A VERDADEIRA MEDITAÇÃO
A meditação, resumidamente, é o ato de se esvaziar de pensamentos, mas essa declaração, embora pareça simples, implica no esforço de uma montanha para se conquistar um grão! Ou em outras palavras, meditar e alcançar o vazio é como você tentar remover uma montanha inteira de pensamentos para obter tão somente um pequeno grão, o grão da comunhão mais profunda com o Espírito Interior. Porque é justamente o turbilhão mental que cria um muro de isolamento da referida comunhão, e esse muro mental, em níveis muito intensos, vai na contra-mão da meditação, porque o chamado stress diário e as preocupações em série estão ligadas a uma série de doenças que, com o tempo, se somatizam.
Ou seja, as doenças começam sempre com estados mentais e emocionais negativos, daí não seja difícil deduzir que o inverso disso, o vazio da mente (alvo da meditação) seja fonte de saúde física e mental, além de ferramenta de cura, já que produz o realinhamento das energias internas, que sempre se apresentam desalinhadas em estados de enfermidade.
Mas meditar não é coisa fácil. Existem graus e graus, níveis e níveis de meditação, e aquele grau que se aproxima da atividade zero do pensamento, somente é alcançado por atletas da meditação, aqueles iogues ou monges bem treinados, capazes de colocar a mente num estado de quase inatividade, frequência baixíssima, dentro da faixa DELTA (ver tabela abaixo), que é a faixa onde o consciente humano deixa de atuar, entrando em ação o Inconsciente, que é outro termo para o plano do ESPÍRITO dentro de cada um de nós, aquele que nos guia, nos instrui (por exemplo, em sonhos e em episódios sincronísticos) e em todos aqueles Deja Vus e Insights e intuições, e respostas dentro de nós mesmos que não temos como gerar e nem controlar, porque não vieram exatamente de nós, o ser consciente, mas do Espírito, o Self, o Inconsciente (inconsciente para nós, porque Ele é plenamente consciente de nós, dele mesmo e do Universo: é DEUS DENTRO DE NÓS).
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Assim, a arte da meditação reúne todos os instrumentos necessários para que o praticante trabalhe com o relaxamento, o controle da respiração e do ritmo mental para que possa ir, literalmente, ESVAZIANDO-SE DE SI MESMO, deslocando-se gradualmente da zona consciente (ele, o praticante, enquanto ser pensante) para a zona inconsciente (o Espírito, o Self, Deus dentro dele), o que é possível quando a barreira mental cede. O mais difícil no ato de meditar, no entanto, é calar esse vozerio interior. Além desse barulho todo é que poderemos ouvir o SILÊNCIO ILUMINADOR.
A meditação, nestes termos, é fonte de cura para o corpo e iluminação para a mente, sem dúvida, e às vezes, uma boa sessão de meditação resulta num belo sonho na manhã seguinte ou num dia inspirado e cheio de criatividade, de modo que a meditação como prática só funciona quando executada regularmente.
Para terminar, e poderíamos falar muito sobre isso, importante destacar o CONTROLE DA RESPIRAÇÃO na prática da meditação. Lembrando que, nas culturas antigas, respiração e espírito/alma eram sinônimos: Pneuma, Ruach, Atman, Anima, Alento, etc… já no Gênesis 2 está escrito que o Espírito soprou nas narinas do homem de barro, e ele assumiu vida consciente.
Definindo de uma forma sintética, MEDITAR É ESVAZIAR-SE DO EU PARA PREENCHER-SE DE DEUS.Não poderia ser dito de maneira mais exata.Porém, em tempos de intenso egoísmo e egocentrismo humano, o ato de esvaziar-se do EU se torna praticamente impossível.
A Verdadeira religião e caminho é este: procurar esvaziar-se do EU para encontrar DEUS, dentro de si e ao redor.
Todos os ensinamentos antigos visavam isso, e a meditação, a concentração, a oração, o mantra e tantas outras técnicas tinham por método ajudar o homem a esvaziar-se de tantos pensamentos na mente. Somente então ele poderia ouvir a Voz interna, que aquele barulho todo não permitia.
“Meditar é remover uma montanha de pensamentos na cabeça para encontrar um grão da Palavra Divina no coração.”
Devemos lembrar que o objetivo da Meditação, conforme a sabedoria antiga, donde a prática procedeu, é o esforço do esvaziamento do ego na mente para que haja o preenchimento da Inteligência divina.
Mas como tudo está se corrompendo, há certos sistemas que estão tomando a meditação para focalizá-la no próprio ego, como que se ela fosse um canal de poder para o EGO criar a sua realidade, o seu desejo, o seu propósito, sem antes consultar se esta realidade, desejo ou propósito é a Vontade do Deus Criador.
De nada adianta tomar a meditação para tentarmos cristalizar a nossa própria ideologia. Eu quero isso, portanto, isso tem que ser como eu quero!
