Em Latim, deriva de FANUM quer dizer “templo”.
Aquele que exagerava em suas adorações era chamado “fanático”.
E aquele que, por falta de fé, ficava “fora”, apenas “à frente” do templo, era um PROFANUS.
*************************************************************
Há muito tempo que o Fanatismo deixou de ser um mau comportamento associado somente às religiões.
Inclusive, hoje em dia, fanatismos políticos andam superando os próprios e costumeiros fanatismos religiosos em termos de violência, ódios e oposição crescente dividindo a sociedade em dois blocos.
Olhando para a Política no Brasil – e no mundo inteiro – temos visto a demonstração muito clara dos mesmos vícios do fanatismo religioso instalado nos assuntos da Política.
O fanatismo político têm alcançado, em diversas partes do mundo, os mesmos sintomas do fanatismo religioso, porque tudo o que ele precisa é de um líder que possa ser transformado em ídolo, e de uma ideologia que possa ser transformada em culto, e de uma oposição a tudo isso que se possa “demonizar” o suficiente para justificar uma “guerra santa”.
E quando então determinada facção política toma ares de religião, a lavagem cerebral fica ainda pior.
Assim, está mais do que provado que o fanatismo não é sintoma exclusivo das religiões, podendo acontecer em qualquer setor ou segmento da sociedade que seja capaz de instigar as emoções coletivas e polarizá-las em oposições no ponto de alimentar uma guerra sem fim, quando então esses líderes acabam se valendo dessa situação para manipular as massas polarizadas na direção dos seus interesses, e essas massas estarão tão inconscientes que, no mesmo grau que demonizam o ídolo oposto, santificam o seu ídolo a tal ponto que não conseguem ver nenhum defeito, falha ou erro nele, o que significa a transformação do ser humano numa entidade divina de culto e adoração.
Ocorre uma cegueira ambivalente: o meu lado é totalmente santo e justo, e o outro lado, totalmente maligno e errado.
Bem parecido, eu diria, idêntico, ao que acontece nas religiões, quando o meu padre, pastor, deus, etc, é bom e justo, e nele eu confio totalmente, “cegamente”, enquanto o outro lado é mau, injusto, demônio, merece ser destruído, etc.
A explicação mais “psicológica” do fenômeno é que ser humano algum pode viver sem “divinizar” ou sacralizar alguma coisa em sua vida, transformá-la num ídolo de adoração e culto, mesmo que esse ídolo nada tenha a ver com o universo espiritual da devoção. Então, ídolos populares, do mundo da arte, dos esportes e do futebol, da ciência e muito mais, da Política, têm sido transformados pelas massas em pequenos deuses que elas adoram (ou odeiam – se estiverem do lado oposto), transferindo para eles toda sua paixão, fé, emoção e esperança.
Todos nós possuímos esses sentimentos, mas cada um os canaliza de forma diferente na vida.
O ideal seria canalizar tanto sentimento assim na forma de um amor consciente e sábio na direção do Criador e de Sua Verdade e Justiça; porém, as consciências que ainda não alcançam tal nível, precisam criar deuses menores para não se afogarem em suas próprias emoções represadas…
Meu conselho: nunca devemos levar emoções ao extremo da adoração por ninguém, nenhum ser humano e por coisa alguma.
Nos extremos mora tudo o que é mau, pelo simples fato de que ninguém enxerga bem quando se move por emoções extremas.
Sempre caímos em cegueira da razão nesses estados onde a emoção, e não o bom senso, controla a mente…
Não adore nada e ninguém.
Só adore a DEUS!
Porque Deus é o único que construirá a sua felicidade em função do seu amor correspondido.
Enquanto os humanos manipularão você a partir da sua adoração cega e fanática por eles…
“E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar.
E disse-me: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.”
Apocalipse 22:8,9