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O dia depois do Arrebatamento

O dia depois do Arrebatamento

Qual o papel dos 144 mil após o seu arrebatamento?

O trigo espiritual da Terra, conforme o Apocalipse 14, será retirado daqui imediatamente ANTES do princípio da Grande Tribulação, que certamente será disparada neste mundo pela Terceira Guerra Mundial, da qual já temos testemunhado os primeiros movimentos desde 2022.

Outros eventos globais, como fome, catástrofes climáticas e pandemias se somarão ao movimento deflagrado, compondo as características das pragas dos quatro cavaleiros do Apocalipse e dos quatro anjos atados no grande Rio Eufrates, onde se localiza o berço da civilização, cenário descrito no Gênesis para a criação da humanidade.

E 2022, o ano que a Rússia invadiu a Ucrânia (em 24.02.2022), o ano soma 6, o valor do Sexto Selo, que comporta a imagem de eventos astronômicos (eclipses, luas de sangue, queda de astros e terremotos) para indicar a chegada do dia da Ira de Deus.

Mas como Deus não tem IRA, interprete-se ali essa palavra como DIA DA JUSTIÇA DIVINA. E que seria deflagrada, como já vimos em outras postagens e estudos, pela Terceira Guerra Mundial, cujo cenário se alinha com a abertura do Inferno trazendo morte, fogo, fome, doenças e desgraças para todas as nações (o conteúdo dos quatro cavaleiros do Apocalipse, os quatro primeiros selos do Livro Selado).

Esses sinais da Guerra em avanço pelo mundo somados com a ascensão da Nova Ordem Mundial do Anticristo são claros para indicar que o arrebatamento está próximo.

A título de curiosidade, uma amiga me passou um sonho que ela teve, dizendo ser bem realista, de que um homem lhe entrega um papel falando da data do arrebatamento: 17 de julho (deste ano, creio).

Não posso confirmar data nenhuma, apenas descrever cenários escatológicos que identifiquem a sua proximidade.

É no capítulo 14 do Apocalipse que todas as coordenadas do Arrebatamento são expostas:

“1 E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai.
2 E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas.
3 E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
4 Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro.
5 E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus.”
Apocalipse 14: 1-5

O Monte Sion representa a morada de Deus, de modo que esta grande reunião do Arrebatamento não acontece neste mundo, mas fora dele.

O Cordeiro e Cristo é o agregador de todos aqueles 144 mil seres que foram assinalados em suas testas pelo Anjo do Sol, antitese da marca da Besta (666) na testa do joio perdido desta colheita espiritual da Terra (o selo significa uma identidade de alma pelos valores que a apresentam diante do grande Juiz).

Quando se escreve que estes 144 mil não se contaminaram com mulheres, não se trata de misoginia, apenas de uma retórica bíblica que localiza a primeira culpa da queda em Eva, a primeira mulher, fazendo da mulher o objeto de tentação sexual da serpente. Mas isso significa que estes 144 mil, que não são apenas homens, não se contaminaram com as depravações sexuais da nova era, repetindo Sodoma e Gomorra em escala global, o que certamente vai atrair o fogo da Justiça Divina.

São seres virginais, de corpo e de alma, homens e mulheres que voltaram a ser crianças espirituais diante do Pai. E neles não se achou nem mentira e nem hipocrisia na conduta e no caráter.

“Não se contaminaram com mulheres”, quer dizer, não mancharam seu corpo físico, santuário do Espírito Santo, com depravação sexual de qualquer espécie, seja homem ou mulher. São virginais, e em exata medida do termo, celibatários, até porque Jesus Cristo deu essa ordem aos seus discípulos, conforme consta nos evangelhos, o que fez com que abandonassem esposa e familia para seguirem em missão logo após o chamado do Cordeiro. Jesus também teve discípulas, e a própria Virgem Maria, sua mãe, foi o maior modelo de castidade do Evangelho.

Estes 144.000 são as primícias de Deus, a primeira colheita, não significando que sejam A ULTIMA COLHEITA, e aqui reside a dúvida de muitos: somente 144 mil se salvarão?

Certamente que não, porque o próprio Apocalipse 7 fala de uma multidão incalculável de redimidos dentro da Tribulação.

Se os 144 mil não precisam passar pela Tribulação, é porque já se purificaram em suas vidas.

