Sabe-se que Sirius é um sistema duplo (provavelmente triplo) e ambas as estrelas (Sirius A e Sirius B) co-orbitam-se em torno de cinquenta anos, e esse fenômeno pode ter sido incorporado por tradições judaico-cristãs.
Isso porque um jubileu no Antigo Testamento acontecia no 50° ano, quando se celebravam festas, dívidas eram quitadas e escravos eram libertados.
O Novo Testamento assimilou isso na figura da Estrela de Belém, e uma de suas possibilidades astronômicas é justamente Sirius.
E da mesma forma, o nascimento do Messias, representava esse jubileu cósmico, quando a humanidade encontrava a libertação e a remissão de suas dívidas.
Por tal razão, é que até os nossos dias, as estrelas inspiram nossos desejos, pedidos e esperanças num tempo melhor. Não é por acaso que, no Tarot, ela é chamada “esperança” (17).
Quando então “júbilo”, dali derivado, significa essa grande alegria.
Na antiga cultura Dogon (que há séculos afirma que Sirius é um sistema tríplice) existe uma celebração que ocorre a cada 50 anos para comemorar o ciclo de Sirius. E atualmente, um casamento que completa 50 anos celebra bodas de ouro.
Muitos segredos da Astronomia foram incorporados de forma sutil nos conhecimentos antigos, todos eles imbuídos de religiosidade e um propósito sobrenatural.
E até hoje, mesmo que não possuam religiosidade alguma, os amantes do céu sentem a mesma alegria quando contemplam as estrelas como os antigos sentiam… um júbilo inexplicável na alma.
JP em 25.08.2023