Essa linha foi cortada por dois traços verticais e paralelos para simbolizar as Colunas de Hércules, ícone de poder, força e perseverança.”
Mas eu particularmente discordo dessa teoria, analisando um importante conjunto de símbolos do mundo antigo de caráter recorrente em diversas culturas, com ligeiras variações. Se partirmos de que o termo “Cifrão” vem do árabe, sua explicação não é satisfatória: Do Árabe SIFR, “nada”, literalmente “vazio”, de SAFARA, “esvaziar”. Cifra tem a mesma origem.
Dinheiro e valor monetário associado a termos “vazio” e “nada”? Incongruente, para dizer o mínimo. Mas, se olharmos o símbolo do cifrão e compararmos a antigos signos de poder dos “deuses”, veremos incríveis ressonâncias.
Primeiro, Moisés construiu uma serpente de bronze (ou cobre) e a hasteou numa vara, para curar os israelitas no deserto (bronze, cobre e prata foram metais largamente empregados no passado e até nossos dias para cunhar moedas). Desse simbolo veio o logotipo da Enfermagem, e a própria insígnia da Medicina, o caduceu de mercúrio, onde vemos duas serpentes subindo uma vara e gerando um tipo de energia resultante.
Temos a letra S de Serpente (ou serpentes) e uma ou duas varas sobre as quais elas ascendem, gerando alguma forma de energia e poder. São os mesmíssimos ítens do símbolo do Cifrão.
Olhemos outros deuses. Hércules, ao nascer, estrangulou duas serpentes, uma em cada mão. E era o semi-deus mais forte do Olimpo.
A deusa cretense segura uma serpente em cada mão, e Osíris, traz dois bastões cruzados sobre o peito.
Há uma famosa pintura ou inscrição rupestre na Inglaterra, chamado The Long Man, em Wilmington. Ele segura duas grandes hastes, formando o número 11 (duas colunas, torres gêmeas e o poder do Capitalismo).
São estes e muitos outros símbolos paralelos do mundo antigo que nos fazem pensar nas origens do dinheiro como uma forma de poder antigo, usado para o bem ou para o mal, para curar ou para escravizar, egrégora circulante capaz de capturar a alma do povo, que era de conhecimento dos deuses, associados a serpentes e a uma vara sobre o qual ela ascende.
Sei que muita gente pensou no Kundalini, e se até Jesus deu respaldo a isso, dizendo “Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, importa que o Filho do Homem seja levantado”, o que poderíamos concluir a respeito desses segredos da Serpente, maldita desde o Éden, a grande tentadora da carne e dos desejos materialistas mas… também, a fonte de cura, poder e liberdade, quando, bem empregada, despertava o homem para a Verdade de tudo?
E esse poder era a sua riqueza, o seu dinheiro, o seu verdadeiro capital cósmico. Daí as conexões com o atual cifrão e o sentido desvirtuado para a natureza material da vida, posses. Mas não era esse o sentido antigo da serpente na vara. Era o poder. O poder do domínio.
O poder do controle, do autocontrole dessa fonte misteriosa de energia associada ao símbolo da serpente que, se erguida, transmutada e elevada pela coluna ao cérebro, abre o poder real e perdido do homem e o converte num deus.
A magia dos pantáculos e o valor do alto conhecimento foram corrompidos com o passar do tempo em um simples sistema materialista ilusório de finanças, base da tal economia mundial, suas bolsas, ações, valores, ouro, metais, dólar, investimentos, fundos, bitcoins etc…
Infelizmente, o maior tesouro, o conhecimento, está sendo deturpado e trocado por coisas de menor valor. Ou de valor deturpado. Uma pena.