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A Religião do Amor

 

 

 

O propósito original das religiões, deformadas depois por instituições e líderes auto-proclamados ao longo dos séculos que testemunharam corrupção e escândalos em seus círculos, era o de nos guiar na lenta construção interior de consciência.

A Verdade liberta é a prerrogativa da consciência desperta, e não da crença morta. E a Verdade que liberta é a luz que ventila o Amor. Sem amor, não existe verdade e nem consciência, apenas acomodação intelectual da mente na existência material.

A religião verdadeira se origina do Amor, do amor do filho pelos seus pais, do amor do lavrador pela terra que o alimenta e lhe dá frutos, do amor do poeta solitário pelas estrelas, do amor do enamorado procurando pela sua alma gêmea, do amor dos pais pelos filhos, dos alunos pelos mestres, enfim, do amor de um coração vazio desejando ser preenchido por algo maior e melhor que ele sente chamar, sente pulsar, sente vibrar e amar em toda parte, em todas as esferas, luzes que brilham, corações que amam na mesma medida.

O Amor é um chamado de soma, não de divisão.

Vivemos numa sociedade cada vez mais dividida pela intolerância, e a grande verdade é que o ser humano anda suportando cada vez menos o ser humano, daí transfere seu afeto para outros afetos que não podem lhe completar.

Mas o amor verdadeiro é obra e graça do vazio interior.

Fazer-se vazio de si mesmo é a prerrogativa para ser preenchido pela presença do Amor. O ser orgulhoso, por definição, preenche-se tanto de si mesmo que acaba se tornando um ser solitário e infeliz, embora costume fingir felicidade e bem-estar diante dos outros, também em nome do seu orgulho, para não parecer inferior diante dos outros.

A falsa religião surge do medo, como o materialismo: medo de passar fome, medo de passar necessidades, problemas… Muitos padrões de comportamento equivocado no homem tem sua origem no medo.

A verdadeira religião, professada por aqueles que sentiram essa comunhão sagrada com o TODO e foram inteiramente transformados por esse fogo de devoção, é algo que muitas pessoas jamais experimentaram em toda a sua vida.

Mas a verdadeira religião surge do Amor: da necessidade de manifestar gratidão e ser UM com todas as coisas, seres, com toda a Vida.

Essa é a definição mais antiga e verdadeira do RELIGARE, unir o que está separado e que foi criado originalmente em unidade.

A falsa religião tem matado, isolado, criado divisões, medos, culpas, dúvidas, têm implantado crenças mentirosas na mente das pessoas.

A verdadeira religião tem iluminado. Aquela que os extraterrestres (anjos) ensinaram à humanidade no passado.

Se diz que o amor espera você dar primeiro antes de te preencher, o que é perfeitamente verdadeiro. O amor vem para te preencher, mas, por um incrível paradoxo da fé, ele espera que você doe primeiro amor, mesmo que você não tenha o amor dos outros para si… sim, que você doe aos outros o amor que você não tem para si, e somente então é que a Onda do Amor, que vem de Deus, te encontrará vazio de si mesmo para te preencher devagar e por inteiro.

Dar o amor é fazer-se vazio dele. Um vaso cheio não poderá ser preenchido, a menos que ele se esvazie antes.

Isso não falha: dê amor, mesmo que não tenha o amor dos outros, e o amor virá, na verdade, voltará para o seu coração, donde ele saiu. E te fechará no inquebrável circuito da felicidade, lei do universo.

A Luz só brilha porque encontrou um espaço vazio e escuro em seu caminho.

O amor que se dá é o amor que se terá, na mesma medida e intenção!

O amor que não se dá, esperando receber antes, é o amor que nunca se terá!

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Um mundo sem amor tende a se tornar cada vez menos “religioso”, dentro da concepção real do termo, que não significa amontoar crenças na cabeça, mas viver o lado espiritual da vida não na teoria, mas na prática: a prática mais difícil de todas: Amar!

 

JP em 09.08.2019

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