“Cada vez que inspiramos, entram, em média, 12,5 mililitros de ar no pulmão. Dessa quantidade, 21% são oxigênio, ou seja, 2,6 mililitros. O quanto cada organismo absorve disso depende de alguns fatores como pressão do ar e quantidade de vapor d’água.
Em geral, apenas cerca de 0,62 mililitro do oxigênio é aproveitado. O que não é absorvido sai, novamente, com a expiração.
Nós respiramos cerca de 6 litros de ar por minuto. (Isto é também cerca do volume de sangue que o coração bombeia cada minuto). A respiração do homem em repouso é cerca de 12 vezes por minuto, a mulher respira cerca de 20 vezes por minuto, e as crianças respiram cerca de 60 vezes por minuto.
A mulher tem a necessidade de respirar ligeiramente mais depressa que o homem. Respirar mais rápido, porém, não significa ter mais fôlego. A capacidade pulmonar do homem é que é maior (de 25 a 33 por cento). Isso lhe garante um desempenho melhor, por exemplo, em exercícios aeróbicos.
A vantagem no fôlego tem lógica: o homem possui mais massa muscular, que precisa de oxigênio para trabalhar.
A massa muscular é fruto da ação, na puberdade, dos hormônios masculinos, os andrógenos. Tão essenciais são esses hormônios que até as mulheres os têm, embora em proporção consideravelmente menor— cerca de 6 por cento do total masculino. Sem eles, não haveria academia de ginástica capaz de proporcionar às damas músculos mais desenvolvidos.
(Declarações de pneumologistas)
E o Prana?
Se, do ponto de vista dos pneumologistas e da ciência médica em geral, o oxigênio é o elemento essencial a ser absorvido pela respiração. Mas sabemos que ele não é tudo. Há algo além do oxigênio que a respiração também inala e absorve, e esse algo se chama Prana, ou vitalidade do ar, aquele alento que dá suporte à presença do espírito em nosso corpo, alma e vida.
Assim sendo, as diferenças fisiológicas entre o homem e a mulher, na questão da absorção do Prana, são irrelevantes. Isso porque, numa prática respiratória bem feita, todas as diferenças vão desaparecer nos resultados finais sobre o corpo e a mente do praticante, seja homem ou mulher.
E é claro, além de tudo, as práticas de controle respiratório aumentam enormemente a absorção de oxigênio pelos pulmões em comparação com as taxas de absorção na respiração normal não trabalhada.
Viver mais significaria respirar mais, e viver melhor, respirar melhor.
Talvez o maior e o melhor remédio para nossas vidas e mentes seja o ar, e por ser tão comum e abundante, quase ninguém liga para ele ou se importa em praticar as terapias da respiração.
Talvez se lembrem quando o precioso ar nos faltar, todo contaminado e irrespirável.
JP em 20.02.2020