Volodymir Zelensky, presidente da Ucrânia, respondeu aos boatos recentes de que uma invasão está prevista para quarta-feira; os EUA estão esvaziando a embaixada em Kiev
O presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, publicou mensagem decretando para esta quarta-feira, 16, um dia patriótico e “de união” no país, diante dos rumores, não confirmados, de que a Rússia planeja uma invasão nos próximos dias.
Na mensagem, o mandatário respondeu à suspeita – que vem circulando desde o fim de semana – de que a Rússia planejaria um ataque ao país no dia 16. Autoridades ucranianas reforçaram, na sequência, que o presidente não disse que há uma invasão prevista, mas apenas respondeu aos rumores.
“Dizem-nos que 16 de fevereiro será o dia do ataque. Vamos fazer dele um dia de união. O decreto já foi assinado. Esta tarde vamos pendurar bandeiras nacionais, colocar fitas azuis-amarelas e mostrar ao mundo a nossa unidade”, declarou Zelensky.
Diante da repercussão da fala, um alto funcionário ucraniano, Mykhailo Podoliak, negou que Zelensky tenha sido literal, e afirmou que o presidente estava sendo irônico, em resposta aos boatos recentes sobre a data, segundo informou a CNN Espanha.
Na mensagem, Zelensky disse ainda que, “mais uma vez”, uma suposta data de invasão tem sido disseminada, mas que a Ucrânia está pronta para responder se necessário. “Nosso Estado está mais forte do que nunca”, disse.
O presidente ucraniano afirmou que o país deseja “paz” e que prefere uma saída diplomática. “Nós lutamos pela paz e queremos resolver todas as questões exclusivamente através de negociações”.
Mais de 100 mil soldados russos estão posicionados em vários pontos da fronteira ucraniana desde o fim do ano passado, e as tensões pioraram nas últimas semanas. O governo russo nega que esteja planejando uma invasão.
Reunião com Scholz
Nesta segunda-feira, Zelensky também se encontrou com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e pediu “garantias legais” para defesa da Ucrânia no caso de uma ameaça russa. O presidente ucraniano negou ainda que sua família tenha deixado o país.
Scholz, por sua vez, embarca na sequência para Moscou, onde tem conversa marcada com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira, 15.
No fim de semana, Putin conversou por telefone com o presidente americano, Joe Biden, e o francês, Emmanuel Macron (com quem também se encontrou na semana passada). As negociações até agora, no entanto, não avançaram para reduzir o conflito na região.
Em Washington, no domingo, o conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, disse que um ataque russo pode começar “a qualquer momento” – mas não confirmou os relatos de que a inteligência americana já esperava uma invasão na quarta-feira.
“Não podemos prever perfeitamente o dia, mas já estamos dizendo há algum tempo que estamos na janela”, afirmou Sullivan à CNN.
Apesar de não haver confirmação de que a Rússia de fato planeja um ataque à Ucrânia, os EUA estão fechando sua embaixada em Kiev em meio aos riscos de uma piora no conflito. Uma série de países têm pedido desde o fim de semana que seus cidadãos saiam da Ucrânia e alertado para a dificuldade de resgatar os que ficarem caso haja um confronto.
O presidente Vladimir Putin tem negado que planeja invadir a Ucrânia, mas tem usado a crise para obter a garantia de que a Otan, aliança militar do Ocidente, não permita o ingresso ucraniano em seus quadros.
Além da Ucrânia, outra demanda de Putin é que a aliança liderada por EUA e países europeus não posicione tropas em outros membros do leste europeu, antigas áreas de influência soviética.
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O dia 16 de fevereiro esquentando?
Agora, é o presidente da Ucrânia quem está falando que o dia 16 será o dia da invasão russa. E não somente as fontes americanas. O dia 16 de fevereiro é um feriado nacional por lá, conhecido como o “Dia da Unidade”.
De minha parte, já estou impressionado com tantas menções ao dia 16 de fevereiro (que eu anunciei em estudos crop circle desde 2021).
Mesmo que nada aconteça…
A sincronicidade está gritante.
JP em 14.02.2022