Será mesmo necessário descartar as boas e sãs doutrinas espirituais do passado, generalizando que toda religião é má, para se tentar reinventar uma verdade que não precisa ser reinventada, apenas redescoberta?
Sim porque essa Verdade sempre esteve entre nós, e por não estar a altura de compreendê-la e praticá-la, é que o homem moderno levanta novas ideologias religiosas e cria novos ídolos para si, não porque as velhas lições do passado falharam, mas sim porque ele se tornou incompetente e indigno de toda aquela sabedoria…
Amar a Deus sobre todas as coisas!
O mandamento maior da Lei de Deus, conforme ensinado por Jesus Cristo, se divide em dois:
- Amar a Deus sobre todas as coisas
- Amar ao próximo como a si mesmo
Amar o semelhante e praticar caridade ou exercer Altruísmo é metade do aprendizado das almas na Terra, porém, descartar a existência de Deus, não um Deus dentro de concepções especificamente religiosas, institucionalizadas ou segregacionistas, mas sim um Deus captado por uma consciência humilde e livre de dogmas, que não somente reconhece a Fonte de tudo como também lhe rende graça e culto por toda a sua vida, consciente de que o homem nada é, nada sabe, nada pode e nada vive se não fosse pela Fonte, cumpre certamente a outra metade daquele aprendizado das almas na Terra nas relações com a energia do AMOR, que é Deus.
Até porque toda condição de ateísmo militante geralmente deriva-se de um intelecto orgulhoso e centrado demais na falsa ideia do Acaso como regra do Universo, o que é uma ideia extremamente ignorante, expressa por almas ainda muito imaturas nessa questão da evolução espiritual capaz de perceber, com sentidos despertos, que a verdade é o oposto disso, porque tudo deriva-se de um Universo Inteligente e Amoroso.
E essa condição do orgulho intelectual se faz muito arriscada porque, ao se fazer desconectado da Fonte, todo orgulho será certamente esmagado pela Providência Divina em sucessivas quedas até que aprenda a reconhecer a Fonte donde tudo saiu e para onde tudo retornará algum dia, porque a função da dor é a de apontar os erros do orgulho e os caminhos de resgate da humildade original, como a de uma criança que abre os olhos e enxerga a verdade das coisas muito além das declarações ignorantes do eruditismo.
O próprio orgulho, cedo ou tarde, reconhecerá que toda a dor que lhe visita não é acidental, mas calculada. E quem sabe, nesse dia, comece a rever seus conceitos e transformar seus valores na direção da Iluminação…
A percepção consciente e amorosa da Fonte chamada Deus é a parte vital da Lei do Amor, porque tudo, a vida, o pensamento e até a energia da caridade e do serviço humanitário saíram dela e por ela são inspirados, mesmo em ateus… ou naquelas mentes em estado de ignorância que sustentem teorias do acaso ou de que tudo acaba após a morte… demonstrando o quão ignorantes ainda se fazem acerca das leis de causa e efeito, atração e merecimento a reger o Universo Inteligente, e por tal razão, ainda tem muito o que aprender, muito o que reencarnar e sofrer para quebrar todas as correntes de aço mental do ego fortificado em todas essas ilusões “acadêmicas” que não subsistem na mente das almas simples, aquelas que Jesus Cristo disse preferir aos “entendidos” na questão do conhecimento das verdades de Deus…
Assim ensinou Jesus Cristo, dizendo que o amor ao próximo completa o amor a Deus como mandamento fundamental, porque a morte não santifica ninguém e nem traz bilhete evolucionário antes da alma se santificar em vida e se aperfeiçoar nas lições do Amor, exercendo-o em todos os requisitos do Pai Celestial, e ninguém antes disso será santo depois que morrer, por mais que a crença cega deseje, por mais que a doutrina morta pregue e por mais que a Grande Mídia manipule a opinião pública com seus formadores conceituais e ídolos de barro pré-fabricados por ela mesma.
Até que as lições do Amor sejam aprendidas, as almas voltarão a este Vale de Lágrimas, sob novas roupas físicas e mentais, querendo ou não, porque a ascensão às moradas da Glória eterna só pode ser realizada por almas em cujos santuários de pureza translúcida vibre, de forma plena, a Lei do Amor a Deus e ao próximo.
Nesse aspecto, querer não é poder. Porque ainda é um querer saído do ego, e o ego é a soma de todas as nossas ilusões, nascidas de todos os departamentos ainda ignorantes do nosso espírito encarnado, departamentos estes onde ainda reina o orgulho, e não a humildade… o desejo e não a santidade… a cobiça, e não o amor… enfim, onde ainda reina o ego… e não Deus dentro. E enquanto reine o ego, não poderá haver ascensão, apenas retorno.
A Ignorância é a causa de todo o sofrimento
BUDA
JP