Errado!Vamos antes examinar os nossos desejos e confrontá-los com a Vontade Soberana, Infalível e sábia do PAI. E só então passar para a fase da cristalização do que a mente contemplou, em estado de vazio de si mesmo.
Lembrando que o desejo da PAZ é algo universal.
Mas essa Paz não pode existir numa sociedade onde a mentira, e não a Verdade, é soberana.
Seria uma falsa paz.
Então, temos que meditar para atrair a Vontade do Pai, a Vontade de Deus, ao invés de usar essas práticas milenares e conhecimentos antigos para dar poder ao ego.
Muitas pseudo-religiões estão procedendo desta forma, colocando a sua vontade pessoal como Vontade de Deus, transformando Deus num agiota, num banqueiro, cheio de dinheiro, num ser que manipula o amor dos fiéis pelo interesse incessante de receber, receber e receber, ter e ter, possuir e possuir.
Esse Deus não existe. É mais um falso ídolo dos tempos.É dando que se recebe!Então, que essa meditação coletiva tenha por alvo não a Paz, não a abundância, não a cura, nenhuma destas coisas antes do alvo da COMUNHÃO COM DEUS e maior aproximação com o Espírito da Verdade. Aí sim, todas estas coisas serão dadas por acréscimo.
“Fora do que está contido no Amor de Deus, não há cura para os males da humanidade”.
Não pequemos pelo ato sutil e deliberado de julgar que o nosso desejo é necessariamente o desejo de Deus, só porque parece bom. Porque nem sempre será.
“SEJA FEITA A TUA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU”…
E não a nossa vontade.
Meditemos para que a nossa vontade, então, esteja cada vez mais alinhada com a Vontade D’Ele.
Aí sim, teremos paz, abundância e felicidade.
A humanidade só terá tudo isso quando reconquistar a Unidade perdida com o Pai Eterno.
É verdade que Deus está dentro do homem, mas para que esse Deus se manifeste, é preciso que Deus fora do homem o levante e o torne desperto. Se o Deus de fora não despertar e nutrir o Deus de dentro, confundiremos facilmente ego com espiritualidade, e desejo egoísta com vontade espiritual.
Há que se buscar o laço: o Deus de fora chama o Deus que está dentro.
Eis o alvo da meditação: busquemos abrir a Porta nos tornando vazios do EU.
Essa é a meditação que eu conheço.Quero lançar um contraponto.
Pode a meditação coletiva alterar a Vontade de Deus e a direção das coisas que Deus já escreveu e que a Bíblia assegura que haverão de se cumprir?
Me refiro às profecias e ao Apocalipse, que todos nós temos testemunhado em plena materialização, dois mil anos depois que o bendito João o recebeu em visão, na ilha grega de Patmos.
Porque, ainda que um milhão de pessoas se reúna para meditar neste dia, trata-se de um número muito pequeno contra sete bilhões e um pouco mais de pessoas na direção contrária, o materialismo.
O que concluir?
Poderia o mundo inteiro se propor a meditar na energia sagrada?
Ou a Vontade de Deus já está determinada na direção das profecias do Apocalipse justamente porque a grande e maciça maioria dos habitantes da Terra não está mais devotada ao espiritual e ao sagrado, mas justamente ao material, ao sensorial e ao profano, confirmando assim cada vez mais o que o punho de Deus escreveu em profecia?
Muitos falam no poder da Egrégora e usam muito a cifra dos 144 mil escolhidos de Cristo (Apocalipse 14), que vibram na nota da Mente-Cristo criando uma Unidade coletiva, e a chave da Mente coletiva ou Egrégora é antiga, já era usada pelas organizações secretas e posta em prática na força dos exércitos em guerra.
Todo o Universo gira e funciona com base nesta lei.
Apenas o ser humano quebra essa ordem ao cultuar o ego e colocá-lo acima dos interesses da coletividade, da humanidade, ou mente coletiva, e isso até nas pequenas coisas. O ato de jogar lixo nas ruas, por exemplo, é um crime contra a Humanidade. Tudo o que você faça em nome do seu ego e que vá ferir, transgredir ou desrespeitar os limites do seu próximo, estando ele do seu lado ou estando ele distante, quebra na hora a lei da egrégora.
Mas, voltando ao tema do Apocalipse: poderiam as meditações coletivas quebrar a Vontade de Deus escrita no Apocalipse, e reveladas em profecias a muitos mensageiros que Ele enviou?
Não.
Até porque o Apocalipse é claro: aqueles 144 mil reunidos em Egrégora Cristo pelo Cordeiro (Apocalipse 14) foram reunidos para serem tirados deste mundo, e não para consertar esse mundo.
