A matéria separou a essência original da humanidade em sua expressão de grande família que, um dia, transcendendo laços de sangue, viveu irmanada sob o mesmo Sol, em plena harmonia porque respeitava as mesmas leis naturais e universais, conjunto esse que chamou de Deus.

Mas então apareceram alguns homens que descobriram que a religião poderia ser usada como forma de manipulação de consciências mais fracas e as converteram em instrumentos de poder político, tratando logo de institucionalizá-la e, com isso, transformá-la em fonte de renda.

Qual a culpa da religião ou verdade original aí?


O próprio Cristo bateu de frente com os fariseus, os políticos mercadores da fé na sua época, condenando veementemente tal conduta.

Quando culpamos a religião, de forma preconceituosa e generalizada, estamos primeiro demonstrando que ignoramos a origem e o fundamento da religião verdadeira, da qual todos nós herdamos uma série de conceitos e conhecimentos gerais que agregamos à nossa consciência geral, e misturamos ao nosso rol de idéias sobre todas as coisas e nem percebemos.

E segundo, estamos demonstrando pouco conhecimento sobre os seus fundamentos, inclusive transmitidos aos homens no passado por anjos, estes que hoje chamamos de ETs.

Estamos trocando seis por meia dúzia sem perceber. O homem inventou ou criou os idiomas como forma de comunicação, mas muitos mentem usando a palavra criada para falar. Culpar a religião dessa forma indiscriminada e com noções muito superficiais do que seja a verdadeira religião é o mesmo que culpar a invenção das palavras pela existência da mentira.

Não culpem as religiões, culpem os religiosos, e que nem religiosos são, se tomarmos o sentido da religião em seu real significado, que é o de reunir, não o de segregar, afinal, o preconceito que segrega não é exclusivo das religiões, ele está em toda parte e todo o tempo nestes fóruns do mundo.

Deus ensinou as religiões na infância da humanidade para preservar a harmonia entre os homens, harmonia essa que foi quebrada quando o ego falou mais alto e passou a colocar a própria vontade na linha de preferência, e quando o EU atropela o TODO, então a paz se torna um sonho impossível.

Não culpem a corda da forca, mas culpem a mão que abriu o chão sob os pés do condenado.
Mas quem disse que o EU culpa a si mesmo?
Culpa a Deus, culpa as religiões, culpa a política, culpa os outros homens, sempre, culpa o universo inteiro se for preciso, mas nunca culpa a si mesmo.

Porque será?
Por que teme tanto se mirar no espelho?
É possível despertar consciência cósmica, como se presume seja o ideal de muitos sem despertar antes a auto-consciência?
Será o fanatismo propriedade exclusiva das religiões ou também poderá ser encontrado no esporte, no mundo das artes, na megalomania e sede de poder dos políticos e materialismo crônico das massas?

Não será o fanatismo aquele excedimento do próprio desejo que turva as vistas e destrói a auto-consciência se tornando o indivíduo como um câncer espalhando sua doença na sociedade, destruindo assim a saúde do organismo coletivo ao contaminar outros com o próprio desejo doentio?

Sinto dizer isso mas como poderiam os extraterrestres contradizerem as religiões se foram ELES quem as trouxeram para nós, mensageiros dos deuses de um remoto e esquecido passado para ajudar a nossa evolução espiritual e desligamento da matéria?

E agora que retornam, dizemos que o que não presta é a religião e não o homem?

Tudo o que se escreve hoje em dia, em linguagem moderna, sobre espirito, dimensões, poderes e mestres do Universo, são formas de expressar religião, mas num estilo próprio da compreensão de cada um, e linguagem preferencial, em nada diferente do que foi ensinado no passado segundo outros estilos e níveis de compreensão.

Tudo é questão de compreender a fundo o significado da palavra RELIGIÃO.
E a dúvida cessará.


Voce fala em amor e no despertar de vibrações positivas
isso é religião com terminologia diferente.
Isso se estudarmos a sabedoria antigamente e pudermos distinguir bem a sabedoria de todas essas formas falsas e deturpadas de crença que buscam dinheiro, poder, status e reforço no materialismo e que, por tudo isso, deixaram de ser religião há tempos.

É que essa palavra se tornou um rótulo negativo, aliás, como muitas outras, diante da qual reagimos de forma automática e impulsiva sem uma reflexão moderada e justa, despejando grande carga de preconceito e rancor acumulado, isso porque nossas memórias lhe agregaram apenas os maus exemplos dados por maus religiosos e se esqueceu de evocar os belos exemplos dos santos, gênios e iluminados que este mundo já viu e que tanto bem fizeram ao mundo, a quem devemos todo o cabedal da nossa atual informação, o chão que pisamos foi construído por eles e esquecemos disso sempre.

Contudo, hoje estamos construindo apenas novos alicerces sobre os antigos que a sabedoria nos presenteou no passado.
Não se trata de descartar a religião, ela é como a luz, serve para iluminar, mas a própria luz admite diversos graus de brilho e realmente, luz demais também cega, o que significa que temos que ter olhos mais fortes para ver mais, ou consciência maior para compreender maiores verdades de Deus.

E nisso, para cada tipo de olho, Deus confere um grau de luz, de modo que ninguém reclame de andar no escuro, só mesmo se fechar os olhos.
Há certamente um plano cósmico superior, não existe realmente o bem e o mal, existe a transcendência do espírito na dimensão pura do eterno agir em conformidade com a Vontade Onipresente ou Causa absoluta e onipresente da Ordem cósmica.

Temos uma consciência primordial, que foi criada (centelha divina) para estar integrada ao TODO, e esta consciência, dotada de livre-arbítrio, por seus atos e escolhas, transgride e fere essa Ordem, e a culpa virá na consciência sim, como uma frequência torta, uma sintonia errada, uma coisa que, fora do lugar ferindo profundamente a Ordem Cósmica, e que irá trazer transtorno à mente até que ela seja reparada exatamente como um germe de doença que invade o equilíbrio do corpo chamado saúde.

No caso do espírito, esse equilíbrio se chama Consciência.
Entendo as explanações numa linguagem mais abstrata, mais elevada, mas também temos que compreender o homem comum, na sua escalada infantil para a luz suprema, afinal, um bom instrutor deve saber tanto das cartilhas como dos livros de Física para que possa ensinar a todos os que puder, os inocentes e os sábios.

Afinal, como voce leria o livro de Física se não tivesse aprendido o B-A-BA na cartilha?

Tudo é conjunto, tudo opera em comunhão e o Senhor Jesus Cristo teve sabedoria tanto para ensinar os simples como os doutos, a luz infinita deve abarcar todas as escuridões.

Ilumine-se e ao redor. Lembrando das plantinhas pequenas e das árvores majestosas na hora de irradiar.

JP em 02.02.2019
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