Pesquisadores relacionam disseminação do COVID-19 com temperatura e umidade
Em uma análise publicada no Social Sciences Research Network (publicação dedicada a rápidas pesquisas acadêmicas), pesquisadores do Instituto de Virologia Humana da Universidade de Maryland (EUA) confirmam que a SARS-CoV-2 que causa o COVID-19 também pode atuar sazonalmente.
Pesquisadores tentam avançar nos estudos e respostas para a grande quantidade diária de novos casos do COVID-19. A rápida disseminação do novo coronavírus no mundo parece ter algum tipo de relação com a temperatura e a umidade relativa do ar, acreditam os especialistas.
Os pesquisadores observaram que o coronavírus teve uma importante difusão numa faixa estreita leste-oeste do globo, com padrões climáticos semelhantes, onde ocorreram temperaturas médias de 5° a 11°C e umidade relativa de 47% e 79%. Veja o mapa acima.
A notável semelhança de temperatura e umidade média nas áreas afetadas primeiramente pelo novo coronavírus coincidem com o período do surto superior a um mês. Depois da China, novos epicentros do vírus ocorreram na Coreia do Sul, Japão, Irã e norte da Itália, que apresentaram padrões semelhantes. Desde então, a transmissão ocorreu em novas áreas, em todos os casos por pacientes infectados.
Nenhuma das cidades afetadas pelo coronavírus atingiu uma temperatura abaixo de zero grau, relataram os estudiosos.
Os pesquisadores propõem um modelo climático simplificado que indicaria as áreas com maior risco de propagação do COVID-19 nas próximas semanas. São observações importantes que servem para dar continuidade aos estudos da evolução do COVID-19.
Na China, dados recentes mostram que a doença já atingiu seu pico e que os casos vem diminuindo a cada dia. Entretanto, não se sabe exatamente qual será o progresso em outros países.
Ainda não há respostas exatas do caminho que o COVID-19 vai seguir e há diversos fatores envolvidos, mas os pesquisadores já entendem que o ambiente é um elemento importante a ser considerado no comportamento do coronavírus.
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Essa pode ser uma boa notícia para o Brasil, que está fora daquela faixa de maior propagação da doença.
A menos que ela assuma alguma nova mutação, ou se comporte de maneira inesperada, já que criaturas como vírus não são ainda completamente entendidas pela ciência moderna.
Tanto que doenças virais como esta não têm cura.
E uma simples gripe ainda pode matar.
JP em 14.03.2020