Deus não envia dor sem necessidade.

E o Anjo da selagem dos 144 mil adverte:

“1 E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.
2 E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,
3 Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos selado nas suas testas os servos do nosso Deus.
4 E ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil selados, de todas as tribos dos filhos de Israel.”
Apocalipse 7: 1-4

O mesmo anjo do Sol, da trombeta que vai despertar os vivos e os mortos na Terra para o grande juízo, declara que os 144 mil são intocáveis. Nenhuma praga os ferirá. Porque subirão antes do começo da Grande Tribulação.

Notem a expressão do anjo:
“Servos de Deus!”

Estes são os 144 mil assinalados.
Chamar alguém de SERVO DE DEUS significa definir aqui outra classe de ser humano, não um ser humano comum trabalhando apenas por seus próprios interesses, mas um ser humano já em MISSÃO RECONHECIDA NA TERRA.

Esta classe de seres humanos já se torna digna de receber SELO na testa, e o selo, na linguagem bíblica, tem a função tanto de proteger uma coisa sagrada e preciosa, como de lhe configurar distinção.

Receber o selo de Deus na testa significa que já se é trigo espiritual maduro, pronto para a colheita, a ser replantado nas verdes campinas do Reino de Deus em fase de preparação.

Um servo de Deus é um ser humano como Abrahão, como Moisés, como Davi, Salomão, os profetas, os apóstolos, a Virgem Maria, as mulheres sagradas. Um pouco abaixo do Filho de Deus, porque ainda não são perfeitos, mas já estão confirmados de corpo e alma em sua missão de cumprimento da Vontade do Pai, tanto na Terra quanto no céu.

O selo recebido pelos 144 mil define o caráter daqueles escolhidos e comprados da Terra, como primícias, pelo sangue do Cordeiro. A diferença entre eles e os não-selados é que, mesmo que estejam ou apareçam neste mundo físico em missão, eles não podem ser tocados pelo Mal, o selo lhes protege.

Como as duas testemunhas, os dois servos mais altos de Deus neste tempo, que profetizarão por 3,5 anos sem que o Mal no poder possa tocá-los sequer impedí-los de falar enquanto durar o tempo da profecia.

O oposto dos 144 mil servos de Deus são os filhos da Besta, também reconhecidos por um selo ou sinal na mão ou testa, cujo número é 666 – W.W.W. sob outras interpretações cabalísticas. Quando alguém recebe o selo da Besta, está identificado por seus valores morais invertidos, que se opõem diretamente a tudo o que os servos de Deus praticam e são, semelhantes aos próprios demônios em sua condição de maldade confirmada.

Quando se recebe um selo, isso significa um tipo de confirmação espiritual no bem ou no mal, joio e trigo, ambos maduros para a colheita. Infelizmente, muitas almas já sairam para a perdição e não tem mais retorno. Porém, a grande multidão significa que a humanidade ainda está convidada para tomar parte do grupo seleto do trigo maduro, consciência espiritual cristificada.

Todos os selados já se encontram em fase concluída. Os 144 mil servos de Deus já não se perdem mais, mas os filhos da Besta, que permitiram-se assinalar por 666, estes já não tem mais redenção.

É o grupo do trigo maduro e do joio perdido. E entre um e outro, existe mais um grupo, o grupo do trigo verde que ainda precisa amadurecer: a grande multidão que virá depois do Arrebatamento.

Logo após a contagem dos 144 mil das doze tribos de Israel, é que surge OUTRA MULTIDÃO, da qual fala um santo ao profeta João.

“9 Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;
10 E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.

11 E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus,
12 Dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém.
13 E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram?

14 E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram da grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
15 Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra.
16 Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles.
17 Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes vivas das águas; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima.”
Apocalipse 7: 9-17

Percebam que esta grande multidão, muito maior que 144 mil, veio da Grande Tribulação, e branquearam suas almas (roupas brancas) durante esse período, do qual os 144 mil já passaram (subiram antes) e não precisarão mais passar, porque já tem as almas branqueadas pelo sangue do Cordeiro.

Por isso, os 144 mil são chamados de PRIMÍCIAS, os primeiros frutos espirituais da Terra, que não significa expressamente os últimos frutos.

