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O conceito matemático e cosmológico dos Quadrados Mágicos

(Imagem, o quadrado mágico de Mercúrio)
Todas as linhas, colunas e duas diagonais somam o mesmo valor, 260.
E 260 soma 8, que é o número de ordem de Mercúrio na Árvore Sefirótica.

Este quadrado mágico é formado por 8×8 = 64 (a mesma estrutura do tabuleiro de xadrez).
E sua soma total é dada por 260 x 8 = 2080.
Conexão interessante com o Tzolkin de 260 dias, o calendário sagrado dos maias.
E, por pura sincronicidade, hoje, dia em que escrevo esse tema, é dia 26!


Quadrado Mágico é uma tabela quadrada, com números, em que a soma de cada coluna, de cada linha e das duas diagonais são iguais.
Sua origem não é conhecida, mas há registros de sua existência em épocas anteriores à nossa era na China e na Índia. O quadrado de 9 casas (3 x 3) é encontrado pela primeira vez num manuscrito árabe, no fim do Século VIII, e atribuído a Apolônio de Tiana (I Século) por Marcellin Berthelot.

Na Idade Média os quadrados mágicos se tornaram muito populares pelo seu uso em Pantáculos e Talismãs, onde eram associados a Planetas que atribuíam a eles o poder de atrair proteção astral para seus detentores.

Ainda existem os quadrados hipermágicos e os diabólicos.
O quadrado hipermágico é o que tem certas propriedades adicionais, além de obedecer às regras básicas. Por exemplo, um quadrado mágico onde, trocando-se duas colunas de lugar, forma-se um outro quadrado mágico; e o Quadrado Diabólico é um quadrado hipermágico com muitas propriedades ou com propriedades muito complexas. O nome diabólico tem sua provável origem na dificuldade em se formá-lo


Os quadrados mágicos são matrizes matemáticas fascinantes, cujas somas dependem de uma distribuição numérica que pode ser calculada. Contudo, isso não retira sua magia até pelo significado dessa harmonia numérica em formas planas (quadrados).

Quadrados, estruturas planas que abrigam sequências numéricas do tipo (a)^2, construidos a partir da ordem 3×3 (9), este chamado o Quadrado Mágico de Saturno, o primeiro e mais elementar dos quadrados mágicos.

Regras matemáticas relativamente simples nos ajudam a construir tais quadrados, cuja principal propriedade é a soma igual dos números de uma mesma linha, mesma coluna e diagonais. Uma constante numérica que define a própria natureza “mágica” do quadrado, assimilada pelos antigos como uma forma de magia natural da forma perfeita, com associações ligadas a Geometria sagrada (o quadrado, símbolo da Terra, ou da matéria organizada, das forças de coesão e de cristalização).

Essa simetria numeral era usada para confeccionar, em talismãs de metal ou escritos em pergaminhos, os símbolos da harmonia cósmica na expressão numeral, relacionada assim à geometria sagrada das formas harmônicas, capazes de entrar em conexão com as forças ocultas do universo.

Dentro da concepção cosmogônica da sabedoria antiga, cada dimensão era associada a uma órbita planetária e seu anjo regente, mais o coro de anjos que lhe assistia. Esses espíritos então assim relacionados aos números e formas geométricas definidas, podiam ser invocados em rituais teúrgicos que, reproduzindo aqueles símbolos, traziam suas influências para todo tipo de ajuda.

O rei Salomão desenvolveu muito esse tipo de Magia teúrgica através de seus conhecimentos cabalísticos.
Os quadrados mágicos representam, em termos de organização numérica, a mesma coisa que os modelos geométricos perfeitos representam no mundo das formas. Combinar um e outro era, portanto, considerado uma chave de grande poder de conexão com a harmonia cósmica e seus espíritos conscientes, que tinham nesses números e polígonos uma espécie de assinatura astral de identificação.

Toda essa concepção de organização numérica e geométrica do Universo era uma ideia explorada por grandes astrônomos, como Kepler, que tentou buscar um modelo de organização geométrica das órbitas planetárias usando os cinco sólidos perfeitos e suas relações.

Nas relações com a magia cabalística, os magos exploravam a simetria dos números e das formas no contato com as forças conscientes do Universo que então respondiam a essas simetrias, criando assim várias formas de contato.

Os quadrados mágicos só podem ser confeccionados a partir da ordem 3×3 = 9, o quadrado básico, atribuido à órbita, planeta e inteligência de Saturno, e a partir daqui, quadrados mágicos de qualquer ordem (n^2) poderiam ser construídos.

O significado da simetria numérica

Se os números naturais (inteiros e positivos) em série infinita podem ser rearranjados em planos quadrados com somas parciais constantes, isso significa que a série numérica natural infinita, na verdade, está dentro de uma cadeia circular fechada que, relacionando um número com outro qualquer, essa cadeia forma sempre uma ponta (número) que se liga a outra ponta (número) por mais infinito que seja esse número.

Isso parece definir mesmo um universo circular fechado, mesmo que tenhamos a sensação de que possamos escrever números infinitamente. Mas o fato de que estes números infinitos sempre se relacionarão em somas constantes com números abaixo ou acima deles, realmente nos faz pensar num universo circular fechado, harmônico e simétrico entre todas as suas partes, até porque tais leis de harmonia e simetria já são encontradas no mundo das partículas, no domínio da Física Quântica, que também é uma numerologia da matéria, já que quanta é uma unidade (pacote) de energia constante em todo o universo.

Se imaginarmos além, e em vez de quadrados mágicos, pensarmos em cubos magicos de ordem (n)^3, dentro de matrizes de números que também preservam somas constantes nas três dimensões, linhas, colunas e diagonais dos mesmos, isso nos leva a conceitos ainda mais complexos do universo fechado dos números organizados por matrizes geométricas (quadrados, cubos, e até outras formas).

A cosmologia mágica da sabedoria antiga apenas não via toda essa ordem como casual ou acidental, muito pelo contrário, atribuia a cada uma de suas faces a presença de entidades mentais conscientes que, então, podiam ser contactadas através de seus símbolos relacionados.

Como se fossem suas identidades no mundo das formas.
Uma visão muito coerente para aquele tipo de mente que reconhece, atrás de toda a organização formal e estrutural do universo, um princípio inteligente.

em 26.01.2021

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