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Ensinamentos sobre a REENCARNAÇÃO na Bíblia

Ensinamentos sobre a REENCARNAÇÃO na Bíblia

A roda do oleiro e o vaso novo

A roda do oleiro é um disco giratório sobre o qual o oleiro (ceramista) coloca o barro para fazer uma peça de cerâmica. Com o movimento rotatório do disco, ele vai moldando o barro rapidamente e criando objetos de cerâmica de diferentes formas.

O profeta Jeremias emprega esse símbolo em suas mensagens.

1 A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo:
2 Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
3 E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas,
4 Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.
5 Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
6 Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
(Jeremias 18, 1- 6)

Essas metáforas aparecem em outras passagens da Bíblia, e são normalmente interpretadas como um sentido de vida renovada, claro, interpretações limitadas da parte de teólogos e cristãos que nunca aceitaram a teoria da reencarnação ou transmigração das almas, limitando assim a interpretação apenas dentro do que acreditam.

Mas analisando a roda do oleiro, que pode tanto criar como recriar um vaso (que se quebrou), eis que a imagem se torna perfeita para ilustrar não somente a renovação de uma mesma vida em Deus, mas a reconstrução de uma nova vida em encarnação futura.

Do pó viemos e ao pó tornaremos, disse o Senhor à Adão após a expulsão do Éden e o pecado original que semeou dor, corrupção e morte ao corpo físico.

Ora, o vaso (cerâmica) é feito de argila, a mesma argila (barro) que originou a humanidade. O vaso não é outra coisa senão que o corpo físico, o vaso que retém a nossa alma, e quando o vaso se quebra (morte), o seu conteúdo se esvai (alma).

Mas o oleiro pode pegar o vaso quebrado e reconstruí-lo na sua roda, reutilizando sua matéria-prima, a argila (o pó).

A reencarnação é simbolizada pela Roda.
O pó simboliza a matéria-prima do corpo físico.
O oleiro é o espírito dando nova forma ao corpo físico a partir do pó, que é reciclável na natureza.
As imagens se encaixam.

Recontruir o vaso na concepção bíblica não se trata somente de uma metáfora para renovar uma vida, mas também, aponta para a lei da reencarnação, quando o espírito confecciona um novo corpo para a alma, lhe dando novas oportunidades na vida.

O vaso velho é esmigalhado e volta a ser pó, argila, e com esse pó, o oleiro molda um novo vaso em sua roda (tempo, ciclos, que definem do ponto de vista kármico toda e qualquer reencarnação conforme sua posição da espiral evolutiva).

Vejam essa passagem do livro de Eclesiastes:

” Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço, e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”
(Eclesiastes 12:6-7)

Cordão de prata é o nome do fio de energia que conecta o corpo físico ao veículo astral da alma. Projetores astrais conscientes podem ver esse fio.

Copo de ouro não é o corpo físico, mas o corpo vital, donde vem a nossa vida. O corpo físico é o vaso de barro na roda do oleiro.

A roda quebra junto ao poço e o vaso perde a sua fonte de vida. E o pó volta ao pó.
Temos outra referência à roda e ao pó retornando à terra.

Logicamente que os protestantes e os cristãos fundamentalistas não aceitarão essa visão, porque suas mentes já estão doutrinadas pelo seu padrão de crenças, e não conseguem mais saltar deste ponto para novas concepções alinhadas com verdades para as quais a sua mente ainda não está preparada.

Seguirão demonizando todo e qualquer conceito que não se alinha com suas crenças, ainda que seja uma grande verdade tudo isso.
Esse é o mal da crença inconsciente. Ela coloca viseiras nos olhos da inteligência sempre capaz de ver além e ouvir além de tudo o que lhe foi dito e visto.

Devo dizer a todos eles que a reencarnação é uma lei fundamental do Universo espiritual, e que está abaixo da lei da ressurreição, quando o vaso de barro se torna vaso de ouro e não quebra mais (a condição da imortalidade que Cristo deseja repartir com a humanidade redimida).

A reencarnação é uma lei inferior destinada a pecadores e almas ainda presas na matéria e nos desejos físicos.

A ressurreição é uma lei superior destinada aos redimidos, que se fizeram puros de corpo e alma, podendo ser desligados da pequena roda para entrarem na grande roda.

A pequena roda se chama Terra (ciclos de vida e morte planetária).
A grande roda se chama Céus (dimensões superiores, onde vivem os imortais na Eternidade).

A lei da ressurreição é um luxo para poucos espíritos, e ela não suprime a lei da reencarnação, que é o que acontece com a humanidade comum ainda atada aos seus desejos impuros e apego às ilusões materiais da vida.

O Universo jamais haverá de ressuscitar pecadores, que continuariam espalhando seus venenos morais nos santuários do Universo.

Apenas os santos que puderam lavar suas roupas e branqueá-las no sangue do grande Restaurador, estes é que tomarão suas vidas para sempre.

E com elas, um novo corpo e um novo nome que não serão mais substituídos a cada giro da pequena roda.

Um dos exemplos mais simples da natureza que pode ser comparado á reencarnação está no ciclo das árvores, que perdem todas as folhas no inverno e aparentam estarem mortas, mas a raiz se conserva viva e elas renascem na primavera.
A mesma árvore com ciclos diferentes de vida.
A mesma alma, raiz da vida fisica, com ciclos reencarnatórios diferentes.

Conclusão

Muitos ensinamentos secretos estão nas passagens bíblicas. O problema é que nos tornamos totalmente dependentes dos tradutores antigos e modernos e da opinião e interpretação dos teólogos, que interpretam tudo segundo as suas crenças e tendências intelectuais, e não segundo e NECESSARIAMENTE a Verdade.

Não nego o valor dos estudos aplicados sobre a Palavra pelas instituições, mas me reservo ao direito de não concordar com muitas interpretações que têm sido dadas, até porque muitas delas já estão colidindo entre si de acordo com a denominação religiosa da Igreja. Mas se Cristo é uma única pessoa, e sua Verdade é uma só, como administrar tantas divergências de abordagem de sua (mesma) palavra por parte de tantas igrejas diferentes?

Por isso é que faz muito tempo que eu decidi estudar a Bíblia inteira por mim mesmo, do Alfa ao Ômega, do Gênesis ao Apocalipse, e tirar minhas próprias conclusões.

Porque ao que me consta, Deus não credenciou nenhum teólogo, padre ou pastor que seja desse mundo para interpretar tudo o que foi escrito conforme a Sua Vontade.
O que acontece é a leitura conforme a vontade do intérprete.

Se esse é o caso, prefiro eu mesmo fazer o trabalho.

O fato de eu não concordar com muitas interpretações da Igreja (católica, ortodoxa ou protestante) não me torna menos cristão do que eles.

Talvez seja essa a vontade de Cristo, afinal!
Que nos apropriemos da Verdade com os nossos próprios esforços de estudo e busca consciente pela Lei de Deus, sem depender de forma preguiçosa e cômoda de padres, pastores e intermediários da Palavra.
E se até eles discordam entre si, porque eu haveria de concordar com eles?

Podemos até ter uma iniciação religiosa dentro de um estudo em uma instituição, mas no final, o seu encontro com a Verdade será uma questão de consciência íntima e pessoal da Palavra compreendida pela sua alma, sem a necessidade de intérpretes ou mediadores entre você e o Pai, a fonte da Verdade e da Vida, o único caminho que existe.

JP em 04.11.2024

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