Astro S0-2, com dez vezes a massa do sol está à beira do
negro Sagittarius A*, no centro da Via Láctea, a 26 mil anos-luz da Terra.
Por Reuters
Modelo visual da estrela S0-2, a mais próxima de um gigantesco buraco negro no centro da Via Láctea — Foto: Divulgação/National Science Foundation
A partir da observação da luz de uma estrela que gira em torno de um gigantesco buraco negro no centro de nossa galáxia, cientistas apresentaram nesta quinta-feira (25) novas evidências para apoiar a teoria da relatividade geral formulada em 1915 por Albert Einstein.
A estrela S0-2 ostenta uma massa dez vezes maior que a do sol, enquanto viaja na órbita elipsoidal do buraco negro Sagittarius A*, no centro da Via Láctea, a 26 mil anos-luz da Terra. Cada volta dura 16 anos.
Os cientistas descobriram que o comportamento da luz da estrela, enquanto escapava da extrema atração gravitacional exercida pelo buraco negro, corresponde às previsões da teoria de Einstein.
O famoso físico propôs a teoria, considerada hoje um dos pilares da ciência para explicar as leis da gravidade e sua relação com outras forças naturais.
Embora a teoria de Einstein se mantenha nas observações dessa estrela em particular, a astrônoma Andrea Ghez, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, disse que não explica completamente o que acontece em ambientes gravitacionais exóticos, como os de buracos negros.
Ela considerou que essas entidades celestiais, extraordinariamente densas, podem exercer campos gravitacionais tão fortes que nenhuma matéria ou luz pode escapar deles.
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