Mistérios

Os números transfinitos – o conceito dos números maiores que o Infinito

Tendo a parte o altamente abstrato conceito dado ao tema pelo matemático George Cantor, a minha definição aqui envolve o conceito de dimensões na concepção de um MULTIVERSO real.

Se todo o Infinito que os nossos sentidos finitos podem compreender é aquele que abarca o nosso Universo 3D, eis que o primeiro número da próxima dimensão paralela a esta seria simplesmente 1+∞

Então, naquela próxima quarta dimensão, a contagem nos levaria, ao seu ponto extremo, a dois infinitos:
1+∞, 2+∞, …, ∞+∞
E assim, sucessivamente.


A definição fundamental aqui é a de que cada universo paralelo assume o seu próprio campo estrutural infinito, e esses infinitos se relacionariam entre si em conexões de espelho, de modo a estabelecer um laço permanente entre todos eles, e que, a partir dos números, criaria então o conceito de MULTIVERSO, ou Infinitos paralelos, marchando juntos dentro de uma evolução programada em tal complexidade de “camadas” de um mesmo organismo o qual, além de manter a marcha coesa, como os sistemas e órgãos de um organismo, permitiria o próprio conceito de evolução quando então a consciência pudesse saltar do nivel Infinito ao nível Infinito mais UM.

1+∞

Pensemos no próprio corpo físico em camadas.
A camada celular, infinitas células.
A camada atômico-molecular, infinitos átomos.
A camada eletrônica, infinitos elétrons, prótons, nêutrons.
A camada quântica, infinitas unidades de energia e subpartículas,
etc.


A analogia é esta, e para nós, a contagem destas unidades do multiverso corpo em diferentes camadas estruturais seria, teoricamente, uma contagem infinita antes de saltar para a próxima camada e o NÍVEL SUPERIOR DE CONSCIÊNCIA QUE ESSA CAMADA COMPORTA.


E a contagem de tempo, seja em que unidade for, pode ilustrar também essas séries numéricas transfinitas em dimensões distintas.
A série é sempre a mesma, o que muda é a velocidade de contagem (o conceito de tempos paralelos com diferentes marchas).

Os diversos fenômenos sincronitários poderiam ser explicados, conforme este modelo, como acontecendo em função de alinhamentos numéricos entre as dimensões, conforme suas marchas paralelas tocando-se, ou a imagem de rodas múltiplas e concêntricas de um mesmo mecanismo de eixo que se alinham em determinados pontos ciclicamente.

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Veja abaixo a teoria dos números transfinitos, de George Cantor:

George Cantor (1845-1918)
Os números transfinitos

O conceito de infinito foi sempre uma pedra nos sapatos dos matemáticos e ao longo da história provocou incontáveis discussões. Já no século V a.C., o filósofo grego Zenão, apenas utilizando a idéia de infinito, consegiu produzir paradoxos famosos, como o de Aquiles não ser capaz de alcançar a tartaruga. Na primeira metade do século XVII, o pai da física moderna, Galileu Galilei, havia observado uma coisa que lhe parecera estranha. Seja a sequência dos números naturais e ao lado de cada um deles coloquemos seu quadrado

1 1
2 4
3 9
4 16
5 25
6 36
7 49
8 64
n n2

Como para cada número da coluna da esquerda corresponde um e um só número da coluna da direita e vice-versa, não temos dificuldades em aceitar que as duas têm a mesma quantidade de elementos.

Entretanto, todos os números da direita também podem ser encontrados à esquerda, ou seja, como observou Galileu, no conjunto infinito dos naturais a parte era igual ao todo. Ocorre que para qunatidades finitas o axioma de que a parte é sempre menor que o todo era uma verdade indiscutível há séculos.

O teorema segundo o qual, em um triângulo, qualquer ângulo externo é maior do que os internos não adjacentes foi demosntrado por Euclides nos elementos precisamente com base na idéia de que a parte é sempre menor que o todo.
No mundo das infinitudes, este axioma deixará de ser válido, em mais um exemplo dos riscos que se corre ao generalizar para o infinito conceitos que são verdadeiros para entidades finitas.

