Arco-Íris, um símbolo sagrado
Em pelo menos três passagens bíblicas, o arco-íris é mencionado dentro de um caráter altamente sagrado:
12 E disse Deus: Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas.
13 O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra.
14 E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens.
15 Então me lembrarei da minha aliança, que está entre mim e vós, e entre toda a alma vivente de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne.
16 E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar da aliança eterna entre Deus e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra.
17 E disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre mim e entre toda a carne, que está sobre a terra.
Gênesis 9: 12-17
Símbolo da aliança, pacto. Um pacto entre Deus e a humanidade, o mesmo pacto que, por exemplo, o sacrifício de Cristo na cruz foi estabelecido, renovando as promessas do Criador (já que as alianças anteriores foram quebradas, uma após a outra, pelos pecados de Israel).
A primeira aliança foi realizada após a Arca, e ela deu início à nossa civilização conhecida. A relação entre o Arco-Íris e o Espírito Santo é nítida, porque antes da Arca ser aberta, uma pomba (na verdade, duas vezes enviada) conferiu se as águas já tinham baixado e se já havia terra seca, trazendo um ramo de oliveira em seu bico.
O Arco-Íris vem do céu e toca a terra, simbolizando que a aliança entre Deus e o mundo é realizada e operada através de sua força ativa, o Espírito Santo. Duas vezes a pomba enviada e sete cores do espectro reúnem o número-mestre da Cabala e da geometria sagrada, o 72.
O corvo, enviado antes, representa as águas negras da morte e da dissolução, preparando o caminho para a renovação da vida (são elementos fortemente alquimistas nestas passagens, porque a primeira fase da alquimia é conhecida como putrefação, ou morte).
O dilúvio universal representa as águas do caos preparando um novo cenário de recriação de toda a vida. Um modelo cosmológico bastante preciso aqui.
Um pacto implica em compromisso das duas partes. Da parte de Deus, a garantia de vida abundante e próspera, e da parte da humanidade, uma postura de obediência e respeito às sagradas leis do Criador. Uma vez que a humanidade começa a desonrar estas leis, o Criador quebra o acordo. Por isso, Cristo precisou renová-lo, depois de tantas transgressões cometidas pela humanidade. E a data de validade do pacto da Cruz está por expirar, o que justifica uma colheita urgente antes do novo “dilúvio” (ou caos) que, desta vez, conforme a promessa feita a Noé, não será com água.
Mas com fogo.
É o que registra o Apocalipse 10, quando o mesmo sinal sagrado do arco-íris ilustra a coroa do Anjo de Deus, o grande realizador da vontade divina.
Miguel.
1 E vi outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo;
2 E tinha na sua mão um livrinho aberto. E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra;
3 E clamou com grande voz, como quando ruge um leão; e, havendo clamado, os sete trovões emitiram as suas vozes.
4 E, quando os sete trovões acabaram de emitir as suas vozes, eu ia escrever; mas ouvi uma voz do céu, que me dizia: Sela o que os sete trovões emitiram, e nào o escrevas.
5 E o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a sua mão ao céu,
6 E jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora;
7 Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos.
Apocalipse 10: 1-7
Notem que a temática é a mesma que a do Dilúvio dos tempos de Noé, ou seja, o Anjo de Deus desce à Terra para decretar o FIM DOS TEMPOS, quando então as palavras dos antigos profetas se cumpriria.
Quando a corrupção moral e carnal da humanidade atingiu o seu ápice, Deus falou à Noé sobre a extinção a caminho, e os necessários preparativos para a continuidade das espécies e da própria raça humana sobre uma nova Terra, renovada.
A mesma coisa acontecendo agora, e o Anjo de Deus, diante da ainda maior corrupção carnal e moral que cobre a Terra, declara que o tempo dos homens terminou, porque é chegado o tempo de Deus.
A sétima trombeta seria, portanto, o aviso final para o início do cumprimento das grandes pragas anunciadas no Livro da Revelação.
O arco-íris aparece como coroa do nobre Anjo do Sol, e a operação dos sete anjos, a força ativa do Espirito Santo ao qual o arco-íris se associa, já que sete dons são a ele atribuídos:
Os sete dons do Espírito Santo são: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus”
A pomba branca e o arco-íris são, portanto, os dois símbolos mais sagrados das Escrituras.
