Essas duas imagens nos ajudam a estabelecer as diferenças entre estes dois estados mentais da humanidade.
O estado de falsa individualidade chamado de EGO, e o estado de individualidade real, chamado de Consciência.
Olhe a imagem da esquerda.
Imagine que cada criança com o seu bambolê representa o mundo restrito do seu ego. Cada um destes mundos é uma ilha de ilusões, crenças e conceitos fabricadas pela mente em estado de adormecimento, com valores que entram pela porta dos sentidos muito limitados da nossa faixa de percepção.
São mundos tão diferentes (o ego de cada um) que normalmente esses mundos entram em colisões explosivas quando se encontram e se tornam próximos demais.
E para você criar um inimigo, basta não concordar com as opiniões dele, ou ainda, basta dizer não às suas vontades e exigências. Estes e outros são os sintomas do EGO, ou falsa individualidade, criada à sombra da consciência adormecida e modelada pelos falsos valores da sociedade em que vivemos, desde o berço até a sepultura, porque os agentes condicionadores de hoje (nossos pais, instituições etc) foram condicionados também no passado.
E essa roda segue girando, inquebrável, ao longo das eras…
Agora, olhe a imagem da direita.
Quando esses valores individuais começam a ampliar sua faixa de percepção, a nossa mente percebe um mundo infinitamente maior e perfeito lá fora, um mundo muito além ao pequeno e ilusório universo do ego circunscrito ao nosso umbigo… e o primeiro sintoma do despertar é a atração para as conexões perdidas com o Universo.
E mesmo que cada individualidade seja única, ela consegue encontrar muitas semelhanças, sintonias e afinidades com as outras consciências, estabelecendo conexões de energia e pensamento que a elevam ao status de “consciência cósmica”, tudo porque ela percebe que a chave real da Iluminação está na relação harmoniosa com toda vida, e compreende que cada consciência é apenas um neurônio dentro de uma rede mental integrada muito maior, aquela Mente Infinita que é a própria estrutura invisível do Universo pensante… e que tal consciência, portanto, passa a pensar junto e se ampliar em função dessa reconexão.
Qual o caminho do ego para a consciência, afinal?
Não é preciso eliminar a individualidade, só precisamos transformá-la em entidade real, compreendendo que tudo o que temos são somatórios de crenças e conceitos formados dentro de um estilo ainda muito adormecido de pensamento, e que, eliminando essa falsa individualidade, naturalmente a consciência que irá despertar em nós se moverá na direção daquelas conexões integradas com o Universo real lá fora… a partir de dentro.
Sacrificar esse ego sem dó nem piedade, estar disposto a renunciar a todas as pseudo-verdades de conveniência que criamos para nos auto-consolar durante o período das trevas, e entender de uma vez por todas que viver a doutrina do egoísmo-egocentrismo é continuar prisioneiro do próprio Inferno e permanecer sofrendo… porque o homem foi criado para viver o Altruísmo, e não o Egocentrismo!
Saber que está dormindo, o primeiro passo.
Reconhecer todos os erros e estar disposto a mudar, o segundo passo.
Conhecer os caminhos do despertar dos valores reais da alma, o próximo.
E seguir estabelecendo conexões integradas dessa alma desperta com o Universo infinito, são todos os passos seguintes!
A Ilusão diz aos sentidos: SOMOS MUITOS!
Mas a consciência diz ao coração: SOMOS UM!
JP em 07.10.2020