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A casa VII e a balança do coração

Vamos recordar seus valores marcados no destino:

VII. UXOR (o outro)
A casa VII, oposta a I (EU) é a casa do OUTRO. Casamento, sociedades. Processos judiciais, inimigos declarados. Tudo o que nos liga ou separa dos outros. Contratos, relacionamentos, a complementação. A casa dos papéis, documentos, contratos, escrituras, cartórios, a legalidade

E antes de tudo isso, é importante lembrar que a casa VII é o setor do nosso julgamento interior, antes mesmo de ser o setor onde nossa vida é julgada e pesada pelo mundo, suas leis e instituições.

A casa VII revela como julgamos a nossa própria vida!
Se somos parciais ou justos, se somos honestos ou omissos, se somos duros demais conosco mesmos ou condescendentes com nossos próprios erros!

Dos julgamentos corretos é que aparecem as decisões corretas, quando precisamos colocar tudo na Balança da consciência.

O problema é que, na maioria das vezes, movidos por emoções, deixamos de colocar nos pratos da balança alguns pesos importantes para a situação avaliada, e os resultados nas decisões serão parciais, falhos.

E nos culparemos depois por isso.

Portanto é importante tomar cuidado com esses aspectos, para que a razão não seja sabotada pelas emoções, e as sensações comandem as decisões, e não a consciência.

Quando formos entrar em decisões importantes, que elas sejam precedidas de julgamentos justos baseados não na emoção, mas na razão que não omite nenhum fato.

A nossa consciência é formada por um advogado de defesa e um promotor de acusação.

Uma boa reflexão deve ouvir as duas vozes dentro de nossa mente, porque não será a mente falando, mas a alma, o espírito de sabedoria em nós.

O que me faz apontar aqui a necessidade de meditar a respeito e pedir instrução superior, o que transcende a própria razão, ou melhor, ilumina a razão para que ela também não seja manipulada por nossos desejos ou pior, mentiras pessoais, na hora dos nossos julgamentos internos.

Meditar e orar sempre, ouvir a voz da razão, compreender e controlar as emoções, não permitir jamais que desejos físicos lancem justificativas na mente para nos inclinar ou induzir ao erro.

Dessa forma, realizaremos as decisões mais corretas, e ainda que elas não agradem as pessoas, isso é o menos importante.
Nunca encontraremos um bom caminho na vida se procurarmos apenas agradar as pessoas, mesmo traindo a nossa própria consciência.

Com certeza, nada terminará bem.
Porque não começou bem.

A grande verdade é essa: atrairemos processos e julgamentos no mundo das leis e instituições baseadas nos nossos relacionamentos com as outras pessoas conforme nossos processos de julgamento interno da consciência na relação com Deus e conosco mesmos, e estando Deus dentro antes estar fora, que todos nós possamos consertar o fiel da nossa Balança e não deixar que ela distorça suas medidas perfeitas em nome dos desejos do ego.

Porque somente o Amor consciente é preciso o bastante para operar essa balança em nossa vida, que nunca esteve no cérebro, mas no coração liberto das paixões…

Se Deus é o nosso juiz, como permitir que esse juiz fale num coração que prefere ouvir os desejos do que a voz da consciência?

A consciência, portanto, é o canal do Juiz justo em nós, que é Deus, o Criador, que tem o Destino de todos os seres no alento dos seus pulmões…

JP em 28.01.2023

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