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O Salmo da Gratidão

O Salmo da Gratidão

“O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”.

“Me faz deitar em verdes pastos”

“Guia-me mansamente à águas tranquilas”

“Refrigera a minha alma”

“Guia-me pelas veredas da justiça por amor do Seu Nome”

“Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo”

“Tua vara e teu cajado me consolam”

“Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos”

“Unges a minha cabeça com óleo”

“O meu cálice transborda”

“Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida”

“E habitarei na Casa do Senhor por longos dias”

SALMO 23


Este é o salmo perfeito da gratidão, que compara a alma humana à ovelha que recebe tudo das mãos de seu pastor, que sabe conduzí-la para pastagens verdejantes e fontes de água pura.

A imagem devocional da ovelha em relação a Deus se estendeu por todo o Novo Testamento, e é uma alegoria comum nos ensinamentos de Cristo, que também se colocou como pastor de ovelhas.

A ovelha demonstra submissão por colocar toda a sua confiança no pastor, mas esta submissão é consciente, nada imposta por medo ou opressão, porque o pastor é generoso de coração e se sacrifica pela ovelha, o que inverte os papéis, quando o senhor se faz servidor de quem ele ama.

O papel do pastor é o papel do guia, do condutor das almas pelos caminhos da vida, e ao mesmo tempo que ele protege a ovelha dos predadores, irá conduzí-las para as pastagens abundantes, alegoria do paraíso prometido para as almas que confiarem em Cristo.

Porque Cristo reabriu o Éden perdido na cruz para toda a humanidade exilada.

Em Mateus 25, a ovelha é usada para simbolizar os justos, enquanto os bodes, os pecadores perdidos.

O Salmo 23 é um cântico de abundância e prosperidade, e também funciona como Salmo de proteção.

Pastagens fartas, águas cristalinas, lugares de repouso, descanso na ausência de perigos.

A humanidade infelizmente está orgulhosa demais e individualista demais para se considerar OVELHA DE CRISTO, e no seu ateísmo materialista, considera que tudo pode no novo deus do mundo, o dinheiro, e que a ciência e a tecnologia lhe bastarão em suas necessidades.

A ovelha, antes de mais nada, é um símbolo de humildade, de docilidade sem resistência, de aceitação da verdade sem rebeldia e sem desobediência, coisas que derivam de um amor pleno e de uma confiança total do discípulo no mestre.

Um coração repleto de gratidão por Deus.

Virtudes cada vez mais raras neste mundo de bodes…que preferem confiar em outros humanos no poder do que no Criador de todas as coisas.

Enfim, aquelas pastagens nunca foram para eles…

JP em 21.05.2024

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