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A CIÊNCIA E A COSMOLOGIA DAS PREMONIÇÕES E PROFECIAS – parte 1

Parte 1. Redefinindo Espaço e Tempo

Primeiro passo é considerar o TEMPO de uma forma diferente, não ao estilo moderno dos calendários equivocados e dos relógios medindo rotações da Terra, seus múltiplos e suas frações, como se isso fosse tempo num sentido superlativo…

Devemos imaginar o tempo como ele realmente é, tal como o definiram os sábios do I Ching, os sacerdotes do Calendário Maia e os budistas da Montanha da quietude… Tempo são tempos, e tempos que se somam do passado ao futuro … não passam de ilusão.

Isso está de acordo com o princípio fundamental da Relatividade relacionado a distorção temporal na aceleração da velocidade beirando “c”, a velocidade limite da luz, quando t = 0.

Ora, a equação t = 0 diz que, atrás das estruturas fixas do espaço 3D, o tempo deixa de existir como o conhecemos. O tempo se torna algo mais do que uma simples soma de segundos, minutos e horas, dias, meses e anos, da mesma forma que a matéria é algo mais do que uma simples soma de átomos, moléculas, células e partículas. Tais definições estão longe de responder estas questões.

Se tempo são tempos, vamos então imaginar o Tempo como uma Grande Roda maior com muitas rodas menores encaixadas dentro dela, todas concêntricas mas cada uma com uma rotação diferente, a semelhança das engrenagens de um relógio e seus ponteiros, e conforme as rodas estejam mais próximas do CENTRO, elas giram mais depressa e conforme mais afastadas do mesmo centro, elas giram mais devagar, o que nos leva à semelhança com o próprio sistema planetário em órbita ao redor do Sol central. Os planetas, com rotações e translações diversas, têm, cada qual, experiências temporais totalmente diferentes em seus cenários de matéria, energia e ciclos.

Naquele modelo, cada Roda de tempo abarca uma dimensão diferente. Imagine esta nossa dimensão como uma roda mais afastada do centro, onde o tempo gira mais lentamente. E dimensões sutis como as rodas mais próximas do centro, onde o tempo gira mais depressa.

A analogia prossegue:
Dimensões onde o tempo das transformações (ciclos) demora mais para passar são dimensões mais densas, onde há mais matéria densa e menos energia livre no sistema, o que, de acordo com os princípios básicos da conversão matéria-energia, explica então a lentidão dos ciclos: planos densos têm menos energia livre e, portanto, suas transformações são mais lentas que os planos sutis, onde há mais energia livre e os ciclos são mais acelerados.

Se quisermos imaginar o mundo microcósmico (partículas, átomos, moléculas) como essas rodas menores e mais rápidas em seus ciclos, planos mais sutis, e as grandes massas do plano macrocósmico como rodas maiores e mais lentas, planos mais densos, funciona também.

No centro da roda, a velocidade do ciclo é tão rápida que ele simplesmente mergulha na eternidade (t=0).
Einstein falava no experimento dos gêmeos, e aquele gêmeo astronauta que viajava no universo a grandes velocidades e pouco envelheceria em relação ao irmão que ficou na Terra.

Agora vamos explorar esse modelo para as experiências da paranormalidade relacionadas ás premonições em viagens dimensionais. Elas funcionam noutra dinâmica.
E como no exemplo de Einstein, a consciência do gêmeo viajante numa dimensão superior experimentará eventos em períodos de tempo diferentes em relação a consciência do gêmeo que ficou no plano físico de percepção.


O exemplo clássico do sonho que você teve e que pareceu ter durado uma semana, enquanto seu corpo descansou apenas algumas horas na cama. Isso já entra como distorção temporal relativísta dentro das diferentes dimensões consideradas por um mesmo observador em trânsito.

A ruptura com o o tempo fixo e as estruturas rígidas do Universo 3D da consciência de vigília já começa aqui.
Agora, como entender um EVENTO dentro desse modelo?

Combinando tudo o que sabemos sobre Física Quântica e Relatividade, é razoável aos olhos do bom senso considerar ou localizar um evento qualquer somente numa única dimensão ou apenas em coordenadas x.y.z?

