A Missão dos 144 mil Servos de Deus
“E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai.”
Apocalipse 14: 1
O monte Sião (ZION) é o local simbólico da grande reunião dos missionários de Cristo na Terra, e obviamente, não se trata da localidade de mesmo nome nas terras de Israel, mas sim, de uma região oculta entre a Terra e o céu, que se tocam através da quarta dimensão (considerando que a Terra é a terceira dimensão e o céu, as dimensões superiores da alma, da quinta dimensão para cima).
Não obstante, certas passagens bíblicas ilustram essa região oculta, onde a MÃO DE DEUS (Espírito Santo) opera, com todo o seu poder:
1 Sucedeu, pois, no sexto ano, no sexto mês, no quinto dia do mês, estando eu assentado na minha casa, e os anciãos de Judá assentados diante de mim, que ali a mão do Senhor DEUS caiu sobre mim.
2 E olhei, e eis uma semelhança como o aspecto de fogo; desde o aspecto dos seus lombos, e daí para baixo, era fogo; e dos seus lombos e daí para cima como o aspecto de um resplendor como a cor de âmbar.
3 E estendeu a forma de uma mão, e tomou-me pelos cabelos da minha cabeça; e o Espírito me levantou entre a terra e o céu, e levou-me a Jerusalém em visões de Deus
Apocalipse 8: 1-3
É nessa dimensão entre a Terra e o céu, a quarta dimensão, ponto de contato entre a dimensão material e as celestes regiões espirituais imateriais, na qual o Espírito de Deus manifesta seus prodígios, visões, curas, multiplicação de pães e peixes, caminhar sobre as águas, acalmar tempestades e ressuscitar os mortos. O mesmo plano de contato onde Moisés operou seus prodígios no Egito.
É a mesma dimensão onde se situa o Éden ou jardim primordial da humanidade antes da queda, atualmente vigiado por querubins na direção oculta do LESTE.
Foi nesse plano que os Querubins do Trono Divino manifestaram o poder da Mão de Deus e do veículo de Deus (a Merkabah) diante do profeta Ezequiel.
Mas, antes, o Apocalipse 7, que chamou aqueles 144 mil de Servos de Deus, o que redimensiona amplamente a interpretação a respeito deste grupo seleto.
“E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,
Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos selado nas suas testas os servos do nosso Deus.
E ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil selados, de todas as tribos dos filhos de Israel.”
Apocalipse 7: 2-4
O Apocalipse 7 é enfático ao declarar que se tratam de “servidores” de Deus todas essas almas seladas e colhidas da Terra no primeiro regresso de Cristo, subentendendo que há muito trabalho a ser feito, trabalho esse para o qual aquela cota espiritual se qualificou em sua(s) vida(s).
E quem pensa que estas almas seladas serão levadas para algum paraíso distante para desfrutar de merecidas férias, está redondamente enganado.
O termo “servos de Deus” indica que elas serão levadas e preparadas para trabalhar pela salvação dos irmãos que ficaram neste mundo, como nunca trabalharam antes em suas vidas.
Essas almas castas, que se preservaram de toda mentira e corrupção em vida, e que foram lentamente transformadas em instrumentos do Pai, estarão maduras para o chamado, e esse chamado será concluido na revelação de sua missão em Terra porque, mesmo passando para uma dimensão paralela (a quarta dimensão) continuarão a interagir com a humanidade exatamente no momento em que a situação do planeta se tornar mais dramática, já que, ao arrebatamento, se seguirá imediatamente o início da Grande Tribulação planetária, configurando uma batalha crescente entre o bem e o mal, e entre a própria vida e a morte em nome da salvação.
O próprio Cristo as habilitará a trabalharem debaixo do poder do Espirito Santo, que ele lhes enviará tal como enviou ao seus apóstolos escolhidos no tempo de sua missão em Israel, e sairão aos pares, almas gêmeas reunidas, as polaridades do fogo sagrado, para atuarem junto dos povos, nos quatro cantos da Terra, um tanto incógnitos e afastados das vistas do Dragão Vermelho, porque transitarão entre “aqui e lá”, entre a terceira e a quarta dimensão refúgio, onde se organizarão em assembléias espirituais de poder demandando todo tipo de ação pelo bem da humanidade que sofre, desde missões coordenadas pelas nações da Terra até círculos de oração e petição contínuas, sustentando a batalha da luz contra as trevas nos quatro cantos do planeta.