Podemos também falar aqui em DOIS RETORNOS DE CRISTO. O primeiro retorno é para cumprir o arrebatamento dos 144 mil. E o segundo retorno, para destruir os exércitos tenebrosos do Anticristo na Terra, libertando muitas almas que aqui ficaram e sustentaram o bom combate até o fim.

Outra passagem do Apocalipse, capítulo 13, diz como será o processo dos filhos da tribulação durante o reinado da Besta:

“10 Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos.”
Apocalipse 13: 10

Prisão, perseguição, morte. Assim será feita a purificação dos cristãos na Terra, os que ficarem para trás, porque serão levados a evangelizar e viver a doutrina cristã em seus caminhos de purificação e reconciliação com Deus, o que atrairá a fúria do Anticristo e do Sistema, justificando assim as suas penitências.

Aliás, uma das bem-aventuranças proferidas por Cristo no sermão da montanha pode ser ajuntada aqui:

“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o reino dos céus”. Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.”
Mateus 5: 10-12

O trabalho dos cristãos que ficarem na Terra depois do arrebatamento será exatamente este, lutar pela verdade e pela justiça de Cristo durante o reinado da Besta, o que vai trazer penitência e perseguição em suas vidas.

Coisa que os primeiros arrebatados já não precisam mais fazer, porque já fizeram antes, de vários modos, em várias vidas.
Ninguém vai para a cruz duas vezes.

Os cristãos e não-cristãos (porque o convite é para todos) que ficarem na Terra é porque ainda possuem karma, dividas, pecados, apegos, luxúrias, sentimentos materialistas, erros, egoísmos, ilusões, maldades no coração. Não poderiam subir dessa maneira. Um longo deserto, como o deserto de 40 anos de Moisés no Êxodo, se abrirá para a sua experiência de vida. E é neste deserto que se purificarão.
Ainda não são servos de Deus.

Então, até aqui, fica claro que teremos dois arrebatamentos, um arrebatamento total e um arrebatamento gradual que lhe segue. E muitos desses arrebatados durante a tribulação, serão levados depois que morrerem, isto é, perderão a vida, mas a retomarão pela promessa do Pai diante do Cordeiro.

O primeiro arrebatamento é total, levará 144 mil almas ANTES da Grande Tribulação. O segundo arrebatamento é gradual, aos poucos, e colherá os frutos da árvore da vida conforme eles amadureçam em consciência espiritual.

O capítulo 23 do livro de Mateus, altamente escatológico, nos acrescenta outras informações sobre o cenário do arrebatamento:

“6 E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.
7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.
8 Mas todas estas coisas são o princípio de dores.
9 Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vosão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.
10 Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarào.
11 E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.
12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.
13 Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.
14 E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.”
Mateus 24: 6-14

A caridade humana praticamente morta, o ódio entre os irmãos, guerras e rumores de guerras em toda parte, falsos profetas, falsas religiões, peste, fome e terremotos, perseguição aos cristãos… e nesse meio, os missionários cobrirão a Terra com a palavra renovada.

“29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.
30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
31 E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.”
Mateus 24: 29-31

Aqui, sinais astronômicos determinam o tempo do arrebatamento, e realmente, desde a tétrade de sangue (os quatro eclipses de lua vermelha) entre 2014 e 2015, o mundo acelerou seus processos, alcançando este recente eclipse de 8 de abril de 2024 em plena ascensão do Mal na Terra. Não sei realmente se este É O ECLIPSE sinalizador do arrebatamento, aquele que concluiu a separação entre o joio e o trigo na Terra. Mas olhando para o mundo, tudo indica que sim.

“36 Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai.
37 E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.
38 Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
39 E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.
40 Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro;
41 Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra.
42 Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.”
Mateus 24: 36-42

De fato, Cristo não menciona uma data, porém nos dá referências detalhadas do cenário que demonstra estarem iminentes todos estes acontecimentos, e este cenário está pronto ao nosso redor.

Quando à simbologia de dois no campo, um sendo tomado e outro sendo deixado, é uma maneira de dizer que duas pessoas podem conviver e ser totalmente diferentes dentro da mesma casa. Não significa que metade da população (um para dois) será arrebatada naquele dia. Isso leva muitos evangélicos a considerar erradamente que milhões de cristãos serão levados no primeiro arrebatamento, antes da Grande Tribulação. Mas este número, pelo menos, nos foi dado de forma exata: cento e quarenta e quatro mil.