O próprio Einstein considerou que qualquer objeto, evento ou fenômeno em nosso mundo tem, pelo menos, quatro dimensões, sendo três de espaço e uma de tempo.
E o mais interessante é que, se as coordenadas x.y.z de espaço podem mudar nos deslocamentos dimensionais, a coordenada t de tempo também muda!

Então, eventos tem quatro dimensões… pelo menos até Einstein. Mas depois de Einstein, sabemos que eventos tem, na verdade, “n” dimensões, tantas quantas existam no Universo cuja coluna-mestra se chama “Lei de Causa e Efeito”.

Assim, o mais justo é compreender cada evento como uma resultante complexa de “n” informações encadeadas no trânsito entre as dimensões, porque aquela Roda de tempos múltiplos citada não sustenta movimentos isolados entre suas sub-rodas, pelo contrário, tal como todas as órbitas planetárias do sistema solar fixadas ao mesmo centro de gravidade e influência recíproca (Sol), as informações que repercutem no fluxo dos eventos viajam de forma interconectada, de uma dimensão a outra, indo e vindo do centro até a periferia, e da periferia retornando ao centro do sistema Espaço-Tempo considerado.

Podemos inclusive interpretar as rodas microcósmicas (o mundo atômico-eletrônico) como os níveis dimensionais superiores, sistemas com pouquíssima densidade material e muita energia livre, enquanto as rodas macrocósmicas (o mundo planetário, estelar) e suas grandes massas, são comparados aos níveis dimensionais inferiores, níveis estes que perfazem escalas de tempo que vão desde o muito demorado até o muito rápido antes do observador mergulhar no centro da eternidade (t = 0).

Quantas vezes um elétron da órbita fundamental do átomo de Hidrogênio, por exemplo, oscilou ao redor do núcleo (próton) enquanto você completou uma respiração?
E quantas vezes esse mesmo elétron oscilou em volta do mesmo núcleo enquanto a nossa Galáxia deu uma volta completa sobre si mesma?
E notemos outra relação importante: tempos imensos são cobertos por rodas de tamanhos imensos (galáxias, órbitas estelares, etc) enquanto tempos diminutos são cobertos por rodas diminutas (átomos, elétrons, o mundo das partículas). Uma função diretamente proporcional entre espaço e tempo realmente existe no Universo em movimento! (S/t = k, constante)

Esses são os argumentos a favor dos tempos paralelos em dimensões paralelas, e dizem o porquê da mesma consciência do observador experimentar diferentes períodos ou durações de eventos em rodas dimensionais diferentes. Ou seja, referenciais de tempo se tornam tão relativos quanto as outras dimensões que cercam determinado objeto ou evento em trânsito diante de um observador (ou observadores diferentes).

No plano conhecido como vigília, nossa consciência está relacionada a órbita temporal planetária (Terra) e todas as suas coordenadas de tempo, interceptando profundamente os ciclos dos seres vivos, mas a paranormalidade conhece portas de percepção que podem mover a consciência e conectá-la a outras órbitas temporais, por exemplo, dos elétrons ou das estrelas, onde os mesmos objetos e eventos capturados neste mundo físico são interpretados de uma forma completamente diferente. São como várias estágios de um mesmo objeto, ser ou evento em curso, como um trem se movendo ao longo de várias estações, quando a consciência transita por dimensões diferentes de espaço e tempo.

A ignorância dos séculos está em limitar nossa consciência a uma experiência absoluta e única dentro do círculo espacial-temporal terrestre. E isso abre um precedente importante: o fato de nossa consciência poder estar realmente integrada a um sistema de Espaço-Tempo muito maior que o círculo terrestre, realmente, ela pode, mediante trabalho consciente, se reconectar a todo o Universo: o objetivo da Religião (Religare) como a Reconexão do Eu ao Todo (Deus), compreendendo que a faixa terrestre é um sistema intermediário que se abre, em suas fronteiras, tanto para as regiões macrocósmicas como para os planos microcósmicos, ambos impregnados de energia consciente que os mantém, até porque os criou nas origens, antes do próprio Espaço-Tempo existir, por acomodação de toda matéria no Tecido ilusório (Maya).

continua

JP em 28.01.2019

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