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O Universo é um game holográfico?

O Universo é um game holográfico?

Em tempos de MATRIX e pessoas pensando mais como máquinas… eu não consigo ver o nosso universo como um mero jogo dos deuses (como muitos desse estilo defendem).

Eu não consigo fazer a associação do vasto universo espiritual a um mero jogo, como vejo alguns fazendo,,, na verdade, muitos!

Desde que a tecnologia assumiu as rédeas do pensamento moderno.

Isso é projeção humana sobre os mistérios da Criação, dentro dos seus próprios argumentos limitados de comparação. Na antiguidade, não havia tecnologia artificial, então os homens eram obrigados a usar o cérebro para tentar desvendar os mistérios do universo, e assim chegavam em respostas mais claras.

Hoje, por causa da tecnologia e dos seus dispositivos, a gente deixou de usar o cérebro nesse sentido, para tentar ilustrar o universo por meio de parábolas artificiais.

A tecnologia se converteu no único ponto de referência e comparação para uma geração cada vez mais cega diante dos infinitos mistérios da Criação. Um jogo me soa muito leviano, superficial e ignorante.

E nessas horas é que eu sempre recorro ao modelo de que mais gosto: o casal de jovens pais que tiveram seu primeiro filho. O universo é esse filho, que eles geram e acompanham em cada passo, cada experiência, cada tropeço, ajudando em tudo, guiando em tudo, até que o filho cresça e finalmente, com consciência, compreenda o amor dos seus pais em nível de retribuição, coisa que ainda não pode fazer enquanto pequenino.

Por isso, não vejo o universo nem como um jogo, nem como um golpe do acaso, nem mesmo como um projeto acidental .Eu o vejo e o sinto como um ato e propósito de amor.

Os antigos viam e sentiam da mesma forma.

O Universo é um ato de amor. Um jogo sempre admite a possibilidade de derrota, o que inclui uma ação de risco, mas o ato de amor vai seguro da vitória até o fim. E no universo, nada se perde.

Tudo se transforma, de uma forma ou de outra.

De modo que, se nada é perdido, não poderia ser um jogo. Aliás, para o universo, ganhar ou perder não importa, o que descaracteriza a tese do jogo. O importante para o universo é dar felicidade a todos os seres. Nisso concordam todas as religiões.

Nossa busca é pela comunhão ou fusão universal.

Este seria o Game Over, se existir um.

Primeiro aspecto, é que o alvo da criação não é o universo de três dimensões. Tudo evolui e involui, repare, matéria e energia não foram criados para ter existência eterna, nem nada debaixo deste universo.

Quando falei da comunhão, é claro que falo de um universo transpessoal, onde nem matéria e nem energia componham sua realidade, apenas a primeira energia, que é o Amor, aquela que liga todas as coisas entre si e as consciências se sentem infinitas por causa disso. Para esse alvo é que o universo ilusório trabalha.

Veja a vida dos santos e dos mestres, ela geralmente é marcada por falta de conforto, renúncia e sacrifício, porque eles entenderam a mensagem do desapego. Se a gente viver para sempre confortavelmente na matéria, com a tecnologia resolvendo todos os problemas, então se cria um falso paradigma, que contradiz diretamente o alvo do Universo, que é transcender matéria e prazer dos sentidos, gerando força interior na superação das dificuldades.

Todas as estrelas e mundos morrem, o nosso está a beira do colapso, muitos corpos físicos perecerão, mas o Amor divino não é medido pelo corpo físico.

O corpo físico é um sistema de matéria e energia, e cedo ou tarde, como qualquer outro sistema do universo tridimensional, terá que ser descartado. O que permanece é o espírito em busca daquela comunhão com a primeira energia, em sua escada infinita pela evolução cósmica.

E na comparação com o Universo planejado por um Pai amoroso, vejamos na escala humana que os pais de verdade são aqueles que planejam seus filhos com amor, e não aqueles que tem que suportar filhos por que eles são efeito indesejável ou inesperado do sexo e, muitas vezes, vieram por acidentes e lapsos nos métodos de controle da concepção.

Onde não tem amor, tem que descambar para tudo isso mesmo. E os filhos que vieram e são criados sem amor poderão ser os adultos sem amor de amanhã.

Mas, a julgar pelo nível da mediocridade moderna, em par a maldade sem freios, realmente, o pior inferno seria se Deus deixasse a gente aqui para sempre nessa confusão que criamos por nossas próprias mãos.

Ainda bem que Ele irá por fim a tudo isso cedo ou tarde.

O duro para o doente terminal não é morrer, mas ficar vivendo desse jeito para sempre. Morrer, para ele, é o que vai deixá-lo feliz. Tudo é relativo quando a matéria é o foco da análise. Essa problemática tridimensional, cheia de dor e sofrimento, só se compreende como meio para um fim maior.

A dor, no final das contas, é criação nossa.
Se Deus criou a dor, foi para colocá-la como um alerta capaz de nos recolocar no caminho certo.

Sem ela, a gente já nem existiria mais nesse planeta. Teríamos acabado conosco mesmos a muito tempo, se não houvesse a lei da dor para nos frear em nossos excessos e nos ensinar a retomar o caminho do amor.

Só posso dizer que, enquanto a gente tentar compreender o universo somente pelas regras do plano tridimensional, nunca iremos transpor aquele beco sem saída do círculo sempre voltando para ele mesmo. Temos que buscar o centro. Ali está a resposta.

O nosso centro não é o cérebro, é o coração.

Jogos são distrações humanas, não funcionam como analogia de algo tão grandioso.

O nosso ego se polariza em ganhar e perder, em buscar prazer e fugir da dor…. nossa mente está presa no beco da dualidade, daí as tentativas rudimentares de comparação com modelos culturais atuais, como o jogo (estilo do filme popular MATRIX).

Mas o espírito vive e se move na Unidade do Amor, é daí que extrai sua Lei e Poder de Criação. Algo que nossa mente não enxerga e, portanto, ainda não pode compreender.

Precisamos de uma visão menos tecnológica (e fantasiosa) do Universo… porque, depois que a tecnologia assumiu o direcionamento do pensamento moderno, está cada vez mais difícil falar das coisas verdadeiras e simples do espírito e do Amor divino… que são infinitas e não necessariamente complicadas… ou tecnológicas, porque se fossem, seriam artificiais.
Não reais.

JP em 30.01.2024

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