11 E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.
Apocalipse 10: 11
“Profetizes OUTRA VEZ”. Não é a primeira vez que nem este profeta e nem o restante do grupo dos 144 mil realizam essa corajosa missão.
A ordem dada às duas testemunhas que se repete na mensagem final do Anjo de Deus ao mundo:
6 E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo
Apocalipse 14: 6
Completando a sua missão em três anos e meio, quando a colheita da Igreja de Cristo na Terra estiver cumprida, a Mulher coroada de doze estrelas, a Igreja, finalmente deixará o seu refúgio e partirá com a comitiva espiritual de número completo para uma dimensão distante daqui, um merecido paraíso de descanso para futuras etapas da reedificação do Reino neste mesmo planeta que irá entrar em transe final no processo de cataclísmicas transformações.
De toda forma, eles estarão certamente que repetindo, mas numa escala muito maior, a própria missão evangelizadora daquela época em que Cristo se levantou em Israel, cercada pelo Império romano, quando a sua palavra deveria ser espalhada no mundo ao encargo dos apóstolos e outros muitos discipulos preparados pelo poder do Espírito Santo, o que lhes assegurou o título de primeiras testemunhas de Cristo durante a severa perseguição romana.
Aliás, o mesmo cenário de perseguição dos poderes mundanos aos cristãos se repetirá, e já temos visto a tendência de movimento ideológico da Política Mundial, cada vez mais avessa à valores espirituais da Cristandade.
Da mesma forma que Roma fez com os primeiros cristãos, os mártires da Igreja de Cristo, a grande Besta vermelha infiltrada na Política Mundial vai fazer e já está fazendo com os cristãos na atualidade. Só que os 144 mil não podem mais morrer. Ninguém vai para a cruz duas vezes.
Eles já foram selados para a vida eterna, e em sua missão, estarão plenamente blindados pelo poder de Deus. As missões anteriores os prepararam para este grande, solene e decisivo momento do retorno ao Pai por meio do seu Intercessor eleito.
De forma geral, a referência às duas testemunhas do Apocalipse 11 se aplica a todos eles, porque, como os apóstolos, serão enviados em pares à todas as partes do planeta justamente na época das perseguições e das grandes pragas, para dar força, iluminação e direção às almas aflitas, animando-as para a grande batalha contra o Dragão Vermelho já instalado na Terra e ampliando os seus lances mais dramáticos até a vinda do Anticristo.
A seita das Testemunhas de Jeová tentou simular analogia com estas passagens ao enviar seus pregadores sempre em duplas, tal como a seita dos Mórmons, aqueles autodeclarados “santos dos últimos dias”, ambas tentando se apropriar da profecia concernente às duas testemunhas do Apocalipse.
Mas aquelas misteriosas duas testemunhas têm, entretanto, uma definição mais específica, sendo associadas aos nomes de Moisés e Elias que retornam, os mesmos nomes presentes na transfiguração de Cristo, de acordo com os evangelhos, quando Cristo os fez subir na nuvem, resplandecendo em poder e luz com ele, imagem reproduzida no texto do Apocalipse 11, porque o mesmo sucederá com as duas testemunhas depois de três dias e meio, quando forem mortas pelas forças emergentes do abismo.
Parravicini, o grande profeta argentino, falou destes servos de Deus e os chamou de missionários da cruz orlada (cruz com círculo), o novo símbolo da Cristandade também emergente no mundo sob o domínio das trevas, e por aquele sinal, seriam reconhecidos, como uma nova cavalaria espiritual de Cristo cobrindo a Terra nos últimos dias em uma silenciosa batalha contra o mal, atuando em frentes organizadas pelo Espírito Santo para suavizar a luta dos que ficaram dentro do processo tribulatório.
