Um novo cometa foi encontrado pelo astrônomo amador Hideo Nishimura durante uma sessão de fotos do céu, e recebeu o nome C/2023 P1 (Nishimura). Agora, à medida que se aproxima do Sol, o objeto ganha mais brilho e dá aos astrônomos e entusiastas a esperança de poder observá-lo a olho nu.
Pouco se sabe sobre o C/2023 P1, mas já foi possível determinar sua órbita e prever quando ele vai estar em seu periélio, ou seja, o ponto de sua órbita mais próximo do Sol. No dia 18 de setembro, ele se vai se aproximar da estrela mais do que Mercúrio e pode se tornar visível para nós, na Terra.
O cometa C/2023 P1 será visível ?
Apesar das boas expectativas, cometas são objetos imprevisíveis e muitas vezes não fazem exatamente o que esperamos deles — como se partir em dois ou mais pedaços. Além disso, ele surge acima do horizonte pouco tempo antes do nascer do Sol, o que deve atrapalhar a observação.
Neste fim de semana passado, por exemplo, o nascer do cometa ocorre às 4h30, enquanto o Sol começa a tingir o céu com sua luz por volta das 5h50. Nesse momento, o C/2023 P1 vai estar a 18° acima do horizonte, o que não é exatamente uma posição interessante para encontrar objetos astronômicos. Contudo, tudo isso depende do brilho.
Infelizmente, o cometa não vai ter um brilho espetacular nos próximos dias: nesta sexta-feira (18), ele apresenta luminosidade acima do limite do olho humano. Por outro lado, talvez seja possível encontrá-lo com um bom par de binóculos 7×50 (ou superior) e, claro, telescópios domésticos.
Lembre-se, nada é garantido quando se trata de cometas e o brilho em si não garante visibilidade porque esses objetos são bastante difusos. Além disso, é preciso encontrar um local livre de poluição luminosa, fora dos centros urbanos, e tentar encontrar o objeto antes dos raios solares dominarem o céu.
Quando observar o cometa C/2023 P1?
Talvez você não consiga encontrar o cometa a olho no neste fim de semana — e, para sermos honestos, as chances são poucas —, mas esta pode ser uma das melhores oportunidades. Caso seja iniciante na observação astronômica e não consiga encontrá-lo, ainda vai valer a pena pelo aprendizado.
Durante o periélio em setembro, seu brilho vai aumentar bastante, mas vai estar muito perto do Sol e os dois objetos vão nascer praticamente ao mesmo tempo. Vai haver uma oportunidade promissora no dia 11 de setembro por volta das 5h, quando ele vai estar apenas a 10° acima do horizonte, mas com um brilho bem maior. Quem sabe fique visível?
Depois disso, a proximidade com o Sol pode tornar a observação ainda mais difícil, mas a história não acaba aí: o C/2023 P1 vai dar a volta em nossa estrela, retornando ao Sistema Solar externo. Sua jornada de volta vai levar algum longo tempo e ele vai continuar no céu noturno por mais alguns meses, cada vez mais acima do horizonte. Isso significa que talvez seja visível para telescópios pequenos, mas, outra vez, tudo depende do brilho. Quem sabe ele nos surpreenda?
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