O mundo fechou o seu ciclo em 2012. A Lei do ciclo implica em morrer e renascer. A quinta raça faliu em seu projeto. Temos que recomeçar, em outro tempo, em outro lugar. Aqueles 144 mil são a célula de um novo mundo e raça, a ser transportada daqui para outro tempo e outro lugar, porque eles vão recomeçar enquanto o restante irá perecer. Mas o número da egrégora é muito maior que 144 mil, lhe segue uma inumerável multidão de almas vestidas de branco, lavadas pela redenção da Verdade-Cristo.
Estes exercícios de meditação, mesmo não alterando a Lei do Ciclo implícita nas profecias reveladas, são positivos para atrairem as pessoas.
Pena que muitos só se reúnem para exercer a lembrança ao sagrado em tempos de tragédia.
Pena que muitos só se lembram que Deus existe quando os males cercam a sua vida.
Pena que muitos só se recordam do Sol depois de muitos dias de chuva…
O esforço agora não é mudar a Vontade de Deus por meio de atos do tipo. Essas meditações não irão refrear a fúria do planeta. Podem até abrandá-la, mas o planeta já venceu o seu prazo de validade, e não digo isso por negativismo, e sim, baseado na pura lei dos ciclos. Um sistema só pode ser reciclado se ele passar por profundas transformações, estas que os antigos retratavam pela simbologia da morte.
Se o grão não morre na terra, a planta não nasce e dá frutos à luz do Sol.
A Terra já está num processo irreversível de transformações aceleradas, e isso se chama processo entrópico. Não há retorno.
Mas todas as meditações coletivas, todas as obras assistenciais, toda caridade, toda bandeira em nome da fé e da verdade em tempos de ateísmo crescente, de ciência negacionista, de tecnologia condicionante e idiotizante, são coisas extremamente boas e positivas, nos levando cada vez mais ao mérito da Egrégora-Cristo e nos aproximando cada vez mais daquela célula super divina dos 144 mil, que se habilitaram a reconstruir o mundo, em outro tempo e lugar.
Encaramos tudo isso como treinamento.
É por tal razão que o mal existe e Deus não o impede, até certo ponto.
Porque é ele que nos força a retomar o caminho do bem.
Somente quando estamos doentes nos lembramos de cuidar do corpo.
Somente quando sentimos dor, procuramos o remédio.
Somente quando o mal nos cerca, nos lembramos de o quanto estamos em dívida com a prática do BEM.
Deus sabe o que faz.
Meditemos apenas nisso, e deixemos o resto com Ele!!!Resumo da ópera: Afinal, quem escreve o nosso destino?
Deus ou o próprio homem?
O homem escreve o seu destino no Livro da Vida.
Deus apenas fornece a tinta e as páginas em branco.
Basta olhar o mundo e avaliar a direção que a grande maioria das pessoas está tomando em sua vida para se certificar que, de um modo geral, a escolha já foi feita, e o homem como coletivo HUMANIDADE já se decidiu pelo materialismo e pela lei do ego.
É por isso que eu disse que o Apocalipse é irreversível, e que aquela Egrégora-Cristo ou célula super consciente de humanidade não é reunida para reconstruir este mundo e esta raça falida, e sim, para ser tirada daqui e recomeçar tudo de novo, em outro lugar e tempo.
Mas o exercício é válido. Não quero invalidar a tentativa, mas parabenizá-la. Porque tudo é treinamento da nova consciência que nasce, do novo homem que virá, embrionado já no núcleo do Sexto Sol.Uma música e letra que exprimem bem esse sentimento…
São poucos os que realmente compreendem que até a mais nobre religião pode nos aprisionar, quando se torna crença, intolerância e fanatismo, negando o seu propósito original de libertação, e que a mesma luz que ilumina os olhos pode cegar, quando excessiva…
Poucos, muito poucos, sabem o que é ser livre…
Buscam na religião, na ufologia, na política, no dinheiro, nas paixões, enfim, pela liberdade que estas coisas não podem realmente dar, quando o alvo da paz não é nunca foi ser livre das coisas em si mesmas, e sim, ser livre de si próprio… o homem é prisioneiro de um sistema que ele mesmo projetou em estado de prisioneiro das próprias ilusões.
A verdadeira liberdade começa aqui, o libertar-se de si mesmo, das ilusões, do ego, enfim, do projetor do engano que carregamos dentro.
Só então nascerá a Paz mundial. Enquanto esse ego humano continuar vivo, legislando a sua vontade egoísta, e enquanto o homem continuar preso nele, nos desejos que ele emite sem cessar, dos quais o homem é mero escravo,
essa paz não passa de Utopia… o homem tem que buscar a paz dentro dele.
Um coração em guerra interna não tem condições de construir a paz no mundo.“Por mais que na batalha se vença um ou mais inimigos, a vitória sobre si mesmo é a maior de todas as vitórias.”
Buda
Seja essa a nossa meditação e luta: pela conquista da paz interior.
Então o mundo terá paz algum dia.
JP em 24.01.2019