Aliás, entre os incontáveis milagres de Cristo, todos realizados através da intercessão do Espírito Santo, contamos sete principais (entre os 35 milagres descritos):
- Curar (o milagre mais frequente)
- Expulsar demônios
- Falar em idiomas (coisa que os apóstolos fizeram muito em suas pregações aos gentios)
- Entendimento e ensino da doutrina sagrada de Deus, e também, dom de profecia
- Interagir com a natureza
- Obtenção de alimento (multiplicação do pão e peixe, água convertida em vinho)
- Ressuscitar os mortos
Aliás, todo o livro do Apocalipse é pautado na ação dos Sete Anjos, os Sete Espíritos do Trono, o que significa o poder ativo do Espírito Santo de Deus operando em escala global ou cósmica.
E sete são as cores do arco-íris.
A terceira passagem bíblica onde o arco-íris é registrado (como coroa de Deus) aparece no livro de Ezequiel em seu primeiro contato com a Merkabah, o veículo divino.
26 E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de trono havia uma figura semelhante a de um homem, na parte de cima, sobre ele.
27 E vi-a como a cor de âmbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele.
28 Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava.
Ezequiel 1: 26-28
O Espírito do Senhor, revelado sobre o Carro Celestial (que também representa o Zodíaco e seus signos, além de um veículo específico), é coroado e cercado pelo arco-íris (que a Bíblia nomeia apenas de ARCO).
Uma coroa de sete cores, sete luzes, a coroa luminosa do próprio Sol, que aparece também ilustrando a face divina que não se pode contemplar, como a face do Sol, emitindo então sua natureza intrínseca de sete cores, ou sete atributos sagrados.
É como se o arco-íris representasse a natureza mais íntima e profunda de Deus cuja face é a Luz pura. O Espírito Santo é essa natureza mais íntima e profunda de Deus Criador, sua terceira pessoa ou aspecto que desce dos céus e toca a própria Terra, isto é, a matéria e seus ciclos de transformação.
E a identidade das sete cores também anunciam a extensa diversidade de toda a vida que cobre a Terra, natureza intocada, plantas, animais, gemas preciosas, uma infinidade de cores, formas, padrões e espécies, um jardim repleto de tesouros valiosíssimos da evolução da vida, tudo isso saído da lei dos gêneros, masculino e feminino, conforme o códígo da própria Arca de Noé, que admitia somente pares, metades de uma vida em potencial de expansão.
Tudo o que havia no Jardim do Éden, essa joia mais rara e preciosa que a Terra-Santuário recebeu, entre todos os outros planetas da cidade do Sol.
E vejam vocês o que o mundo está fazendo com a natureza e o sagrado da vida em seu aspecto mais puro, e que deveria ser o mais puro entre os aspectos da vida … sinais para a grande extinção à frente não faltam.
Só falta mesmo a humanidade ter um pouco mais de noção a respeito do que lhe aguarda.
Basta lembrar os motivos que incitaram o Criador ao dilúvio. A virtude mais amada pelo Criador é a pureza, a santidade dos elementos onde a vida se manifesta. E sem ela, tudo se corrompe e a natureza humana se torna altamente maligna.
E quando isso acontece, a extinção é iminente.
Por isso, a Luz representa a natureza divina.
Há algo que possa contaminar a Luz?
E o arco-íris é a natureza íntima da Luz.
O Espírito Santo, natureza íntima de Deus.
E mais: saibam todos que o poder que está inibindo o Mal, ou melhor, limitando a sua ação sobre a Terra, é justamente o poder do Espírito Santo, que é como a Mão de Deus. No exato momento em que esse poder for retirado – o que acontecerá logo após o primeiro arrebatamento – o Mal tomará conta de tudo.
Será o início da Grande Tribulação, quando o Mal avançar sem freios no seu plano de conquistar o mundo e colonizar todas as almas em seus pensamentos.
E a humanidade conhecerá verdadeiramente o que é a experiência do terror de uma vida SEM DEUS.
Na verdade, essa será a última e mais dolorosa lição que o mundo haverá de experimentar na esperança de que algumas almas venham ao arrependimento da conversão.
5 E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
6 Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.
7 E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
Gênesis 6: 5-7
JP em 04.06.2024