Na antiguidade, o sacerdócio era algo levado a sério, o homem escolhido para essa função realmente se santificava e se sacrificava para tentar fazer o papel de intermediário entre Deus e o povo. Era um ungido, uma espécie de messias, que se tornava o mais sacrificado e o mais perdedor em termos pessoais, mas cheio de riqueza e bênçãos da parte do Alto.
Sim, porque ser o PONTÍFICE (construtor de Pontes), o Budha ou Canal entre os mundos exigia grandes sacrifícios pessoais e renúncias da parte destes ungidos… mas com toda certeza, valia muito a pena!
Inclusive, biblicamente falando, a linhagem do sacerdócio foi consignada à tribo dos levitas, a única tribo que, entre aquelas outras doze, não possuia porção de terra definida ou estabelecida pela lei, e era dito sobre os filhos de Levi: a porção deles é com DEUS. Moisés e Aarão, o primeiro sumo sacerdote, eram levitas. Somente levitas podiam ser sacerdotes, estes que não tinham terra e nem posses, porque a parte deles era de DEUS.
Mas… vai dizer isso aos pastores das Igrejas!
Hoje em dia os papéis se invertem, os guias se tornam manipuladores e em vez de se sacrificarem pelo povo, sacrificam o povo por seus benefícios e interesses pessoais. O sacerdócio sagrado e real foi pervertido, o santuário foi profanado, o deus Dinheiro tomou ou lugar do Deus Amor. E a loucura do egoísmo guia a cartilha de muitos religiosos, e estes novos pastores e sacerdotes fazem a si mesmo de deuses, sem que o Altíssimo jamais os tenha ungido. Sequer chamado.
O sacrifício se tornou inviável num mundo em que o ego dita as leis, todas elas baseadas no prazer. Viver pelo prazer e em função do prazer realmente é estilo de vida incompatível com o chamado do mistério divino.
O amor maior foi banido na era da sobrevivência. Não há mais santidade, não há mais doação pura, não há quase nenhuma alma disposta a morrer em nome de seu povo. A coragem dos divinos heróis foi vendida ao sistema, e a unção dos escolhidos, unção de sacrifício, renegada porque o prazer atrativo da vida e seus regalos falou mais alto. O coração se fechou, e quando se fecha, a verdadeira Igreja se cala, porque o amor é o sacerdote de que falo, e o coração cheio dele, o santuário de que falo.
O mundo desconhece Jesus, ele precisa ser reapresentado ao mundo. É por isso que este trabalho ainda aguarda pelas Duas Testemunhas
(Apocalipse 11).
As pessoas perderam quase que completamente a ciência das relações entre Deus e a alma do Sacerdote, e o significado maior do papel dos intercessores, dos profetas, dos santos, dos sábios, dos gênios, dos pontífices, dos boddhisattwas, dos luzeiros de Deus que respondem pela raça humana na Terra, foi deturpado pelos maus exemplos abundantes em nosso tempo;
Só nos resta aguardar pelos dois últimos mensageiros da Era.
E o Sol-Cristo será novamente exibido em seu brilho original ao mundo.
Jesus não é um ídolo, é um raro ser que encarnou a mais rara das mais raras das forças universais, a força-Cristo. A força, a Luz, o Poder do Amor Incondicional. Hoje se usa muito comumente o termo AMOR INCONDICIONAL sem saber exatamente o que ele significa.
Amor Incondicional é o sacrifício de amor automático, sem condição ou motivo de ser, sem interesse de troca, até sem gratidão e sem compensação de reconhecimento do outro lado. É o amor capaz de amar e salvar o próprio inimigo. Se as pessoas mal sabem o que é amar de verdade os amigos e parentes, percebemos o quão distantes ainda estão do Amor Incondicional, capaz de amar e se doar até pelos desafetos.
Este é o AMOR-CRISTO.
Força totalmente ignorada pela humanidade moderna, que nivelou tudo ao conceito de dogma e religião, sendo que a Força-Cristo é a própria Palavra Consciente da Criação. Palavra embebida do Divino Amor Incondicional.
É Deus em manifestação no homem, é o EU SOU.
O Sacerdote sagrado é a encarnação plena do EU SOU diante do Mundo.
EU SOU DEUS.
Eu estou em Deus. Deus está em mim.
JP em 28.02.2020