Cantor começou procurando atribuir “tamanhos”, que ele chamou de potências, aos diversos tipos de conjuntos de infiniitos elementos.


Ao conjunto dos números inteiros 1,2,3,…(aquele que Kronecker disse ter sido o único criado por Deus) foi atribuída a potência representada pela primeira letra do alfabeto hebraico À0
(lê-se Alef-zero), que é o menor dos números transfinitos .


Este transfinito À0(Alef-zero), potência do conjunto dos números naturais, foi uma espécie de unidade de medida que Cantor passou a utilizar para estudar outros conjuntos de infinitos elementos.


Quando os elementos de um conjunto podem ser colocados em correspondência biounívoca com o conjunto dos números naturais, diz-se que ele é contável ou enumerável e que sua potência também é À0 (Alef-zero).
Cantor provou que existem infinitas potências diferentes de conjuntos infinitos. O primeiro conjunto a ser comparado com os dos números naturais foi o dos racionais. Cantor dispôs aqueles números em sucessivas linhas horizontais, cada um denominador a partir de 1.


Os numeradores, em cada linha crescem da esquerda para a direita. É fácil ver que todos os números racionais positivos estão contidos no quadro, inclusive as repetições com 1/2 , 2/4, 3/6, etc ( para os negativos vale o mesmo raciocínio)

Seguindo o esquema de flechas na figura, vê-se que podemos contar os racionais, inclusive desconsiderando as repetições que aparecem entre parenteses. Portanto a potência dos racionais é a mesma dos naturais, ou seja, À0(Alef-zero).


O passo seguinte foi estudar os algébricos e Cantor descobriu através de um raciocínio mais elaborado que esles também são contaveis e assim sua potência também é À0(Alef-zero).
Continuando, por um método simples e elegante, Cantor provou que os números reais não são contaveis e chamou a potência daquele conjunto de C (de contínuo) ou À1(Alef-um).


Para prová-lo, Cantor supôs o oposto, ou seja, que os reais são contaveis. Assim sendo, a partir do zero, eles deveriam poder ser colocados em uma sequência da forma :

1 ® 0, a11 a12a13….

2 ® 0, a21 a22 a23..

3® 0, a31a32a33..

e assim por diante, indefinidamente, onde os diversos a’s são dígitos de 0 a 9. Ora qualquer número do tipo 0,b1b2b3b4….. onde b1¹a11,b2¹a22,b3¹a33…….diferirá dos 0,aij


por pelo menos um dígito, ou seja, estará fora da lista que deveria conter todos os reais, se eles fossem contáveis. Portanto não são.


Esta prova, alias, é uma demosntração indireta de que existem os trancendentes, pois se os reais não são contáveis e se os algébricos o são , então existem reais não algébricos ( e não contáveis), ou seja, transcendentes.
Desta forma ficou demosntrado que existem muito mais números transcendentes do que algébricos.


Os trabalhos de Cantor sobre os transfinitos vão além. Ele demonstrou proposições que desafiam nosso entendimento, habituado a um mundo de coisas finitas, como, por exemplo, que em qualquer intervalo real (a,b) por menor que seja, existem tantos números quanto em todo conjunto dos reais ( novamente a parte é igual ao todo) Teoremas ainda masi espantosos podem ser encontrados entre suas descobertas.


Cantor foi muito amigo de outro famoso matemático de fim do século XIX, Richard Dedekind, o homem que deu sólido fundamento lógico a teoria dos números reais. Ambos costumavam discutir entre si suas idéias sobre números reais e transfinitos de modo que na matemática os nomes de Cantor e Dedekind quase sempre aparecem associados.
Cantor faleceu em 1918, tristemente internado em um hospital para enfermos mentais, mas é pouco provável que a causa da doença tenha sido seu esforço em pensar o impensável.


JP em 13.05.2022

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