E para quem acha que Apocalipse é só coisa da Bíblia, está redondamente enganado.
Existem Apocalipses em praticamente todas as culturas antigas, maias, astecas, incas, Hopi, budistas, egípcias, hinduístas, islâmicas, judaicas, gregas, celtas, aborígenes, enfim, todas as sociedades antigas registraram em seus livros sagrados suas teogonias e cosmologias completas, envolvendo tanto um Gênesis (princípio dos tempos) como um Apocalipse (fim de ciclo e a extinção da civilização moderna).
Inclusive existem diversos Apocalipses apócrifos, todos eles exibindo uma métrica extremamente similar com o Apocalipse de João e a própria escatologia do livro de Matheus acerca do retorno do Messias.
A razão disso é que os sacerdotes, profetas e escritores inspirados do passado, seja pela Luz do Espírito de Deus (o mesmo Deus para todas as religiões) ou seja pelas mensagens de extraterrestres evoluídos, recebiam o PACOTE COMPLETO da Revelação divina, do alfa ao ômega, e do Gênesis (Criação do homem, as leis da vida e do espírito e o propósito da Escola da Terra, a semeadura) ao Apocalipse (Julgamento da humanidade, tempo de
avaliação sobre o aprendizado, a colheita).
Todas as religiões antigas falam a mesma coisa e nenhuma cita “linha de evolução espiritual infinita”, porque todas sabiam que os ciclos regiam rigorosamente os tempos de aprendizado do ser humano em sua faixa de
experiências.
Por isso a Bíblia menciona no Gênesis um Sétimo Dia, que se chama Shabat, que significa Descanso e também, ANIQUILAÇÃO.
Ou seja, o conceito de Apocalipse como fim de grande ciclo e balanço da obra divina já constava desde o Gênesis de Moisés no contexto do Sétimo Dia. E estamos sobre o Sétimo Dia do Gênesis humano.
Estou para publicar um Apocalipse de origem hindu, que traz revelações assombrosas e muito semelhantes aos relatos do Livro da Revelação, mostrando um panorama de sociedade tão involuída e decaída que justifica com
acerto a definição de KALI YUGA (Idade das Trevas) daquela mesma cultura para os nossos tempos, no final do Grande Ciclo.
Se o tempo é circular (cíclico) e sempre volta ao ponto de partida não pode haver evolução espiritual linear e indefinida no Universo. Pelo menos, não uma evolução mecânica e compulsória como Kardec pregou.
Sabe o que Kardec fez?
Combinou as teorias sobre reencarnação e transmigração das almas, que os esotéricos do século 19 estavam compartilhando em suas Sociedades Secretas e círculos de estudo e pesquisa, com a Teoria de Darwin e a Evolução
natural das espécies, que agitou o cenário cultural do mundo naquele tempo.
Kardec apenas “entendeu” que se havia uma evolução natural regendo o desenvolvimento de espécies vivas em processo de adaptação nos seus habitats, deveria haver também um processo de evolução espiritual em curso no
universo das almas, sob as leis da Reencarnação (que ele compilou, como outros de seu tempo, dos acervos do Budismo, do Hinduísmo e das sabedorias gnósticas).
Mas será que é tão simples assim?
Porém, tanto Darwin como Kardec erraram FEIO em suas construções teóricas ao desconsiderar a existência da INVOLUÇÃO das espécies, o que faz mais sentido para o tempo como curva (ciclo) e, combinado ao livre-arbítrio,
criando o precedente das escolhas negativas como fator de involução.
A humanidade lá fora… em seis mil anos de História registrada, evoluiu… ou involuiu?
Basta olhar com juízo crítico isento de partidarismos religiosos e crenças para constatar que algo muito errado acontece nessa teoria de Kardec da evolução em linha reta indefinida… porque a sociedade moderna involuiu.
Espécies podem involuir, como almas podem involuir. E o tempo demonstrou o erro das duas doutrinas.
E Kardec foi o mais culpado, por achar que a matemática do espírito era uma simples questão de COPIAR E COLAR as teorias darwinianas e simplesmente adaptá-las para um universo muito mais profundo e complexo do que universo das espécies naturais em processo aparente de evolução, no caso, o universo espiritual e suas leis.
Muitos dinossauros e primatas do passado podem não ter sido fragmentos de evolução de espécies mais rudes e mais antigas, mas justamente o oposto, representando a INVOLUÇÃO de espécies que, com o tempo, decaíram, por uma série de fatores somados no cenário terrestre!
E conhecendo esse duplo mecanismo da Roda do Tempo, é que os antigos sábios do passado estabeleceram os dois pontos mais importantes de suas reflexões sobre a existência humana na Terra:
Gênesis e Apocalipse, semente e fruto, criação e juízo da obra.
E o fato das doutrinas antigas, de povos tão diferentes, separados no espaço e no tempo, combinarem tão bem, demonstra que uma Mesma Inteligência os guiou a todos, conhecedora de todas as leis e caminhos deste mundo em experiência!
E conforme as nossas escolhas, poderíamos evoluir. Mas poderíamos involuir da mesma maneira.
Inclusive muitas dessas doutrinas antigas falam na possibilidade de MORTE DA ALMA, que a alma é imortal somente dentro de um contexto de aprendizado consciente.
E que de modo algum ela, a alma, tem esse privilégio de poder ficar desencarnando o quanto queira, por milhões de anos sem fim, e ir “evoluindo” a passo de tartaruga conforme sua própria “vontade”, como se não existisse leis cósmicas superiores às vontades dos egos desencarnados!
O mundo jaz na mentira.
Mas que as trombetas da Verdade possam despertar aqueles olhos e ouvidos prontos para ela.
Olhos e ouvidos que não são reféns das próprias crenças de estimação, crenças que convém aos seus egos adormecidos….
JP em 17.03.2020