Ciência

Explosão de meteoro que caiu na costa do Brasil gera dúvidas

Por que ninguém viu ‘bola de fogo’ de energia similar à bomba atômica perto da costa do Brasil?

Na terça-feira, a Agência Espacial Americana, a Nasa, anunciou ter detectado a maior “bola de fogo” registrado na Terra desde 2013, com localização a pouco mais de mil quilômetros da costa do Brasil. O termo é usado para descrever meteoros de brilho incomum e, consequentemente, mas fáceis de serem visto, conforme publicado no site BBC.

meteoro - To no Cosmos

Pouco se sabe sobre o evento, que até agora parece ter sido detectado apenas pela Nasa, como parte de um programa de mapeamento de asteroides – conhecido como NEO e que inclui uma rede de satélites militares previamente usado para monitorar testes nucleares.

Até porque a agência estima que o objeto tenha explodido a 31km de altura, em 6 de fevereiro. Pelos cálculos da agência, a explosão liberou o equivalente a 13 mil toneladas de dinamite, força de dimensões relativamente semelhantes à da bomba atômica.

Segundo a Nasa, objetos espaciais com menos de 100m de extensão e feitos primariamente de rochas tendem a se romper em grandes altitudes ao entrar na atmosfera da Terra. Dados fornecidos pelos satélites americanos revelam que a maioria deles se desintegra sem sequer atingir o solo, o que explicaria por que muitas vezes não os vemos.

O problema são os asteroides compostos por metal, que podem resistir à entrada na atmosfera.

Mas a última vez em que um objeto causou danos significativos foi em 1908, quando um asteroide ou cometa medindo de 60m a 190m explodiu a cerca de 10km de altura sobre a região da Sibéria, na Rússia, liberando energia mil vezes maior que a da bola de fogo deste mês.

meteoro-To no Cosmos

Felizmente, a explosão ocorreu sobre uma região pouquíssimo habitada na época. Não há relato de vítimas. Mas cientistas estimam que uma área de 2.000km quadrados (e 80 milhões de árvores) foi devastada pela energia liberada, e que as ondas de choque derrubaram pessoas a 60km do epicentro. O potencial, segundo astrônomos, seria suficiente para arrasar Londres e seus subúrbios, causando milhões de mortes.

A “bola de fogo” que explodiu sobre os céus da Rússia em 2013 e deixou 100 pessoas feridas não tinha sido detectada.

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