O nome da celebração EASTER como “Páscoa” parece remontar ao nome de uma deusa pré-cristã na Inglaterra, “Eostre”, que foi celebrada no início da primavera. A única referência a esta deusa vem dos escritos do Venerável Beda, um monge britânico que viveu no início do século VIII.
Existem várias versões do nome, referidas como teónimos ou cognatos ou irmãos linguísticos de origem comum: “Eastro” (dialeto nortumbriano), Ostara (dialeto alemão antigo), “Asteron” (dialeto saxão antigo), “Austro” (dialecto proto-germânico) etc.
Essencialmente, estes vários títulos linguísticos eram simbólicos do Ovo da Criação.
O mês de celebrações e festas pagãs antigas eram realizadas em abril em honra de Eostre, mas este mais tarde foi substituído pelo mês cristão que celebra a ressurreição de Jesus.
Porém, a Primeira Páscoa bíblica foi a realizada por Moisés, na ocasião da libertação do povo hebreu no cativeiro do Egito, quando então Páscoa significou Passagem da escravidão para a Liberdade – o que Cristo quis amplificar, trazendo o contexto de uma libertação ainda maior, do pecado para a virtude que liberta da morte e conduz à vida eterna.
Estudiosos ainda estão a debater a origem da Lebre ou Coelho associado aos ovos.
O símbolo do Ovo foi associado à iconografia do Ovo Fênix, e então no século I na Europa medieval foi proibido comer ovos durante o jejum da Quaresma.
O ovo é um símbolo de vida. As próprias definições cosmológicas situam as origens do Universo em um ovo condensado de energia primordial.
Então, combinar ovos com coelhos (símbolos da fecundidade) foi uma manobra das tradições não cristãs para continuar celebrando a Páscoa conforme seus próprios modelos.
E que vingam até hoje, transformando a festa sagrada em um festival de glutonaria, infelizmente.
Mas ainda que os antigos caldeus ou babilónios reivindiquem “Ostre” como um nome derivado de “Astarte” e “Ishtar” (Vênus) o contexto do signo ainda preserva a morte do Inverno e a celebração da chegada da Primavera.
Quando a Páscoa é astronomicamente marcada (a primeira Lua Cheia do ano novo zodiacal, conforme os valores do hemisfério norte).
O conceito de Páscoa não é exclusivamente bíblico.
Ele sempre representou o renascimento, a nova vida, a renovação.
Mas a diferença entre os cultos pagãos de Páscoa e a celebração cristã é apenas uma: todos aqueles cultos e seus deuses não passam de tradições mortas, reeditadas em cada cultura a frente.
Enquanto a promessa de Jesus Cristo é uma passagem real e colocada diante de nós na atualidade, diante de um mundo que está a beira da grande morte.
Quando nenhum daqueles deuses pagãos poderá voltar para nos libertar.
Porque eles também morreram, e esperam pela mesma dádiva de Cristo …
Se a Páscoa significa renovação, apenas Jesus Cristo contém a chave dessa renovação de forma atual e aplicável para todos nós, que desejamos realmente nos libertar da roda das reencarnações e passar para a vida eterna, vivendo para sempre debaixo do Propósito do Criador.
Conforme as palavras de Cristo:
“Eu não vim negar os deuses do passado,
Eu vim para cumprí-los!”
A profanação do Sagrado
Infelizmente, como já acontece com o Natal, a Páscoa, que é a data cristã mais sagrada entre todas, já foi transformada em celebração da glutonaria, engordando também o faturamento dos produtores de ovos de chocolate e derivados.
Realmente, seria pedir demais para uma humanidade de consciência carnal que compreendesse e vivesse tal celebração altamente sagrada e importante em consciencia espiritual… afinal, o que nasce da carne, é carne, e o que nasce do espírito, é espírito.
E seguirá cada vez pior (e maior) o culto ao corpo, a casca, a aparencia, às ilusões, ao Ter e aos prazeres físicos, asfixiando lentamente o espírito nas masmorras do ego, esse inferno pessoal que cada um carrega dentro e que atrai todas as dores de sua vida vazia e infeliz… por que a carne abraçaria a doutrina da renúncia, se prazer é o que ela mais busca?
O festival da gula é todo o ritual pascal predominante.
Todo mundo sabe que a Páscoa é anterior a Cristo, e que Moisés foi o primeiro a realizá-la, entre os hebreus, como ritual espiritual de passagem (da escravidão para a liberdade).
Porque Páscoa vem do hebraico Pesach, Passagem.
Mas quem lhe deu maior significado foi Cristo, realizando essa passagem da morte para a imortalidade.
E não o coelhinho das antigas tradições pagãs com seus ovinhos de chocolate, que só servem para lhe engordar e fazer lucrar muito o dono da fábrica de chocolate.
E pior, pelo pecado da gula, lhe roubar anos de vida e saúde.
“E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.
Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra.
Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem.”
Lucas 21:34-36