O termo Mártir vem do grego MARTYR, significando“testemunha. Essas duas testemunhas maiores, digamos assim, darão a sua vida no final de sua missão, mas não aqueles 144 mil, já habilitados para a vida eterna em seu trabalho que só está no começo, porque também estarão entre os contados para a reedificação do Reino de Deus na Terra, depois que o longo Shabat ou pausa estiver concluida (mil anos).
Além dos doze apóstolos maiores, Cristo tinha setenta e dois discípulos menores, que também foram enviados ao mundo em uma missão por ele coordenada através do poder do Espírito Santo, que os habilitou a curar, a falar em idiomas, expulsar demônios, pregar a sabedoria de Deus e a realizar outros prodígios, tal como seu Senhor havia feito abundantemente nas terras de Israel.
“Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e enviou-os à sua frente, dois a dois, a todas as localidades, vilas e aldeias que tencionava visitar mais tarde. 2 Foram estas as instruções que lhes deu: “A seara é vasta e os trabalhadores são poucos. Roguem ao Senhor da seara que envie trabalhadores para ela.”
Lucas 10: 1-2
Esta passagem ilustra perfeitamente a missão dos 144 mil servos de Deus, número que é múltiplo de 72, o que torna todos estes números um código espiritual todo especial nos modelos secretos da Divina Egrégora Crística que define de forma excelente e imaterial a verdadeira Igreja de Cristo em seu conceito mais puro e transcendental.
As medidas da Jerusalém celestial, no mesmo livro do Apocalipse (21) são todas baseadas nestes números. Porque se declarou que 144 é medida de Anjo, que é também a medida de homem (espiritualmente realizado, retornando à sua métrica divina original).
Os Servos de Deus têm, afinal, muito trabalho pela frente, quando o próprio Senhor declara que a seara é vasta mas os trabalhadores, poucos. Contudo, a Inteligência divina operando de forma coordenada naquela egrégora de 144 mil fará com que ela se mova sobre a Terra como força coesa e consciência unificada, cobrindo todos os espaços e corações em busca de luz, força e direção para quando chegarem os tempos difíceis, e eles já chegaram.
Curiosamente, a Cabala informa que os Servos de Deus na verdade são ANJOS em forma humana:
HwBD-IH (servo de Deus, IaH, o Verbo)
70, 2, 4, 10, 5
91
MLAK (Anjo)
40, 30, 1, 20
91
Valores idênticos.
Uma coisa a se compreender decididamente sobre os 144 mil arrebatados é que eles já sobem na qualidade de servos do Pai, instrumentos qualificados para uma missão específica, treinados, preparados e purificados ao longo de toda a sua vida pela Divina Providência que já os selou antes mesmo de nascerem.
As passagens do Apocalipse 11 referentes às duas testemunhas dão uma noção das condições do trabalho destes pares sagrados do Espírito Santo, como centelhas divinas se movendo num mundo afundando na escuridão:
3 E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco.
4 Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra.
5 E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
6 Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem.
Apocalipse 11: 3-6
Um tempo definido de missão profética e evangelizadora, 1260 dias, o mesmo tempo dos 3,5 anos de refúgio da Mulher no deserto, ou seja, o refúgio de todos os integrantes da Igreja real de Cristo que forem sendo “sacados” deste mundo ao mesmo tempo em que os 144 mil missionários seguirem sua missão entre as nações, até que o seu número esteja completo.
O fogo do Espírito Santo será com elas em seu trabalho.
E para terminar, o próprio Apocalipse 14, que descreve a reunião dos 144 mil missionários de Deus no Monte Sião aos pés do Cordeiro, a cabeça do movimento do corpo de toda a sua Nova Igreja, continua a mensagem dizendo que três Anjos sairão ao mundo para anunciar a última profecia:
6 E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo,
7 Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
8 E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua fornicação.
9 E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão,
10 Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
11 E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome.
12 Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.
13 E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem.
Apocalipse 14: 6-13
Essa ilustração revela que os missionários aos pares serão guiados por um Anjo elevado (o Príncipe Miguel) em seu tempo de evangelização (o mesmo Anjo do Apocalipse 10).
E logo depois do período determinado para tal trabalho, virão as últimas colheitas da Terra, joio e trigo ceifados pela Justiça Divina.
JP em 10.06.2024