Em certa ocasião, uma pessoa me perguntou se OS CACHORROS E OS GATOS DA FAMILIA também seriam arrebatados. Eu apenas guardei silêncio…

Outra coisa: o fato do Apocalipse 7 mencionar doze tribos de Israel como linhagem destes 144 mil não significa que são 144 mil judeus que serão arrebatados. Primeira impossibilidade é que judeus, com raras exceções, rejeitam Cristo como Messias. E segundo, a imagem do Apocalipse aqui é figurada, como muitas outras, e a linhagem das doze tribos significa uma linhagem espiritual, não étnica.

Israelitas, na linguagem espiritual, significa OS FORTES EM DEUS, aquelas almas que se fortaleceram espiritualmente na Terra nas batalhas contra o Mal. E depois que Cristo morreu na Cruz, novo pacto foi assinado entre Deus e a humanidade que RETIROU a exclusividade dos judeus (como nação eleita) e entregou também aos gentios e à todas as nações da Terra a possibilidade da salvação.

Seria estranho que Israel continuasse sendo a preferida de Deus após o deicídio cometido (Cristo crucificado).
Roma crucificou mas Israel articulou tudo.

Então, os cristãos e almas atraídas para Cristo que ficarem aqui terão muito trabalho pela frente.

Enquanto isso, os arrebatados estarão em outro lugar preparando as bases do Novo Reino da Terra. Há trabalho para todos, conforme o potencial espiritual de cada um. O trabalho dos que ficarem aqui será o de assumir uma batalha espiritual contra o Mal em ascensão, o que já temos visto, aliás, se desenhando no cenário da Política Mundial.

Vocês já podem ter aqui um vislumbre do que virá a seguir.

Mas a principal batalha dos “deixados para trás” será a conversão íntima, o arrependimento dos pecados, o perdão, a caridade humana, o desapego, a purificação, o reconhecimento humilde dos erros, a oração, a vigília, a partilha, a bondade resgatada no coração de criança, a pureza, a fé, a esperança e a confiança no Senhor do Amor, Filho de Deus e nosso irmão perante o mesmo Pai.

Ainda falando dos 144 mil primeiros arrebatados, temos que cruzar com alguns trechos das cartas de Paulo para ampliar os conhecimentos a respeito.

“Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem.
16Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
17Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre.”
1Tessalonicenses 15-17

Isso quer dizer que entre os 144 mil arrebatados, já terão subido muitas almas desencarnadas. Ou seja, os mortos em Cristo subirão primeiro, e depois, se reunirão com eles os vivos, totalizando 144 mil. Somente depois deste evento é que o caminho da salvação se abrirá para os que ficarem na Terra, expostos à perseguição do Anticristo. Aqui acontece aquela promessa do reencontro com parentes e amigos falecidos no paraíso.

Claro, para você reencontrar um parente ou amigo falecido mas ressuscitado do outro lado, ele terá que ter recebido essa dádiva de Cristo. Morrer por morrer não leva ninguém para a vida eterna, como as modernas deturpações da Bíblia querem fazer entender. Se o seu amigo ou parente não morreu estando ligado a Cristo pela prática de sua Verdade, ele não ressuscitará. Isso é expressamente explícito nos evangelhos.

Essa leitura de Paulo pode ser confirmada no próprio Apocalipse, no conteúdo do quinto selo do livro selado:

“9 E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.
10 E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
11 E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram.”
Apocalipse 6: 9-11

Aqui o profeta relata a visão dos escolhidos que estão MORTOS diante do altar do templo celestial. Eles já terão subido antes dos VIVOS que se reunirão à eles no futuro (lembrando que a expressão MORTO no Apocalipse pode também assumir uma imagem de morto nos defeitos, nos pecados, morto para este mundo e renascido para Deus).

O profeta fala em NÚMERO a ser completado, número de conservos. Se existe um número fixo aqui, este número é 144 mil. Parte destes servos de Deus vem do passado, de obras já cumpridas, e atualmente descansam (mortos) esperando o restante do seu grupo.

