Dois tremores foram registrados, em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com o com Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), um deles teve magnitude de 2.1 e o outro, de 2.7. O segundo abalo chegou a ser sentido na cidade histórica de Ouro Preto, também na Região Central do estado.
Há relatos de moradores de tremores também em outros horários, chegando a um total de sete, o que está sendo investigado pelo centro.
De acordo com o coordenador adjunto da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil (Cedec), tenente-coronel Flávio Godinho, apesar de terem sido sentidos pela população, os tremores não provocaram nenhuma ocorrência significativa nem causaram danos estruturais.
Godinho afirmou que foi feito contato com todos os empreendedores de barragens da região e nenhuma alteração foi constatada.
A Vale informou que “fez uma avaliação técnica dos dados de instrumentação de suas barragens na região de Itabirito e Ouro Preto” e que “os dados sismográficos instalados nas estruturas registraram reflexos dos sismos, porém dentro dos padrões normais observados na região, não refletindo em anomalias nas estruturas”.
A mineradora disse ainda que “as barragens seguem permanentemente monitoradas por equipe especializada e pelo centro de monitoramento geotécnico”.
Tremores dessas magnitudes não são raros no Brasil e geralmente acontecem todas as semanas. De acordo com o centro, não é possível saber a natureza ou a causa dos abalos, mas normalmente são causados por pressões geológicas naturais presentes na crosta terrestre.