Pouca gente sabe, mas naquele livro selado do Apocalipse, há uma referência direta a Israel e aos tempos de guerra, logo após uma série de eventos astronômicos prenunciados no livro da Revelação.
Vamos rever o conteúdo desse selo do Apocalipse:
“E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
Apocalipse 6:12-17
Antes de mais nada, a expressão IRA DE DEUS pode ser compreendida como Justiça, o Dia da Justiça Divina, já que em Deus não existe Ira ou Raiva, e nem vingança, mas às vezes os profetas empregavam estes termos para usar figuras de linguagem que o povo pudesse compreender por associação.
O sexto selo (e curiosamente, os seis primeiros selos do livro de sete selos foi descrito no Apocalipse 6, contraponto aos seis dias da Criação, como que Deus agora fazendo o balanço final e juízo da sua Criação, em seis milênios de história, desde o berço da civilização na Suméria), sim, o sexto selo é aberto com sinais astronômicos referentes a eclipses do sol e da lua, e os eclipses da Lua são da Lua de sangue, aqueles que, na tradição rabínica da própria Israel, quando caem em datas sagradas do Judaísmo, significam, inevitavelmente, guerras terríveis.
No nosso tempo recente, a tétrade de sangue ocorreu em datas sagradas nos anos de 2014 e 2015 (quatro eclipses em sequência da lua de sangue), e já na primeira Lua de sangue em 2014, um ensaio de guerra começava por lá.
Até agora, 2014 tinha sido o ano mais mortal registrado de um conflito Israel-Palestina, com pelo menos 2.251 vítimas em Gaza durante 50 dias de guerra, segundo dados do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Nove anos se passaram e a profecia do sexto selo entra com força, porque aquela FIGUEIRA sendo agitada por um vento forte e fazendo cair seus figos ainda verdes, é um dos principais símbolos de Israel.
Se a gente comparar o conteúdo do sexto selo do Apocalipse com a sexta trombeta e a sexta taça, verá naqueles claros paralelos com a GUERRA, e que tem tudo para se tornar mundial a partir do olho profético do furacão localizado em Israel, a terra que, de santa, não tem mais nada.
Por fim, notaram que outro importante símbolo de Israel, a estrela de seis pontas chamada de Estrela de Davi, faz também alusão ao sexto selo?
Então, os atuais eventos em Israel podem configurar sim um forte indicador de que a profecia do sexto selo está sendo cumprida no sentido de confirmar a chegada do Dia da Justiça de Deus, quando o mundo começará a ser punido por uma grande e dolorosa guerra.
E não somente a Palestina ou a Ucrânia.
Parábolas da Figueira
No dia depois de sua entrada triunfal em Jerusalém, Jesus estava caminhando e ficou com fome. Ele viu uma figueira com folhas e procurou por figos. Não era estação de figos, por isso não encontrou nada (Marcos 11:12-14).
Jesus amaldiçoou a figueira, para nunca mais dar fruto. No dia seguinte, a figueira estava completamente seca, desde a raiz!
Os discípulos ficaram admirados, porque a figueira tinha secado muito rapidamente. Jesus lhes explicou que, se tivessem fé, poderiam fazer coisas muito maiores que isso (Mateus 21:20-22).
Jesus também contou uma parábola sobre uma figueira infrutífera. Seu dono esperou alguns anos, mas não deu fruto. Se a figueira não desse frutos esse ano, seria cortada. Jesus explicou que, tal como a figueira, precisamos dar fruto. Deus dá algum tempo, mas, mais tarde ou mais cedo, quem não se arrepende de seus pecados será castigado (Lucas 13:5-7).
No dia antes de amaldiçoar a figueira, Jesus tinha entrado em Jerusalém, aclamado por uma multidão (Marcos 11:8-10). O povo parecia pronto para aceitar Jesus e mudar de vida, mas menos de uma semana depois, queria a morte de Jesus!
E quem era o povo que queria a morte de Jesus?
Os judeus, os israelenses, seus irmãos…
Qual o fruto da figueira de Israel que Jesus Cristo espera até hoje? Parece bastante óbvio que seja a aceitação de que ele é o Messias enviado, mas parece que essa aceitação nunca irá acontecer naquele país, já com preparativos para receber seu “outro messias”.
Se essas parábolas são verdadeiras, isso significa que Israel está sob a maldição de Cristo desde a sua crucificação.
“Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão.
Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.
Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.”
Mateus 24:32-34
Essa profecia se encontra dentro da escatologia de Mateus, e ela aponta os sinais da figueira (Israel) como um dos indicadores da chegada dos tempos, e completa falando em uma geração cumprida para que todos estes eventos comecem a acontecer, conforme anunciado.
E a geração bíblica tem 70 anos, o tempo que a Nova Israel cumpriu desde 1948 (em 2018) e o passe livre dado pela ONU para o retorno dos judeus à terra santa.
Tudo está se cumprindo.
Estamos entrando na curva mais apertada do Apocalipse.
E sem retorno.
JP em 06.11.2023