Ao menos, é o que a estimativa dos diagramas climáticos parece estar indicando.
Se você comparar os modelos climáticos dos dois Hemisférios (Norte e Sul) conforme os diagramas dos sites de monitoramento de clima, ventos, etc, verá que, agora, o Hemisfério Norte (onde ciclones e furacões são mais “tradicionais”) está em relativa calmaria (Oficialmente, o monitoramento de furacões no Atlântico Norte começa a ser no dia 1º de junho e vai até o dia 30 de novembro. Mas este ano, as tempestades começaram aparecer já no meio de maio).
Prognósticos estão mostrando novos ciclones em formação na semana que vem (lembrando que amanhã, 5 de julho, temos o eclipse lunar penumbral, que também pode entrar no jogo amplificador das forças circulantes no sistema).
Parece que aqueles simples desenhos de círculos nas areias de Cidreira, Rio Grande do Sul, tinham muito a revelar, mas foram criminosamente desprezados.
Eles mostravam não somente um único evento prestes a acontecer, mas uma fileira de eventos se desenvolvendo (diante da praia).
E quando olhamos, por exemplo, o mapa dos ventos no site especializado (Ventusky), vemos que ciclones já se formam em alto mar (a escala de velocidade dos ventos pode ser conferida pela tabela de cores, à direita).
Compare os mapas dos dois hemisférios e o movimento dos ventos nos oceanos.
A força dos ventos no Hemisfério Sul está muito maior que no hemisfério norte.
Sendo que estamos na época em que os furacões são mais comuns no Hemisfério Norte.
Você mesmo pode conferir a escala dos ventos em tempo real no site.
Eu mesmo declarei, em análises anteriores, que eles poderiam estar querendo dizer algo mais do que o ciclone-bomba, que se verificou como alerta anunciado e consumado, uma semana depois.
Poderiam estar querendo dizer que, em função de tantas mudanças climáticas, o Brasil e o Hemisfério Sul podem também entrar na rota dos (novos) ciclones e furacões sazonais.
Ciclones e furacões dependem de três variáveis essenciais, temperatura, pressão e os efeitos da rotação terrestre. Como estas variáveis estão sendo desestabilizadas em função dos agentes da Terra em transição, não é impossível não que o Hemisfério Sul também se torne rota de furacões.
Porque, do modo como o planeta está, tudo pode acontecer.
Algo está mudando no Hemisfério Sul, porque algumas estimativas parecem estar apontando que, desde a passagem do ciclone-bomba, o padrão climático do Hemisfério Sul está diferente, mais parecido com o padrão climático do Hemisfério Norte que propicia as famosas formações de ciclones e furacões em determinados períodos – e isso também está mudando.
A saber: furacão é um dos tipos de ciclone, veja a classificação exata abaixo.
(Obs ventos na faixa de 120 km/h já entram na categoria F1 dos furacões)
Diferença entre ciclone, tornado, furacão e tufão
Ciclone, tornado, furacão e tufão são diferentes tipos de movimentos giratórios de ar e causam fortes estragos por onde passam graças aos seus fortes ventos.
Ciclone, tornado, furacão, tufão… é uma coleção de nomes sobre o que é, aparentemente, um mesmo fenômeno atmosférico: uma forte onda de ventos que se apresenta em formato giratório ou circular e que é bastante destrutiva. No entanto, esses nomes referem-se a tipos e especificidades que, em alguns casos, são completamente distintos entre si.
Como tufão e furacão são dois subtipos de ciclones, vamos, primeiramente, tentar entender a diferença entre ciclone e tornado:
Ciclone – refere-se a um movimento de ar giratório que se apresenta em uma grande área, envolvendo centenas de quilômetros. Costuma apresentar ventos com velocidades iguais ou superiores a 120 km/h e é bastante destrutivo, pois atinge um grande número de áreas.
Tornado – também é um movimento de ar giratório, mas que se estabelece em uma área menor, embora se apresente em velocidades maiores, que giram em torno dos 500 km/h ou mais. O grau de destruição do tornado, nos pontos onde passa, é até maior que o do ciclone, porém atinge uma área mais restrita.
A diferença entre furacão e tufão é apenas a localização geográfica onde ocorrem, pois receberam nomes distintos nas diferentes regiões em que se apresentaram.
Furacão – forma-se no Oceano Atlântico ao norte, no Mar do Caribe, no Golfo do México e no Oceano Pacífico próximo ao litoral da América do Norte.
Tufão – forma-se no Oceano Pacífico a leste da Linha Internacional de Data, próximo ao Japão, ao sul da Ásia e também na porção leste do Oceano Índico.
Observação: quando um tornado se forma sobre o oceano, recebe o nome de tromba d’água.
A Natureza está seguindo cada vez menos as suas próprias regras.
Aliás, como o homem vem fazendo também.
Este vídeo fornece outros esclarecimentos.
Ele inclusive mostra os efeitos do ciclone-bomba justamente nas regiões onde aquelas “inocentes” marcas de alerta nas areias da praia apareceram.
Mas ninguém ligou para elas.
JP em 04.07.2020
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