Espiritualidade

Ter bons amigos aumenta em 10 anos a longevidade

E ainda: quando se tem mais de quatro amigos existe a probabilidade de diminuir doenças cardíacas, afirma especialista

Manter amizades, inclusive na velhice, pode prevenir doenças e proporcionar uma vida mais longa e feliz, segundo pesquisa da Universidade Harvard.

Pessoas de diferentes perfis, mas com amizades sólidas, apresentaram bons resultados nos exames clínicos. 

Uma pesquisa realizada continuamente há mais de 75 anos pela Universidade Harvard, em Massachussets, nos Estados Unidos, vem mostrando que o fator que mais influencia a saúde das pessoas são os amigos. Quem mantem amizades ao longo da vida, inclusive na velhice, pode se prevenir contra diversas doenças e ter uma vida mais longa e feliz.

O estudo, que analisa milhares de voluntários de diferentes idades e perfis por meio de entrevistas e exames periódicos, revela também que ter laços fortes de amizade pode prolongar a vida em até dez anos. Idosos com mais de 70 anos, por exemplo, têm 22% mais chances de chegar aos 80 se mantiverem relações fortes e ativas com amigos.

Segundo o psicólogo Gustavo Souza, da Jequitibá Residência Assistida, a troca de afetos, ideias, sorrisos, experiências e aprendizados entre amigos é fundamental para a saúde mental dos idosos e proporciona efeitos positivos em sua capacidade cognitiva. Se essa amizade for com pessoas de faixas etárias diferentes, melhor ainda.

“É muito importante que pessoas com mais de 60 anos estejam em contato com pessoas de diversas idades para que seu cérebro entenda que ele precisa se manter ligado ao que se passa ao seu redor. Crianças e adolescentes podem ajudar o idoso a conhecerem e se adaptarem às novas tecnologias, como smartphones, tablets e redes sociais, por exemplo, estimulando o cérebro para uma nova atividade”, explica o psicólogo com vasta experiência no atendimento a idosos.

Muitas pessoas com mais de 60 anos, no entanto, encontram dificuldades em manter relações. Amigos de infância, juventude e vida adulta já faleceram, estão doentes ou morando longe. “Nessa fase, é mais difícil fazer novas amizades, pois o idoso não tem mais uma vida profissional e social como antes. Por isso, é importante participar de atividades em grupo, como aulas de idiomas, instrumentos, artesanato e dança. Essas ocupações estimulam a socialização, ajudam a cultivar relacionamentos e ainda mantêm o cérebro em forma”, ressalta Gustavo.

JP em 07.07.2022

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