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A Unificação da Consciência

A Unificação da Consciência

Todos os caminhos levam para Roma e todos os rios correm para o mar.

Mas nem todos os caminhos espirituais levam para Deus. Falo de religiões, seitas e doutrinas, que a esta altura da História da Humanidade, explodem sobre a Terra em número, diversidade e conceito.

Se existe só um Deus e Pai Criador, apesar das inúmeras abordagens próprias de cada povo, tempo e cultura, só deve existir um caminho, e não dois, três ou mais.

Religiões não fornecem e nunca forneceram o caminho. Mas a verdade, sim. Não a verdade dos filósófos que amanhecem com Deus nos lábios mas se deitam com seus próprios demônios internos ao cair da noite. A verdade não admite divisões. Ela é como o amor, precisa de alguém que se entregue inteiramente a ela, de corpo e alma.

A Luz é somente uma, mas cada olho a interpreta de uma forma única. A Verdade é somente uma, mas este mundo materialista que perdeu a capacidade de saber em troca da capacidade de especular, criou divisões no pensamento e perdeu o caminho (único) original de vista.

Se a luz maior vem do Sol, e se a luz cobre este mundo com infinitos raios, o Sol continua sendo um só e o mesmo desde sempre. Assim funciona com Deus Pai, a Mente criadora. Ele é UM e o mesmo de sempre, mas conforme sua emanação mental iluminou lugares e tempos diferentes, é que nasceram as religiões diferentes, os nomes diferentes, as diferentes abordagens e crenças, que seguiram uma trilha de subdivisões até o nosso tempo, que também passou a admitir o ateísmo em seu corpo mental, o que tornou ainda mais confusa a busca pela unificação da consciência.

Muitos deixaram de olhar para o Sol e sua luz direta e passaram a seguir reflexos dessa luz em um mundo conceitual repleto de enganos, mentiras e limitações da nossa própria condição material, imperfeita e falha. Muitos passaram a crer em dogmas e conceitos religiosos que, por sua vez, também foram criadas ou editadas por mentes com as mesmas limitações, e o erro foi sendo transmitido de geração á geração, à semelhança de uma roda fatal.

Deram diferentes nomes para o Sol e passaram a brigar pela preferência do seu nome, da sua forma de cultuar o Sol. Levantaram profetas e criaram guerras em seu nome, guerras que seus profetas nunca travaram e nem mesmo ensinaram.

Então, diante de tamanha confusão, o Senhor Deus enviou um mediador que encarnasse e falasse em Nome da Verdade, realizando um tal ensinamento e obra que somente aquele que tinha a Verdade original de Deus Pai vibrando dentro de si poderia realizar. E os que conseguiram ouvir esta Verdade, se fizeram livres de toda aquela balbúrdia do pensamento desorientado e confuso, se movendo por sombras em vez de luz, olhando imagens refletidas no espelho mental dos outros em vez de conceitos clarificados pelo próprio espirito em seu entendimento.

Estes honraram o Nome que finalmente trouxe de volta o caminho da Unificação da consciência, enquanto aqueles o crucificaram, porque sua Verdade era dolorosa demais para seus ouvidos suportarem.

Se a Verdade é somente uma, todos nós podemos nos tornar encarnações dela, porque aquele intermediador disse que todos foram chamados para assumir o preço dessa Verdade em suas vidas, um preço amargo diante do mundo tenebroso que essa luz descida do Universo encontrou. Mentes tenebrosas não podem amar a luz, já que a luz as visita em seus abrigos de pecados e vida imunda.

Somente espíritos livres podem amar aquela luz, espíritos dispostos a despojar-se de suas vestes existenciais imundas para assumir vestes brancas puras e perfeitas de uma vida que finalmente voltou a caminhar ao lado da verdade, abandonando suas crenças herdadas por criação familiar.

A explosão das religiões sobre a Terra trouxe apenas confusão. Não existe essa coisa de diversidade religiosa. Isso soa mais como uma ideologia cultural. Mas a Verdade não é uma ideologia que precisa se acomodar aos costumes e tradições deste ou daquele povo. A Verdade é o que é e desceu ao mundo para nos ensinar o único caminho que existe, porque só existe uma luz, e ela vem de um mesmo Sol que ilumina a Terra.

Quem deu as costas para esse Sol, não conseguiu mais enxergar a luz e passou a criar invenções intelectuais diante das sombras em seus passos.
E de suas mentes, nasceram muitas seitas, filosofias e modos de abordar a Espiritualidade, não mais com consciência. Mas com especulação.

O chamado da Verdade fez algumas almas voltar a olhar para o Sol, desligando-se corajosamente das suas sombras mentais de estimação. Mas o Sol ainda assusta muitas mentes que preferem se esconder no escuro de suas crenças, julgando mesmo que, depois da morte, vão subir para lindos e perfumados paraísos de felicidade.

Mesmo tendo vivido as suas vidas mergulhados naquelas sombras.

O grande Unificador da consciência falou ao mundo dividido por pensamentos no escuro. Claro que a mente dividida e mergulhada em sombras não poderia compreender a mensagem do grande Unificador, correndo para calá-lo o quanto antes.

Muitas seitas e doutrinas religiosas e espiritualistas modernas foram criadas por mentes mergulhadas nas sombras intelectuais, mentes com habilidade para conquistar seguidores e até edificar templos e instituições ao redor de suas ideias falsificadas. E muitas almas seguem tais mentes e suas ideias com plena segurança de estarem caminhando por uma estrada verdadeira.

A própria existência de tanta diversidade religiosa conflitante demonstra a atual e severa incapacidade da mente, desde tempos ancestrais, de compreender a via simples e pura da consciência unificada. A mente que se tornou dividida internamente por crenças e conceitos fabricados à margem da cegueira espiritual não pode ser confiável nessa questão.

Mentir para si mesmo é o inimigo mais antigo da Verdade. Os agentes da mentira estão em toda parte, trazendo as almas para crenças mentirosas reconfortantes. E uma de suas sentenças mais falsas é aquela de que todos os caminhos levam ao Pai. Mas o Filho dele disse que só existe um caminho, e esse caminho passa pela cruz.

Crucificar os desejos em nome da verdade para reencontrar o novo homem dentro do velho homem.

Mas o velho homem não quer morrer.

E por isso, o novo homem não consegue nascer, abortado a cada pensamento na direção contrária da vida real que nasceu junto com a Verdade.

“Ele era a luz verdadeira, a luz que ilumina todo homem que vem a este mundo.
Estava no mundo, mas o mundo não a conheceu.
Veio aos seus, mas os seus não o receberam.
Mas a todos que o receberam, deu-lhes o poder de se fazerem FILHOS DE DEUS, aos que creram no seu Nome.
Que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e nós vimos a sua glória, glória de Filho Unigênito do Pai, cheio de graça e Verdade”.

João 1: 9-14

JP em 23.09.2024

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