Não foi por acaso que o ser humano foi comparado à árvore da vida plantada por Deus no jardim primordial.
Na verdade, cada um de nós comporta duas árvores:
a árvore da vida e a árvore da ciência do bem e do mal.
A primeira é a vida em estado puro, origem espiritual, e a segunda é matriz da consciência através das necessárias experiências do bem e do mal.
O ser humano seria um eterno inocente se não pudesse experimentar as duas naturezas da vida, uma eterna vítima do mal exterior.
A sabedoria compreende essa alquimia de experiências, quando então nossas escolhas se fazem mais conscientes de acordo com as leis do universo.
Portanto, se somos à imagem e semelhança de árvores, nosso crescimento é similar ao delas, se fazendo em duas direções, para cima e para baixo, galhos e raiz, consciente e inconsciente.
Nossa evolução se parece com o lento crescimento de uma árvore, e quanto mais ela se eleva para os céus da consciência iluminada, mais as suas raízes mergulham nas profundezas da terra, lhe dando estabilidade e nutrição, terra essa que equivale ao inconsciente invisível.
Ou seja, quanto mais esse movimento para dentro da alma se aprofunda, mais a expansão da energia mental consciente conquista realizações no mundo exterior.
Todos os seus elementos para o seu crescimento são extraídos desse duplo movimento, ar e luz para as folhas, água e nutrientes para as raízes, de modo que um ao outro se conecta nessa dupla e inversa expansão, para dentro e para fora da nossa realidade existencial.
Quando céu e Terra se tocam, o Grande Pai das estrelas e a Grande Mãe Natureza, fazendo da árvore, que somos nós, pontes entre eles.
E finalizando o movimento e o propósito da árvore, se o despertar da consciência é a realização dos frutos, o mergulho nas suas raízes em busca de nutrição e estabilidade espiritual se chama Autoconhecimento.
Aquele rochedo mencionado pela Bíblia, o fundamento do verdadeiro cristão renascido da água e do espírito.
JP em 28.04.2023