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A Roda do tempo da Grécia antiga

A Roda do tempo da Grécia antiga

Foto 1. Molde de gesso de um molde minóico de Palaikastro. Um disco (ou engrenagem) semelhante ao sol, uma figura feminina com os braços levantados, segurando flores e um pequeno disco com uma cruz numa base em forma de sino e listrada horizontalmente.

Foto 2. Uma estrutura minóica encontrada em 2024 no topo de uma colina em Creta. O antigo edifício de pedra redonda foi descoberto por arqueólogos no local onde a estação de radar do novo aeroporto grego deveria ser construída.

É muito interessante ver como os mesmos símbolos se repetem em diversas culturas afastadas pela distância e pelo tempo entre si.

Esta roda, por exemplo, aparece muito na cultura budista e também, na Suméria, entre tantas outras, retratando um objeto divino, também de natureza solar ou cósmica, ou ainda, temporal (a roda budista, roda do tempo, roda zodiacal das quatro estações, roda das reencarnações etc).

Esta roda do molde minóico, ao lado da divindade feminina cretense, parece representar o tempo em movimento sob o controle da deusa. Aliás, esse é um conceito marcante entre os deuses assumidamente imortais, que controlam o tempo e o envelhecimento em seus corpos.

Podemos também pensar na alegoria dos quatro elementos em eterno movimento dentro da roda cósmica em equilíbrio, cujo eixo central é atravessado pelo quinto elemento, o imponderável ÉTER que preenche a Quarta dimensão, o tempo.

A deusa-mãe, ou Grande Mãe, era uma das principais divindades femininas da religião cretense, associada à fertilidade da terra e dos humanos.

A deusa-mãe era representada de diversas formas, como:

*No cume de uma montanha entre leões, representando a mãe das montanhas ou a senhora dos animais
*Como uma deusa das árvores
*Com cobras, pombas e papoulas
*Como uma guerreira com espada e escudo
*Como uma deusa do mar em um navio

A sociedade cretense era marcada pelo prestígio dado à figura feminina, e a crença na deusa-mãe era uma das manifestações religiosas mais importantes.

No próprio Egito antigo, os deuses sempre traziam em punho a sagrada cruz Ankh, ou cruz Ansata, que é uma modificação da roda minóica, colocando a cruz abaixo do círculo.

E precisamente, esta cruz ansata, entre os deuses, era considerada o símbolo da vida eterna que eles possuiam.

Tempo é para nós, mortais.
Para os divinos imortais, o que vale é a Eternidade, porque eles sabem como controlar aquela roda.

JP em 09.09.2024

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