Um vaso chamado santidade
“Sejam santos, como Eu sou Santo!”
Esta é a sentença das mais recorrentes no Velho Testamento, quando o Senhor IHWH declara-se Santo (Kadosh) diante do seu povo, tão inclinado ás depravações morais e cultos satanistas daqueles pagãos que cercavam a nação eleita, com seus deuses profanos e depravados, como Belial, Molok, Asmodeu, Astaroth, entre tantos outros.
Pagãos e suas orgias sagradas, festas de fertilidade e cultos que, pretendendo celebrar a abundância, caiam para todo tipo de abuso e desregramento convertido em orgia sexual, glutonaria e a bebedeira, muitas vezes regado à sacrifícios de sangue, animais e até humanos.
Loucuras da carne misturadas com profanação, aberração em alto grau interpretadas como “espiritualidade”.
Coisas que infelizmente ainda acontecem a largo no mundo moderno e sem vínculos com cultos religiosos, apenas por opção de uma vida escrava dos prazeres físicos.
A santidade de corpo e alma significa pureza como virtude elementar, e ela foi o requisito fundamental dos homens e mulheres sagrados chamados por Deus a cumprir missão na Terra, já que uma alma santa e pura se torna vaso onde as águas do Espírito Santo, descidas dos céus, transbordam.
Mas corpos e mentes entregues à imundície não podem receber nenhuma gota desse poder.
Foi em Maria que esse atributo de santidade como vaso da alma se elevou em grau máximo, no ponto em que seu corpo se tornou tão puro que foi capaz de gerar o Filho de Deus, coisa que mulher nenhuma poderia alcançar em seu tempo, o que a tornou BENDITA entre as mulheres, conforme a saudação de Gabriel, o Anjo da Anunciação.
Nela, o poder do Espírito Santo atraido pela santidade se cumpriu de forma sublime.
Ela foi mais do que uma sacerdotisa divina, ela representou a própria Igreja onde todo sacerdote à sua imagem e semelhança deve se fazer igualmente santo e puro para merecer o batismo do Espirito Santo sobre si antes de enviá-lo ao mundo (a função do sacerdócio).
Todo sacerdote pois deveria carregar um reflexo da virgindade mariana em seu corpo e alma.
O que o modelo da Virgem Maria realmente deseja nos ensinar!
Mas se os céus se fecharam e se os templos da Terra se enchem de escuridão, agora sabemos o motivo principal.
Todos nós somos chamados a cumprir o mesmo exemplo de Maria, porque aquele Espírito Santo que cura, que dá inteligência, poder e proteção em nossa vida não derramará uma única gota enquanto nossos corpos e mentes abrigarem impureza, iniquidade e imundície de qualquer espécie.
Antes, derramará apenas lágrimas que, transbordando em sete taças, significarão a nova extinção da humanidade.
Se o Espírito Santo é a fonte da Vida, confirmada pela Palavra do Filho em todos os mundos, impossível viver para sempre em estado de impureza e iniquidade.
Basta você regar um jardim com água suja para ver sua cultura perecer.
Os pés de Deus jamais tocariam chão imundo e terra manchada de sangue e crimes.
E ainda que a ciência se desdobre na busca pelo segredo da imortalidade, tudo o que conseguirá será apenas o adiamento da morte.
JP em 04.06.2024
