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Meditações budistas sobre as Três Mortes

Esse colar de 108 contas é chamado Japamala.

Japamala é a justaposição dos termos sânscritos japa, que significa “sussurrar” ou “murmurar”, e mala, que simboliza “guirlanda” ou “coroa”.

Esse terço budista traz 108 contas delicadamente esculpidas no formato de crânios, e o número 108 também é bastante expressivo para aquela tradição budista do antigo Tibete, muito antes de Buda nascer no século VI, resgatando aquela filosofia perdida em seu tempo, da mesma forma que Jesus veio em Israel para resgatar a filosofia dos profetas que jazia morta no tempo dos fariseus.

Os budistas tibetanos meditam muito sobre os mistérios da morte, e inclusive, existe o sagrado Livro tibetano dos mortos, como existe o livro dos mortos no Egito e entre os maias antigos!

Esses livros relatam todos os processos da alma no post mortem, desde sua viagem de desencarne até a sua preparação para o grande Julgamento no Tribunal dos divinos, da mesma forma como ensinou a doutrina judaico-cristã. Esse livros se destinavam a preparar a alma do falecido em todas estas etapas, para que ele se preparasse EM VIDA para cumprir todas elas de forma CONSCIENTE após a morte, e a prática da VIAGEM ASTRAL CONSCIENTE era um grande instrumento a ser exercitado nesse sentido.

Bem como as meditações sobre as três mortes.
E quais são elas?

  1. A morte física e a transitoriedade das coisas
  2. a segunda morte, morte da alma, ou a queda da alma nas dimensões inferiores por círculos enormes de tempo (o Apocalipse 20 fala na segunda morte)
  3. a morte dos defeitos

Crânios eram usados em diversos ornamentos de arte e instrumentos místicos com essa finalidade.
E não somente na cultura do antigo Tibete, o crânio sempre foi usado com essa simbologia espiritual.

KAPALA, o crânio tibetano com escuturas referentes aos capítulos do Livro dos Mortos

A morte do corpo e suas ilusões passageiras e a terrível segunda morte, um estado tenebroso onde a alma em vida não cumpre seu papel de iluminação nas 108 EXISTÊNCIAS FINITAS que a Roda do Samsara fornecia a ela.

Esse é um conhecimento búdico que poucos têm: temos somente 108 chances de encarnar como ser humano dentro de uma mesma civilização. É uma ronda finita de oportunidades. E depois disso, segue um longo ciclo de INVOLUÇÃO daquelas almas fracassadas, até que possam retornar, após a purificação nas zonas do Inferno, por milhares de anos, quando então essas almas retornam ao seio do mundo renovado em um novo arco evolutivo.

Os espíritas erram ao acreditar em reencarnações ilimitadas, ignorando a existência do processo de Involução após o julgamento espiritual de toda uma raça que reparte reencarnações num mesmo planeta e eras.

Há periodos de involução interceptando outros de evolução dentro de uma mesma roda que sobe e também, desce.

E quando a roda sobe, as almas têm 108 estações na forma humana.
E se não realizarem esse trabalho aqui, passarão pelo setor da involução e sofrimento nas zonas inferiores por milhares de anos (a segunda morte).

Crânio de cristal maia

E qual a forma de preparação?

A morte do ego, ou meditação nos mistérios da morte e da ilusão da vida passageira.

Somente com a morte do ego e todas as suas ilusões e apegos materiais é que a alma começa a se emancipar em poder, sabedoria e consciência, elevando-se em energia até aquele ponto qu a Bíblia chamou de Segundo Nascimento.

Ao realizar suas meditações, mantrans e cânticos com este rosário de 108 contas, os budistas meditam e refletem a respeito das tolices da vida que prendem a nossa consciência e impedem tanto o nosso despertar com a manifestação das nossas melhores energias na direção de uma evolução real, consciente e planejada em cada passo, sem ter que esperar que o tempo faça o papel de agente de evolução.

Porque essa é outra mentira propagada.

Símbolo maçom da morte

A morte do ego é o que os ensinamentos cristãos falam a respeito do arrependimento dos pecados e conversão. São reflexões e meditações direcionadas a compreensão dos erros e de como eles produzem efeitos negativos e recorrentes na própria vida e na dos demais. A morte do ego inclui a oração e a petição ao Espírito interior profundo para que Ele elimine tais elementos da nossa alma, verdadeiros vampiros de energia e bloqueadores da luz da consciência desperta.

Como podem ver, todas estas doutrinas antigas encontram pontos de conexão, porque são verdades que nasceram de uma mesma fonte original.

Mas na era moderna, essas verdades estão sendo substituídas por mentiras confortáveis para o ego que acha que tem a eternidade aos seus pés para “pensar” em aprender alguma coisa… isso quando ele sentir vontade.

O tempo não evolui ninguém, ele é uma roda que repete tudo dentro do universo.
Se o tempo evoluisse alguém, teríamos anciões bondosos em toda parte.

E teríamos uma humanidade magnífica, que já reencarnou uma centena mais oito vezes para tentar aprender suas lições. Mas a realidade do mundo lá fora se chama Involução, e as coisas estão assim porque a maioria das pessoas está na última estação, a 108°, e depois dessa, só lhe restará o abismo se não se decidir de vez pela Verdade.

Para lá, as almas que morreram dentro de repetidas (108) reencarnações em estados de maldade, materialismo, luxúria, depravação e mentira, serão arrastadas, da mesma forma que objetos densos e pesados são arrastados para o núcleo gravitacional do abismo. São energias incompatíveis, almas com tal vibração densa jamais poderiam subir às moradas da luz onde habitam as almas que, por escolha própria, realizaram um trabalho interno de melhoramento psiquico nesta e em outras reencarnações, trazendo sempre um saldo positivo e acumulado a seu favor no Banco do Karma.

Voce não é obrigado a acreditar nisso, pode seguir sua vida na gozolãndia e na filosofia do Egoísmo, achando que o Universo é pura luz, amor cego e automático, e lhe dará asas de espírito de luz depois que você morrer.

Afinal, é seu direito se iludir.
O meu dever é te instruir.

Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.

João 12:24

JP em 12.03.2022

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