Em um mundo cercado por tragédias humanas e naturais, em uma sociedade em guerra por qualquer coisa, por ideologias políticas contrárias, por religiões opostas, por cor de pele diferente, por condições financeiras extremas, tornando as pessoas como pedras muito duras e intolerantes com a opinião dos outros, entrando em choque constante e fazendo a faísca do seu ódio subir todo o tempo por nada, por qualquer coisa, a única esperança que existe não reside mais neste mundo, condenado por Deus porque o próprio ser humano condena-se a si mesmo dentro desse comportamento animalesco, diabólico, cheio de ódio e intolerância…
A paz é uma utopia, a justiça na Terra é uma mentira, o deus que o mundo serve se chama Mammon, e o Cristo continua sendo crucificado de todas as formas por essa massa agitada, febril e convulsiva em suas paixões, em seus ídolos acima de Deus, transformados em pequenos deuses para os quais canalizam toda sua adoração fanática, doentia, alienada e alienadora, colocando suas esperanças em mãos erradas, porque naqueles dias negros que virão, só DEUS poderá fazer ou não alguma coisa, já que os seres humanos estarão debaixo de forças incontroláveis da natureza que estão refletindo a desaprovação do universo na linguagem dos sinais para os quais eles já tombam cegos e surdos, tamanho é o seu delírio coletivo sem freios, sem qualquer bom senso que possa deter a marcha cega e coletiva ao abismo…
Mas antes de todas estas coisas, de asteroides, de guerras, de sangue derramando, de calor sufocante, de tempestades violentas e negras… o mundo testemunhará uma frota de navios brancos subindo daqui, com aquelas almas poucas que, despertas e atentas a linguagem dos sinais dos tempos do fim, se desligaram de tudo, e como ordenou o livro da revelação (18) fugiram da grande cidade de Babilônia, a meretriz que se prostituiu com todos os reis deste mundo…
E nesse dia, como pássaros de prata, veremos aquelas almas subindo com asas brancas e auras de desprendimento acima, muito acima desse mar negro e vermelho que Moisés deverá cruzar outra vez, arremessando prodígios contra a face dos descrentes e dos céticos, que pensam que este sistema de ódios irá durar para sempre sem que o grande incêndio consuma tudo com o combustível da violência das almas raptadas em sua consciência original e pura por estes demônios sem nome e sem lei que mandam no planeta…
E então, nesse dia glorioso, vitória da Pomba, ascese do Anjo prometido, o círculo de estrelas brilhará mais forte nas alturas, porque, finalmente, o restante de sua família exilada voltará para casa, e começará outros mundos e reinos vestidos de branco por dentro e por fora, enquanto as hienas deixadas para trás continuarão cegas e surdas aos sinais dos tempos, ocupando-se apenas em se devorar mutuamente até que lhes caiam todos os dentes e o mundo finalmente desapareça debaixo do fogo e do esquecimento, restando nem cinzas e nem lembranças de uma triste tragédia humana anunciada de todas as formas por DEUS, no passado e no presente, insistentemente, mas desacreditada de todas as formas por todos eles…
Navegar para longe, para os portos das estrelas, é agora a ordem maior dada a todos os que estão, neste exato momento, conscientes de tudo o que está acontecendo e que está para acontecer em breve… mas isso não será uma fuga, e sim, um livre desprendimento de um coração que já não vibra mais em sintonia com tamanho caos e sistema de coisa…e quando o caos da alma se espalhar e consumir todo o planeta num caos maior devorador, antes de caírem no seu próprio abismo, as hienas saberão que a culpa não é de Deus, mas é e sempre foi delas mesmas… porque escolheram a conduta das hienas e não a mansidão dos pombos, e esta será a sua última lembrança antes de despencarem… assistindo de longe a revoada dos pombos vestidos de paz branca e leve, estes que as hienas com faíscas nos olhos, fogo na língua e sangue nos dentes já não podem mais alcançar ou ferir… porque já não pertencem mais a este mundo vil e tenebroso, mas a DEUS…
JP em 26.08.2019