Kali Yuga, a Era da Inversão dos valores
Kali Yuga lit. “idade de Kali”, ou “idade do vício” ou Idade do ferro.
Escrituras como o Mahabharata e o Bhagavata Purana apresentam Kali Yuga como uma era de crescente degradação humana, cultural, social, ambiental e espiritual, sendo, simbolicamente, referida como Idade das Trevas porque, nela, as pessoas estão tão longe quanto possível de Deus.
Ainda que os estudiosos não tenham chegado a um consenso sobre a entrada de Kali Yuga na Terra, não é preciso ser especialista para compreender que já estamos em Kali Yuga, e de maneira crescente pelo próprio comportamento da sociedade.
Kali Yuga, na era moderna, equivale ao que chamamos de ERA DA INVERSÃO DE VALORES.
Na literatura do Apocalipse, Kali Yuga é nomeada Babilônia, a Grande Meretriz, a Grande Prostituta ou Rameira, que se embriaga, como um vicio, do sangue dos justos na Terra em sua taça de abominações e depravações.
Interessante notar que tanto o Apocalipse como o Hinduismo se referem simboicamente a esse período na figura de uma deusa de aspecto negativo, porque Kali é uma deusa associada a destruição, enquanto Babilônia marca o colapso de uma humanidade que precisa sofrer extinção total para que possa renascer numa proxima idade de ouro, ou a Satya Yuga primordial.
A principal característica da Era de Kali (quando a Natureza assume face destruidora, e a Mãe da vida se torna Mãe da morte) é a corrupção total dos valores sagrados deixados aqui pelos mestres e seres elevados dos tempos da Era de Ouro, quando Deus e a humanidade gozavam de plena comunhão. Com o passar do tempo, essa comunhão divina foi sendo comprometida, e pelo fortalecimento do EGO nas pessoas, elas se tornaram mais ligadas às forças das trevas e às entidades do infra-mundo, as quais foram pervertendo e invertendo os valores da sabedoria antiga em sua mente.
Somente os santos, os puros, os homens e mulheres realmente preservados em essência divina, resistiram a essa invasão do Inferno no Inconsciente coletivo em plena Kali Yuga, Idade das trevas.
E a coisa chega a ser tão absurda e insuportável que se alguém não concorda com determinado valor invertido e pervertido, tomado como natural e até saudável em Kai Yuga, este será imediatamente taxado de preconceituoso e anormal para os “padrões” libertinos de Kali Yuga.
Você é o anormal, o doente, e não eles.
Para o cego, o normal é a escuridão!
E já foi o tempo que eu ainda tentei explicar para os cegos o que é essa coisa chamada LUZ…
Definitivamente, estou desistindo.
Que a Virgem Mãe Maria deste mundo abrace seus filhos puros e dignos de estarem na Grande Reunião, e que a Mãe Kali devore todo o resto… chega o dia em que o caminho será apenas seguir em frente e sem olhar para trás, onde ficaram todos aqueles que ajudaram a construir a Idade das trevas.
Porque tiveram todas as oportunidades de abrir os olhos e ver a luz da Verdade.
Mas preferiram as trevas.
E nem adianta tentar levá-los agora para a luz.
Seus olhos não a suportam.
Para viver na mentira, basta fechar os olhos.
Mas para viver na Verdade, é preciso trabalho duro para fabricar consciência.
E esse trabalho que eles recusam ninguém poderá fazer por eles, por mais que se queira.
E eu só espero estar fora desse Sistema quando a mediocridade se tornar o estilo comum da civilização decadente.
“Os incomodados que se mudem?”
Nunca um ditado fez tanto sentido como este no tempo em que vivemos!
Pintura (Johfra)
O pintor retrata o Inferno ou Infradimensões da Terra na personificação da Mãe-Morte, ou a boca devoradora de todas as impurezas da humanidade.
A Natureza já manifesta seu potencial KALI faz algum tempo.
JP em 06.10.2020