Jesus se cercou de homens e mulheres escolhidos para edificar a sua Igreja, não exatamente na Terra num sentido institucional, mas no coração das pessoas, num sentido doutrinário.
Pessoas se destacaram nesse trabalho, como Simão chamado Pedro, ou Kifa, a rocha que blindaria as bases da Igreja contra o Inferno ideológico.
Agregou à liderança de Pedro o nome de outros onze apóstolos e outros muitos discípulos que foram se reunindo a egrégora da Igreja ao longo dos séculos, conforme a evangelização aumentava.
E levantou o espírito de sua Mãe, a Virgem Maria, para garantir o acesso a essa Igreja, quando Ela se tornou uma guerreira persistente e invencível contra as ameaças do Dragão, o que está explicitamente explicado no Apocalipse 12.
A Mulher é conduzida para o refúgio, onde a Igreja será levada consigo. Aqui, a Mulher representa tanto a ação pessoal da Virgem Maria em nosso tempo (e pelos séculos atrás) como a imagem da Igreja de Cristo ceifada da Terra.
Muitos cometem o erro de achar que a salvação da humanidade está totalmente colocada nas costas de Jesus Cristo. Cristo é a cabeça da Igreja, não o corpo inteiro, que é composto de outras partes, outros membros ativos do organismo espiritual.
Ele também falou dos ceifadores da sua obra, quando chegasse o tempo da sua maturidade, o tempo que é agora.
Sem fanatismo, e com a compreensão consciente, chegaremos na Verdade que liberta.
Fanatismo gera apenas crenças obscuras apoiadas no medo e no egoísmo básico das pessoas, já que o egoísmo pode se travestir de espiritualidade ao desejar o céu e a salvação para si.
Só a Verdade liberta quando ela traz o amor que nos faz compreender que não podemos alcançar a Deus com egoísmo. Mas apenas com altruísmo.
Trabalhar pela salvação alheia é o melhor modo de obter a própria salvação.
“Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.
Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.
E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem.
Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa.
Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.”
João 4:34-38
JP em 08.04.2023