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A Roda do Tempo

Uma interessantíssima analogia entre as duas culturas, oriente e ocidente, é esta:

1. A Roda Cosmológica do Tempo e da Mutação dos elementos, o I Ching, a tábua da sabedoria do TAO.

2. A Roda Cosmológica do Tempo, do Sol, dos elementos, das serpentes de energia, a Pedra do Sol, um ícone da cultura pré-colombiana.

Note as similaridades, a começar pelos oito raios ou direções de ambas, e em outras rodas cosmológicas também, significando o TEMPO, e depois, as duas ondas senoidais, ou duas serpentes, que oscilam e interagem com o centro comum, o Sol, o Tao, a origem.

Essa similaridade de valores impressos à Roda do Tempo, entre outros, demonstra uma origem comum nas duas culturas, separadas pelos hemisférios mas coligadas em base, essência e origem.

Uma é espelho da outra, e ambas são tábuas falando que o tempo é a resultante de transformações cíclicas de energia e matéria, de alternância de estados, de forças, de dimensões, enfim.

mas a principal similaridade é que se referem ambas aos ciclos, ao tempo, de um modo geral, e como mandalas, trazem o padrão octogonal (8), um centro de equilíbrio e duas ondas de alternância, pólos de energia-matéria,etc. O que produz o ritmo, o movimento ou, em outras palavras, o tempo.

Quanto ao restante dos adereços, realmente são diferentes, uma escrita com hieróglifos, e a outra, com trigramas.

Mas em essência, ambas, a asteca e a chinesa, significam o tempo, os ciclos medidos pela mutação dos elementos.

não quis dizer que toda mandala segue tal padrão octogonal, mas em geral aquelas que falam dos ciclos de tempo, por causa da teoria dos quatro elementos duplicados, segundo a interpretação oriental que bate com a do ocidente nestes calendários do tempo, estas costumar ter padrão octogonal.

Mandalas existem em todos os padrões de angulação,

Sendo que a palavra representa CIRCULO, então muitas muitas mandalas existem, e eu gosto muito desse modelo de informação que combina geometria com arte.

Tem uma famosíssima imagem do Livro de Nostradamus (aquele Livro perdido de imagens) que mostra a Roda do tempo com oito raios, e mostra sete mais uma profecias finais, todas relacionadas ao fim do ciclo, e todas com uma roda de oito raios no topo, movida pelo Braço de Deus.

São, no total do livro, 80 figuras, mas 8 estão a parte, relacionadas ao fim do Grande Ciclo, e a primeira, a grande roda movida pela Mão de Deus, é a oitava, sendo que as outras sete se relacionam aos sete planetas do Zodíaco (Lua, Sol, Marte, Júpiter, Saturno, Venus e Mercúrio).

Essa cosmologia do tempo relacionada ao Oito é bem antiga, aparece no Taro (arcano 8, a Balança, o fluxo) e se deitar o 8, vira o signo do Infinito.


Em outras palavras, o oito representa o atemporal, lembrando os 8 integrantes da arca de Noé, os oito raios da Estrela de Belém, de Ishtar, etc.

É bem vasta essa tradição do atemporal e o 8 associados, e é ela que se apresenta nestas imagens que evoquei, fora outros crops circles que igualmente a expressaram.

É por causa do próprio ciclo, porque o tempo que conhecemos é cíclico, sempre retorna ao ponto de partida, veja o exemplo dos dias, das horas, das estações do ano, sempre se repetem, sempre se movem em curva, e literalmente falando, porque a Terra, o Sol e as estrelas, o universo anda em curva, e ao andar em curva manifesta seus períodos ciclicamente. A geometria do círculo subentende esse passo dos sistemas e suas transformações repetitivas, sempre se reciclando, se renovando, voltando ao ponto de partida.

Os antigos tinham um símbolo todo especial para esse padrão do tempo de curva fechada: OROBOROS:

O símbolo já diz tudo: a atemporalidade, por definição, está no interior do círculo, fora do alcance da cadeia dupla matéria-energia, cujas transformações regem os períodos, ou curvas fechadas na natureza.

Tem um exemplo interessante nessa linha. Por exemplo, os sete dias da semana e as sete notas musicais da escala-padrão.

Repare no tempo contado nos sete dias. Onde está o oitavo dia? Ele não existe, porque quando chegamos no sétimo dia (Sábado, de Sabath-Pausa, no hebraico) o dia de Saturno, o último, logo voltamos ao primeiro dia da nova semana, domingo, dominus, dia de Deus-Sol. A mesma coisa com as sete notas musicais, chega-se à sétima nota, o Si, e ao saltar à próxima, não existe nota diferente, apenas o Dó, ou primeira da nova escala, justamente chamada de Oitava por isso.

Por tais considerações é que os antigos consideravam o tempo fechado e ciclico associado ao sete, enquanto o oitavo dia era uma coisa divina, atemporal, fora desse plano. Nasce no primeiro dia e morre no último, os sete estágios da vida.

O Oitavo era o dia da Graça, da Imortalidade, do atemporal.

Então, o tempo no conjunto considerava mandalas e rodas de oito raios por isso. Alcançar o oitavo dia era alcançar a imortalidade, a graça, e tudo o que é divino e habita na esfera da atemporalidade. Por isso, oito pessoas que sobreviveram ao grande Shabat ou fim da raça, preservados na Arca de Noé, ou os oito raios dos asterismos (estrelas), etc.

Estamos presos ao tempo fechado de sete dias da semana, não existe o oitavo dia na curva fechada, cíclica, que sempre se fecha sobre si e volta ao ponto de partida, outra concepção da Roda tibetana do Samsara. Ou da Roda da Fortuna, ambas, falando da mesma coisa.

e olha que interessante: Noé foi avisado que o Dilúvio destruidor cairia em sete dias, e que após estes sete dias, Noé deveria entrar com os sete membros de sua família dentro da arca, e ali se protegeria, enquanto o resto da humanidade pereceria no Caos.

Notou? Ele simbolicamente entrou na Arca no oitavo dia, enquanto os que ficaram lá fora, pereceram no tempo cíclico do Sete. O Poder do OITO é a ARCA!


É a atemporalidade da Quarta Dimensão.
O que salvou a família de Noé e toda aquela alimária foi o fato de se abrigarem na quarta dimensão do planeta, protegida dos impactos cataclísmicos do Grande Dilúvio.

E olha só o número do capítulo do Gênesis: 7!
“E aconteceu que, passados sete dias, vieram sobre a Terra as águas do Dilúvio”.
(Gênesis 7: 10)

E a salvação e recomeço de Noé, família e animais?

Capítulo 8, que registra a saída de todos eles da Arca e a edificação do Altar em gratidão ao Pai Celeste, que sinalizou no céu com o Arco-Íris, Sete cores!
São trilhas sutis de uma sabedoria muito antiga, recorrente em todas as culturas.

Mandalas = círculos, são as expressões da Lei da Simetria, fluxo e equilíbrio dos sistemas, em todas as angulações.

MANDALA 8, O TEMPO, OS CICLOS E O EIXO DA ATEMPORALIDADE.

JP em 21.05.2019

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