Estação de monitoramento de SC registra queda de meteoro
Um meteoro cruzou o céu de Santa Catarina na madrugada desta sexta-feira (9). A queda durou aproximadamente 0,6 segundos (veja o vídeo acima) e foi registrada por duas câmeras de uma estação de monitoramento em Monte Castelo, no Norte do estado, do astrônomo amador Jocimar Justino, que é membro da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon).
“Foi bem rápido, mas é sempre uma grande satisfação quando registro um meteoro de grande magnitude [brilho]. Além de belas, as imagens contribuem para os estudos desses fenômenos”, disse.
Meteoro foi registrado em Monte Castelo (SC) nesta sexta-feira (9) — Foto: Jocimar Justino/reprodução
Segundo especialistas ouvidos pelo G1 SC, essa rede de monitoramento brasileira é composta por astrônomos amadores e profissionais e faz análises e registros sobre os meteoros no país.
A queda foi captada às 3h38, a uma altitude estimada de 114 quilômetros. A velocidade do fenômeno também foi calculada pela estação de monitoramento: ele entrou na atmosfera da terra com uma velocidade inicial estimada de 68.3 km/s, o que corresponde a 245.880 Km/h.
O astrônomo e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Adolfo Stotz Neto, explica que o brilho provocado pelos meteoros e meteoróides, que são pequenos pedaços de matéria solta no espaço, geralmente partes de cometas, depende do seu tamanho e também da velocidade que chegam à atmosfera terrestre.
“Elas incendeiam pela velocidade de quem vê. A velocidade da terra em torno do sol de 30km/s e quando um objeto entra na atmosfera eles incendeiam, justamente por ser um atrito muito grande”, afirma o especialista.
Vídeo abaixo:
Jocimar, de 34 anos, que além de astrônomo amador é servidor municipal de Monte Castelo, monitora meteoros desde 2017. Ele afirma que além de Santa Catarina, o fenômeno foi captado por outros membros da Bramon em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
“Em vários locais do país é possível registrar o mesmo fenômeno. O céu é o mesmo. Se ele [o fenômeno] ocorreu naquela região do céu e estou estou no mesmo hemisfério, é possível vê-lo”, detalha o astrônomo da UFSC, Adolfo Stotz.