Continuando o Apocalipse 14, logo após o arrebatamento dos 144 mil, surgem três anjos lançando as últimas profecias sobre a Terra:

“6 E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo,
7 Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
8 E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua fornicação.
9 E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão,
10 Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
11 E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome.
12 Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.
13 E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem.”
Apocalipse 14: 6-13

Estes três anjos se relacionam diretamente com as duas testemunhas de Deus realizando a última evangelização na Terra. Reportando-nos ao Apocalipse 10, elas são levantadas na Terra pelo Anjo do Senhor. Então, o grupo soma três entidades, o Anjo do Senhor e dois anjos ou profetas falando pela última vez no mundo, recordando sobre a palavra dos antigos profetas e sobre as leis do Senhor na época da grande apostasia e rebelião de anjos caídos neste mundo comparado com Babilônia em ruínas.

A grande advertência é a respeito do reinado da Besta e suas seduções, e que a paciência dos santos e seus trabalhos que culminam na morte (seja morte física ou morte psicológica) é apontada.

A fornicação (depravação sexual) é repetida como um dos fatores de grande agravo para as almas deste mundo, à semelhança dos agravos de Sodoma e Gomorra lançados no passado.

Finalmente, quando as duas testemunhas concluírem seus trabalhos, durante o reinado da Besta, serão mortas e ressuscitarão, e logo após, ascenderão ao Pai.

O segundo AI será ouvido na Terra, porque o primeiro o mundo escutará no clamor da Terceira Guerra Mundial, o que significa que o reinado da Besta se criará no pós-guerra, naquela liga ou coalizão de 10 nações governadas pelo próprio Anticristo.

E o terceiro AI será o FIM de tudo.

Primeiro, as provações da grande Guerra e, depois, do reinado do terror da Besta, somado à todas as catástrofes globais, climáticas e sociais derivadas. Como todos podem ver, a Grande Tribulação fará jus ao seu nome e fama.

E como termina o capítulo 14 do Apocalipse?
Referências repetidas sobre o arrebatamento do trigo e o destino do joio da Terra.

“14 E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda.
15 E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice, e sega; a hora de segar te é vinda, porque já a seara da terra está madura.
16 E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada.
17 E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda.
18 E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras.
19 E o anjo lançou a sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no grande lagar da ira de Deus.
20 E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios.”
Apocalipse 14: 14-20

São quatro anjos, sendo que os dois primeiros se envolvem no processo do arrebatamento, e os dois últimos, na purificação planetária DEPOIS do arrebatamento, o que confirma o início da Grande Tribulação logo após o primeiro arrebatamento (dos 144 mil).

O Filho do Homem assentado na nuvem branca é o próprio Cristo, acompanhado pelo Anjo da colheita que lhe determina o tempo chegado da colheita do trigo espiritual da Terra.

Porque a Terra se fará madura, tanto da bondade como da maldade humana.

Logo depois, entram em cena dois anjos do Karma, um com poder sobre o fogo e outro com uma foice aguda, declarando que os cachos de uvas das maldades humanas também estavam maduros para a colheita – a imagem do karma mundial.

Estas passagens falando da colheita do joio e do trigo também se abrem para um modo mais genérico, incluindo aqueles dois arrebatamentos, o total (primeiro) e o gradual (a seguir), antes, durante e depois da Grande Tribulação.

Cada alma será pesada na Balança Divina e terá seus tempos de provação calculados segundo os valores do seu coração. Quem não precisa mais de dor para aprender o amor de Deus, este não precisa mais sofrer, porque já sofreu no passado. E ninguém pode ir duas vezes para a Cruz.

E sobre os caminhos dos primeiros arrebatados (144 mil), o capítulo logo a seguir (15) nos dá coordenadas precisas que precisamos compreender.

“1 E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.
2 E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus.
3 E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos.
4 Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.
5 E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu.
6 E os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos com cintos de ouro pelos peitos.
7 E um dos quatro animais deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre.
8 E o templo encheu-se com a fumaça da glória de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos.”
Apocalipse 15

A analogia entre esse capítulo e o Êxodo de Moisés é tão grande que ela repete até o capítulo do Êxodo, o mesmo capítulo 15 quando, já reunido com o povo liberto do Egito, do outro lado do mar, Moisés inicia o cântico de louvor e agradecimento ao Criador.

João usou a mesma imagem aqui, comparando o primeiro arrebatamento ao Êxodo do novo tempo, quando o Egito se torna o próprio reinado da Besta que escraviza todas as almas ao pecado.

