C/2022 E3 (ZTF) é um cometa de longo período que foi descoberto pelo Zwicky Transient Facility em 2 de março de 2022. O cometa atingiu seu periélio em 12 de janeiro de 2023, a uma distância de 1,11 UA e a aproximação mais próxima da Terra será em 1º de fevereiro de 2023, a uma distância de 0,28 UA.
O cometa ZTF, muito raro por seu período de 50.000 anos, será visível na direção da constelação Auriga (ou Cocheiro), localizada no céu do hemisfério Norte, perto da estrela Alfa do Cocheiro, a estrela mais brilhante da constelação.
Um ponto de referência está no planeta Marte, que ocupa a constelação de Touro durante a passagem do cometa pelas proximidades da Terra (signo relativo de Gêmeos). Você poderá localizar o cometa se baseando na posição de Marte.
Ainda para o hemisfério Norte, a Nasa indica que o cometa será visível pela manhã, deslocando-se rapidamente para noroeste durante todo o mês de janeiro até chegar a seu ponto mais próximo do planeta Terra entre 1º e 2 de fevereiro.
De acordo com Beatriz García, astrofísica e investigadora do Conselho Nacional de Investigação Científica e Técnica da Argentina (Conicet), o melhor momento para observar a passagem do cometa a partir do hemisfério Sul será no seu perigeu – entre 1º e 5 de fevereiro, também olhando a direção da constelação Auriga à noite. No entanto, ela adverte que a Lua crescente pode interferir na observação.
Cometas na antiguidade
As primeiras observações de cometas surgem no terceiro milénio antes de Cristo. Nas culturas antigas, o seu súbito aparecimento era considerado um sinal dos deuses. E porque perturbavam a harmonia do céu estrelado, foram rapidamente considerados como um mau presságio.
Na Grécia antiga, os filósofos naturais tentaram encontrar uma explicação para o fenómeno. Aristóteles (384-322 AC), cujos pontos de vista dominariam a visão astronómica e física do mundo no Ocidente durante mais de milénio e meio, acreditava que eram emanações da atmosfera da Terra.
Na Idade Média, o medo dessa “mão pesada de Deus” chegou ao seu auge; pensava-se que os cometas pressagiavam fenómenos naturais terríveis, como inundações ou terremotos.
No século XVI e início do século XVII, tornaram-se dos assuntos favoritos dos antecessores dos jornais de hoje em dia. Um poema do século XV fornece uma descrição impressionante da natureza dos cometas: “Eles trazem a febre, a doença, a pestilência e a morte, tempos difíceis, a escassez e tempos de grande fome.”
Considerando a atualidade do planeta mundo, com tantas fomes, pestes, desgraças, injustiças, terremotos e conturbação mundial, mais parece um exército de cometas cruzando os céus, porém, um dos significados mais interessantes do cometa é que ele era considerado um símbolo de Lúcifer, ou uma estrela rebelde, que resolve abandonar as órbitas fixas das estrelas (os Anjos e a ordem cósmica) para seguir seus próprios caminhos de insubordinação, tentando arrostar o Sol em seu movimento livre (e o Sol representa o trono de Deus).
Assim, baseado nessa simbologia, muitos sábios do passado viam nos cometas os sinais de que grandes tiranos poderiam cair do poder durante a passagem destes cometas.
Do jeito que o Brasil ficou, vamos precisar de um exército de cometas para derrubar todos os recentes tiranos do poder.
Vamos ver o que acontece entre hoje e amanhã no Brasil e no mundo, e nos próximos dias.
Afinal, esse cometa só voltará daqui a 50.000 anos, quando a humanidade com certeza não estará mais por aqui.
JP em 01.02.2023