Depende de que distância você fala.
Distância em metros?
Ah sim, aquele milhares de anos-luz, longe pra caramba.
Distância em tempo?
Nenhuma, porque o raio da galáxia atravessa todo o universo que ela cobre, indo e vindo do seu centro à periferia, e retornando. Nosso mundo, e nosso sistema solar, é apenas um poeirinha num dos seus gigantescos braços de luz.
Distância em frequência?
Zero, porque a onda-padrão que vibra em toda a galáxia, ressoa em todos os seus muitos sistemas estelares, incluindo esse mundinho pequeno e confuso onde estamos.
Então, compreendendo a sentença, nossa evolução trilha os mesmos caminhos da evolução da galáxia, como um disco de memórias girando eternamente pelo espaço sem fim.
Porque tudo o que foi escrito no nosso DNA está localizado em algum sulco desse incrível VINIL cósmico, que registra toda a Sinfonia da Criação desde o seu começo, lá quando o Criador botou o disco pra tocar.
Não somos apenas matéria de estrelas e poeira cósmica.
Somos uma identidade evolucionária da Galáxia em manifestação.
Há uma mesma inteligência coordenando todos os movimentos, desde a dança da Galáxia no espaço até o ritmo da dupla hélice recriando-se no núcleo celular, incessantemente, sob as vozes das estrelas…
Tudo é uníssono nesse disco em movimento.
Não menospreze a sua vida. Ela é raríssima.
E única.
Não deixe mais que aqueles argumentos falsos de que somos apenas uma poeira cósmica sem valor.
Pelo contrário, o valor da vida consciente é o mais raro que existe nesse infinito cheio de poeira cósmica, mas raro de vida orgânica, e mais, vida orgânica inteligente.
A raridade do universo material não é medida por tamanho, mas por complexidade.
Nada é mais complexo do que a VIDA em toda a vastidão do infinito.
JP em 15.05.2023