Este é o tipo de imagem que muito tem a dizer.
A partir dela, poderíamos escrever muitas coisas.
Mas eu te pergunto:
O que voce entende nesta imagem?
E como aplicaria o sentido dela na nossa vida?
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Deus criou o Mar Infinito e colocou o homem de pé na praia para sonhar…
Deus criou o Azul atrativo, e colocou olhos no homem para admirar…
Deus criou as ondas cantantes, e colocou ouvidos no homem para escutar e seguir as suas canções que chegam do distante mar…
Deus criou a brisa que acaricia a pele do homem, e o convida a viajar…
Deus criou palmeiras a beira-mar, e colocou inteligência na mente do homem para construir sua jangada e navegar…
Deus criou estrelas no céu, para instruir o homem nas direções a lhe guiar…
Enfim, Deus criou um coração no homem, e lhe deu a capacidade de amar, de sonhar, de querer, de ousar, de saber, de decidir e de discernir tudo a sua volta, compreendendo o chamado do Próprio Deus nas vozes do Mar…
Mas no dia em que o próprio homem criou o EGO, se fez cego, surdo e insensível a todos os chamados do mar, e ficou diante de Deus, diante desse Mar, dessa imensidão infinita, culpando a sorte porque não conseguia mais ver e nem ouvir a Voz do Destino e nem saber para onde ir e o que fazer…
E a partir desse dia, todo o mundo do homem se resumiu a gaiola onde ele mesmo se aprisionou no seu castelo de ilusões… e ao vaso de vidro onde ele mesmo mergulhou em solidão e isolamento das maravilhas do Pai Eterno e Infinito.
E esse vaso de crenças ele chamou de “Religião”, distorcendo o objetivo original da Verdade Divina, desde quando ela se revelou para a mente humana.
No entanto, o grande Mar é a energia do AMOR.
Um pouco desse mar, dessa água, ainda está dentro daquele vaso de vidro.
Um pouco desse sentimento, dessa energia do amor ainda se conserva no coração do homem.
O que fazer então?
Quebrar o vaso de vidro e deixar que a pouquinha água de dentro caia e se misture com a infinita água de fora, permitindo que o amor de dentro se some ao amor de fora e tudo seja apenas Deus e Amor nessa presença mística.
Quebrar o vaso de vidro e voltar ao mar… para o peixe ali dentro, isso equivaleria a sua religião mais urgente e imediata…
Sem maiores complicações doutrinárias, sem fanatismos, sem crenças e de natureza covarde… sem aquela velha mania de se culpar sempre a Deus pela existência do vaso, e não a si mesmo…
Para aquele peixe, a religião resume-se em todos os esforços direcionados à quebra do vaso de vidro e o retorno ao grande mar…
Porque… se ele arranjou esse vaso para aprisionar a si mesmo, caberá tão somente a ele próprio destruir o vaso e encontrar uma nova corrente que o levará de volta ao grande oceano que deseja o seu coração.
E no final, saberá que todo esse tempo, viveu preso num vaso chamado ILUSÃO.
Nada mais, nada além disso…
Reunir inteligência e forças para quebrar o vaso de vidro, e mergulhar de novo no mar, e nadar até alcançar o seu lar original… esta seria a Religião do Peixe… que não se limita a crer que existe um mar lá fora… porém volta a viver nesse mar em que deixa de crer porque nele passa a ser, a viver e a existir.
JP em 29.07.2019