Falsos Profetas e como identificar um
Primeiro: falsos profetas falam que tudo é luz, tudo é zen e tudo é amor, EXAGERADAMENTE! Não ousam dizer o que as pessoas não querem ouvir. Aliás, eles são especialistas em dizer justamente o que as pessoas querem ouvir, e então, em função disso, se tornam louvados e admirados, e até cultuados por elas, num objetivo implícito a tudo isso.
Segundo: profetas verdadeiros dizem o que Deus mandou-lhes dizer. Não ousam modificar as palavras que Deus lhes envia por nada, e nem que sejam perseguidos ou odiados o farão. Seu compromisso é com a verdade e não com o gostar e o querer do povo a quem procuram alertar. Como Jesus disse: antes de vós, o mundo a mim odiou!
E geralmente são palavras duras, que mostram onde elas estão erradas. Daí a reação popular altamente negativa contra estes profetas, geralmente perseguindo-os ou matando-os, a exemplo do Mestre Maior na Cruz.
Falsos profetas se agradam de discursos luminosos e adocicados demais ao ponto de uma diabete na alma de quem se vicia a eles. Mas profetas verdadeiros são como médicos, que apontam exatamente onde se está doente, por mais que o paciente não queira ouvir as más notícias sobre seus exames…
Falsos profetas se transfiguram em Anjos de Luz e anunciam evangelhos modificados, o próprio Paulo alerta sobre isso, que se um Anjo anunciasse outro evangelho, desvirtuando a Verdade revelada por Jesus Cristo, fosse ele amaldiçoado.
Portanto, quando a luz é demais lá fora, e exagerada, melhor é fechar os olhos e procurar pela luz legítima no coração, sem que guru ou canal algum apareça para lhe dizer como ela é, morando aí a primeira nota de desconfiança.
Falsos profetas são amados e aclamados no mundo, e geralmente fazem fama e riqueza fácil através de seus seguidores. Até porque é comum que falsos profetas endossem filosofias materialistas através de deturpações bíblicas, induzindo as pessoas em uma falsa compreensão materialista das Escrituras, o que o próprio exemplo de Jesus Cristo nega com veemência, fora muitas outras passagens diretas sobre a preferência da pobreza e do desapego, aliás, o que aparece em quase todas as religiões antigas e ideologias de santidade e desapego material, como o Budismo.
Profetas de Deus são odiados e perseguidos, e costumam ser pessoas pobres. Profetas de Deus estão preocupados em agradar a Vontade de Deus e não o de massagear o ego da humanidade, ego esse que eles pretendem desnudar em toda a sua problemática com seus apontamentos severos.
E as próprias duas testemunhas, delas está escrito:
O povo se aborrecerá dos dois profetas de Deus, e festejará sobre os seus corpos mortos na praça por 3.5 dias…
Mas o principal, profetas verdadeiros acertam em suas profecias, mas os falsos profetas fazem profecias tão falsas como eles, que nunca acontecem.
Em resumo, os profetas autênticos cumprem a Vontade de Deus mesmo sendo perseguidos pela vontade popular, ainda que estejam lá para resgatar as pessoas dos seus erros, mas falsos profetas servem a própria vontade do ego, se auto-intitulando mestres e agradando o povo cativado por seu carisma, como uma isca de armadilha, povo esse que se perderá ao seguir-lhes, porque seguirá um falso caminho.
Jesus Cristo nunca é o foco das evangelizações dos falsos profetas, como deveria ser, porém, eles mesmos procuram ao máximo exaltar sua “pessoa mística”. Afinal, todos sabemos que, depois que a Verdade Cristo foi revelada ao mundo, ela necessariamente cobriu todas as outras verdades em função da redenção e liberdade prometidas, o alvo final do programa de salvação humana por parte de Deus.
Portanto, na divulgação desta e não de outras “verdades” é que deve se concentrar a missão de todo profeta genuíno. E a exaltação da pessoa e obra de Jesus Cristo, e não na exaltação de sua própria pessoa mística.
O Erro comum dos profetas do Fim do Mundo
Ancorados principalmente em leituras equivocadas do Apocalipse, esta outra categoria de falsos profetas, os tais profetas do Fim do Mundo, eis que eles se tornam como “serials killers” do planeta Terra, sempre marcando datas do fim do mundo com base naquelas leituras equivocadas, ora se baseando em algum eclipse significativo, ou em algum asteroide com data de aproximação, ou ainda interpretações equivocadas de números, datas e nomes, etc dos livros sagrados.
O próprio Isaac Newton não escapou da febre das profecias do fim do mundo, ao explorar datas em números, especialmente os números fornecidos pelo profeta Daniel, chegando no ano redondo de 2060!
Embora o Apocalipse e os evangelhos falem realmente num colapso final da civilização, que chega como um ladrão e desatará tudo em fogo e caos, não localizando com precisão a data final (mesmo que tenhamos o tempo-limite de sete anos aplicados sobre os 70 anos de Israel em 2018), o que os profetas do fim do mundo ignoram é que, antes de algum evento final, existem muitas partes do Apocalipse que não se cumpriram ainda, e precisam ser cumpridas, como a Terceira Guerra Mundial, a ascensão do Anticristo e a missão das duas testemunhas.
Como pode hoje ou amanhã ocorrer um evento final, predito pelo Apocalipse, se aqueles outros eventos ainda não aconteceram?
São essas interpretações parciais destes falsos profetas que fazem muitos desacreditarem de tudo, e ao lançarem datas que nunca se realizam, desmoralizam a Bíblia, porque a maioria das pessoas julga errado, pensando que o erro está na Bíblia e não na interpretação errada de suas passagens proféticas.
Além de tudo isso, esses profetas imediatistas desconhecem que cada evento astronômico, cada sinal, cada catástrofe isolada, cada comportamento diferente do planeta, cada deslocamento de padrão da natureza e cada mudança história significativa, são partes de um lento e longo processo, na própria escala de transformação planetária, e tais eventos não podem, isolados, significarem um fim de mundo com data marcada, até porque, repetindo o que a própria Bíblia assegura, o fim virá como um ladrão, e chegará sem aviso. Só essa passagem já dá por vencida toda e qualquer tentativa de localizar datas para o fim do mundo, embora todos saibamos que a Terra já entrou certamente na curva das grandes transformações, e está dentro dela, como predisse o Calendário Maia que seria, a partir de 2012.
Um verdadeiro intérprete tem que considerar todas as partes do Livro profético em sua análise escatológica, e até agora, o período mais seguro é mesmo o que conta sete anos entre 2018 e 2025/6, e os sinais em escala crescente mostram que já entramos num período de desfechos inusitados a frente.
E principalmente, um verdadeiro intérprete não procura ver as coisas do seu ponto de vista, distorcendo-as em função de seus pretendidos acertos, porém, um verdadeiro intérprete procura ouvir a inspiração do Espírito, que determinou profecias e datas segundo a Sua Vontade, e não a nossa.
Até lá, ainda veremos muitos falsos profetas determinarem o óbito da civilização que ainda está viva, embora agonizando sobre a Terra ferida por suas próprias mãos…
JP em 22.01.2019