Depois desse arrebatamento é que os Anjos se preparam para derramar as sete taças da Ira Divina. Podemos dizer que os sete selos e sete trombetas foram anúncios, avisos. E que todos esses anúncios e avisos finalmente tomarão forma nas sete taças derramadas – a imagem da Grande Tribulação, porque até então, temos passado por pequenas tribulações (diante do que está por vir).

As sete taças dos sete Anjos materializam na Terra tudo aquilo que os selos e trombetas vinham anunciando, alertando, em uma série de sinais e eventos não localizados ainda (globais).

O grupo que for levado não estará mais na Terra. Trata-se de uma dimensão cósmica e espiritual, descrita como mar de fogo e vidro (ou cristal) onde os próprios sete anjos se apresentam.

E ali, os 144 mil entoam esse cântico de gratidão ao Pai.

Eles estão diante do Tabernáculo do testemunho, que o Apocalipse emprega para simbolizar a morada de Deus, não neste mundo, mas numa dimensão de energia elevada, espiritual.

Sendo eles servos de Deus, sua missão continua em outras escalas que não temos como imaginar. E eles, na mesma qualidade de anjos, continuarão a servir a Deus neste mundo de várias formas, por exemplo, sonhos, aparições, instrução, e mesmo do lado de lá, seguirão orando e intercedendo por nós da forma como puderem. E sendo selados, o mal deste mundo já não pode lhes ferir, porque a morte já passou deles, uma vez que são renascidos.

E se a analogia com o Êxodo de Moisés é válida, notem que nenhum hebreu sofreu qualquer dano debaixo daquelas 10 pragas enviadas aos egípcios (o joio da Terra).
Passaram para o outro lado do grande mar vermelho ilesos. E o Apocalipse 15 fala de um grande mar, as águas superiores, a morada dos filhos de Deus nas dimensões do Pai, na presença dos próprios Anjos.

A imagem do capítulo 15 também agrega a reunião daquela outra multidão que se ajuntará com os 144 mil depois de todas as dores passadas. Afinal, nessa dimensão superior a cronologia de tempo terrestre não funciona mais.

Então virão as sete taças derramadas (Apocalipse 16), a revelação do mistério de Babilônia e da Besta (Apocalipse 17), a queda final da civilização (Apocalipse 18) e a Grande Batalha de Cristo contra o reino da Besta, encerrando a primeira fase do MAL na Terra (Apocalipse 19).

Os vivos e arrebatados de todas as estações já terão sido julgados, muito tempo antes (1000 anos do Sacerdócio de Cristo) do juízo final que se abrirá para os mortos (joio) que esperam dormindo no mar inferior, no Sheol, Umbral (Apocalipse 20).

O segundo dia da Criação no Gênesis fala do mar superior e do mar inferior. Enquanto os arrebatados do Pai estarão com Ele no mar superior, os mortos sem redenção dormirão no mar inferior, Umbral da Terra, aguardando julgamento. Mas os eleitos em pé sobre o mar superior do céu já foram julgados e estão libertos.

Após o Juízo Final e a última tentativa do mal para destruir o reino dos santos (os arrebatados depois de mil anos de trabalhos sob a supervisão de Cristo), este mal será destruído para sempre, quando então começa a edificação do Reino de Deus por todos os seus filhos reunidos (Apocalipse 21), retornando a este mundo depois que ele tiver sido devidamente purificado e esvaziado de todos os demônios e maldades.

A medida dos filhos de Deus será 144, a mesma medida do Anjo, a mesma medida da cidade sagrada.

O Reino de Deus na Terra

O Reino será aqui na Terra, mas antes a Terra vai passar por muitas purificações, como a própria humanidade. Estará alinhada com novas dimensões de energia. A própria Jerusalém celeste descerá e se mesclará à Terra, nesse realinhamento que produzirá por fim o Reino desejado, puro, sem mancha.
O retorno ao Éden perdido.

Mas agora, diferentemente de Adão e Eva, a humanidade redimida terá profunda consciência das leis e do Amor do Criador, honrado para sempre pela religião da GRATIDÃO nesse Reino de duração eterna, onde não haverá mais dor, lágrima e aflição.

Apenas felicidade.

Assim será.
Amém.

JP em 04.05.2024

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