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O triângulo interno – núcleo central da energia mental

Essa antiga pintura da deusa Minerva (deusa da sabedoria) com seus campos e chakras abertos na sua cabeça, propondo revelar a fonte de sua sabedoria, nos permitem ampliar as explicações sobre a propícia ilustração.

Os dois chakras superiores, Ajna e Sahasrara, residem na cabeça, controlando como um todo a energia mental, que é a energia que controla tudo no nosso corpo.

Ajna está relacionado com a glândula hipófise ou pituitária, enterrada no centro da testa, enquanto Sahasrara está enraizado na glândula pineal ou epífise, enterrada no centro da cabeça.

Mesmo que se louve a busca pelo despertar do chacra das mil pétalas (significado do termo sânscrito Sahasrara) através da ativação e desobstrução da glândula pineal (calcificada), o chakra Ajna (termo que significa CONTROLE) é ainda mais importante porque, se Ajna ou Terceiro Olho não estiver no controle da energia mental circulante, Sahasrara continuará em trevas.

Enquanto o Olho associado à Glândula Pineal nos fala de Polividência e Intuição derivados da conexão com a Mente Cósmica, Ajna nos outorga o controle sobre nós mesmos, e sobre todas as visões e inspirações que chegam do Alto.
Ajna nos define a linha de consciência que regula todos estes poderes desenvolvidos.

Por isso, o despertar de Ajna e a ativação da Hipófise vem antes do despertar de Sahasrara e a ativação da epífise.

Ajna controlando a psique, por exemplo, nos faz saltar dos sonhos difusos e confusos para as viagens astrais lúcidas e coerentes. Ajna no controle nos dá inteligência intuitiva, aquela que está acima da mera racionalização dos dados dos cinco sentidos. Ajna no controle nos dá organização dos dados que a consciência expandida recolhe em todas as suas experiências “paranormais”. Se a hipófise é uma glândula fundamental para o equilíbrio orgânico como um todo através de seus hormônios, será na mesma medida para a organização do sistema psíquico consciente.

Trabalhar com Ajna ajuda muito no poder da concentração, e como bem sabemos, concentração é tudo.

Ajna é aquele fio de Ariadne que nos ajudará a cruzar todos os labirintos do mundo inconsciente.

As vogais do despertar.

Existem três vogais, muito celebradas pelos antigos mestres gnósticos, herdeiros da tradição egípcia, que acionam diretamente esse triângulo de forças no plano mental, como podemos ver na imagem:
I A O

Este é o nome de Deus para os gnósticos, Yahoo dos egípcios, e a forma de expressar nas três vogais sagradas o Nome impronunciável do Tetragramaton, YHWH.
IAO também foi codificado no Apocalipse por João, na apresentação do Senhor do Trono:

EU (I) sou o Alfa (A) e o Ômega (O).

Portanto, “I” vibra poderosamente Ajna, concentrando seu poder, enquanto “A” promove a abertura de Sahasrara e, por fim, “O” nos conecta com o coração via coluna vertebral, sintetizando um poderoso triângulo de forças concentradas no céu da mente, e com este triângulo é que teremos a chave real de conexão com os planos divinos e as realidades espirituais ocultas a partir da nossa própria realidade interna iluminada.

Entre todas as vogais, IAO são aquelas que carregam maior poder vibracional dentro de uma relação direta com estas três partes do nosso ser, fazendo com que o fluxo da energia vital transmutada (pela respiração) e concentrada no núcleo dos instintos (cóccix, kundalini) ascenda de forma harmoniosa aos comandos cerebrais, acionando os seus poderes muito acima da sua faixa de normalidade.

OM (AUM) seria um mantra de efeito menos direcionado do que IAO.

OM nos alinha com o Todo, é certo, mas IAO direciona cada vibração vocálica para seu chakra ou núcleo de poder específico dentro da cabeça, promovendo então a síntese do triângulo dourado de poder da energia mental organizada.

Através de AJNA é que usaremos nossa porção consciente para mergulhar no plano inconsciente e expandí-lo, como se o terceiro Olho se abrisse numa dimensão esfumaçada e começasse a dissipar gradualmente as névoas do adormecimento.

É preciso praticar diariamente para ver os resultados.
Mas comece sempre com Ajna. Ele é a porta de entrada no mundo da paranormalidade consciente, objetiva e sem riscos de manipulação por “entidades” do submundo. Porque, com Ajna aberto, você saberá a diferença entre as luzes reais e as falsas luzes, e entre os espíritos de Deus e aqueles que estão fingindo algo que não são.
E quem dorme seguirá qualquer voz em seu sonho…

JP em 17.08.2020

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