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Quando os anjos caem

Quando os anjos caem

Quando os anjos caem
perdem as asas e a paz,
e quando perdem as asas
o céu deixa de ser a sua casa
e os anjos sem paz e sem asas
andam pelas ruas, pelas praças,
como caricaturas humanas
repartindo suas desgraças
com os outros da multidão
que, como eles, perdidos estão,
esquecidos de tudo o que já foram
e que agora não são
entre os que vêm e vão…

Quando os anjos despencam dos céus
se tornam réus
por efeito direto
da transgressão cometida
contra a Lei dos seres seletos,
aquela que regra suas almas e vidas
conforme o sagrado decreto
dos instrumentos de Deus em missão
nos mundos que precisam de luz e perdão…

Quando os anjos renegam sua santidade,
se tornam pecadores pelas cidades,
misturados com a humanidade comum,
repartindo as mesmas dores mortais
do berço à sepultura
nos mesmos dias terminando fatais,
existência frágil desde a ruptura
e entre os muitos, eles são alguns
derramando lágrimas desnecessárias
quando a obediência esquecem
ante a cobiça impura
dos prazeres de consequências primárias,
clamores da carne dura
daqueles anjos acometidos por maldades várias
aos humanos se igualando em sua loucura,
escravos do mundo e suas usuras
cujas histórias se tornaram lendárias…

Um anjo por Deus consagrado,
seu Filho em espírito gerado,
só bebe de uma dádiva eterna:
o Amor incondicional
nas taças de um coração puro,
entre os seus, família fraterna,
mas quando o vício dos prazeres obscuros
transbordante mesa de pecados
atraiu certa classe de anjos,
eles não mediram esforços em seus arranjos
para provar daquele fruto proibido
que os entorpece num vício sem sentido,
adocicando a boca num segundo
mas fazendo perder a Graça das primeiras Bodas
e todo o seu divino mundo
por muitas e muitas Rodas
nas escalas do universo profundo.

Voltar à ter asas
e voar sobre as casas
doando paz aos povos e praças
não é coisa fácil de conquistar
porque, além do mérito e da Graça,
os anjos desterrados terão muito o que aprender
e sofrer
na escola da dor
pela recusa do amor…

Quando o mesmo amor que perdoa
é o que faz sofrer
para que se possa compreender
que a maior dor que existe
é aquela que persiste
num coração egoísta
que troca a verdade de Deus
por seus modos anarquistas,
colocando seus interesses ateus
no primeiro lugar de suas listas.

O fruto proibido
é todo prazer vendido
aos desejos do EU
mas o Amor bendito
é o dom maior de Deus
a todo o Universo estendido
através destes agentes benquistos
que Ele chamou de Filhos Seus,
os Anjos, mensageiros da luz
sob o signo da cruz
aquela que os converteu…

JP em 26.03.2024

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