Ciência

Estudo da Universidade de Tel Aviv: Pessoas Vacinadas Tem 8 Vezes Mais Chances de Contrair Variante do Coronavírus


Um estudo desenvolvido pela Universidade de Tel Aviv e publicado na última sexta-feira (09/04) no medRxiv descobriu que pessoas vacinadas contra a covid tem oito vezes mais chances de contrair uma variante sul-africana do coronavírus (denominada B.1.351), do que aquelas não vacinadas.

Enquanto apenas 0.7% dos que não foram vacinados contraíram a variante sul-africana, a prevalência foi de 5.4% por cento entre as pessoas que foram vacinados. O estudo comparou quase 400 pessoas que testaram positivo para covid duas semanas ou mais  após terem sido vacinadas com uma ou duas doses da vacina Pfizer, com o mesmo número de pessoas que também testaram positivo para covid e que não foram vacinados.

A variante sul-africana B.1.351 foi considerada responsável por cerca de 1% de todos os casos de covid em todas as pessoas estudadas. “Encontramos uma taxa desproporcionalmente maior da variante sul-africana entre as pessoas vacinadas com uma segunda dose, em comparação com o grupo não vacinado”, afirmou Adi Stern, da Universidade de Tel Aviv.

“Isso significa que a variante sul-africana é capaz, até certo ponto, de romper a proteção da vacina”, acrescentou. O estudo reforça a convicção que vem sendo firmada entre muitos médicos, inclusive brasileiros, de que além da baixa eficácia contra a cepa viral original para a qual elas foram produzidas, as vacinas contra a covid podem mostrar-se totalmente inúteis em relação às novas cepas ou variantes do coronavírus.

Além da ineficácia total contra as variantes do vírus, existe a hipótese aventada por diversos pesquisadores de que as vacinas podem gerar debilidade do sistema imunológico humano ao menos em relação às novas cepas do coronavírus.

O estudo foi conduzido pela Universidade de Tel Aviv juntamente com a Clalit Health Services, o maior provedor de saúde de Israel. Informações de Times of Israel  e Agência Reuters  e Pharma Network.

O artigo científico descrevendo o estudo poder ser lido no medRxiv nesse link aqui.

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